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SEPE ALERTA: VOLTAR ÀS ATIVIDADES PRESENCIAIS AGORA É COLOCAR A VIDA EM RISCO

O anúncio do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella de liberar mesmo que de forma “voluntária” a reabertura das escolas e creches da rede municipal poderá trazer mais confusão e tensão à comunidade escolar carioca. Os números da pandemia em nossa cidade continuam altos: 12 mil mortos até agora, sendo 40 mortos e 500 novos casos oficiais somente no final de semana. Estes dados são uma prova de que a pandemia não se encontra controlada e que a reabertura pode colocar em risco a vida dos profissionais, alunos, responsáveis e demais integrantes da comunidade.

Deste modo, ao anunciar que as escolas poderão decidir de forma voluntária se abrirão ou não, em plena pandemia, a prefeitura além de descentralizar a decisão, joga todo o peso de uma eventual crise sanitária para a direção e comunidade escolar. O Sepe RJ repudia esta atitude do prefeito Crivella, que desconsidera as evidências da continuidade da circulação do coronavírus e estimula a quebra do isolamento social com o afrouxamento das medidas que são a única forma eficaz de evitar a propagação da Covid-19 na cidade do Rio de Janeiro.

A crise da pandemia que vivemos não se restringe a um bairro ou a uma rua, mas a todo o estado e em especial à cidade do Rio de Janeiro. Com isso, fazer com que as respectivas comunidades escolares decidam se devem ou não retornar às atividades presenciais é um risco que o Sepe não pode concordar. As escolas e creches municipais não vivem em uma redoma ou em um sítio isolado. Com isso, a decisão deve ser unitária, centralizada e calcada em fundamentos sanitários seguros, o que, nos parece, não é o caso.

Com isso, o Sepe é contra a liberação de que as UEs possam abrir agora, em plena pandemia. Aconselhamos os responsáveis a não cair neste conto de que cada escola vai decidir ou não pelo retorno. Isso é uma irresponsabilidade do prefeito Crivella. Vários países da Europa estão enfrentando a segunda onda da pandemia com a multiplicação do número de casos e da procura por leitos hospitalares, o que provoca novamente o fechamento e a volta da restrição na circulação das pessoas. O Brasil, que ainda sofre com a primeira onda da Covid, certamente não pode relaxar neste momento e as autoridades tem o dever de assegurar a segurança da saúde da população, não permitindo o aumento da circulação nas ruas representado pela volta dos alunos às escolas.

Reafirmamos que os profissionais de educação da rede municipal do Rio deliberaram em assembleia realizada no final de julho entrar em greve pela defesa da vida e contra a volta presencial às escolas enquanto a pandemia não estiver devidamente controlada.