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Diversas entidades do movimento sindical e social realizaram um ato público, na tarde desta quinta-feira (04/12), em frente ao Palácio Guanabara, em repúdio ao decreto e resolução do governo do estado do Rio que oficializaram a aprovação automática dos estudantes do ensino médio das escolas estaduais.

O ato foi convocado pelo Sepe, que reivindica a revogação da resolução da SEEDUC, que implementa a aprovação automática, além de liberar o uso de plataformas digitais nas escolas.

A direção do Sepe, acompanhada do presidente do Fórum Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), Waldeck Carneiro, protocolou o manifesto no Palácio, documento assinado por dezenas de entidades.

O Sepe irá discutir com as demais entidades a continuação da luta contra a aprovação automática.

Representantes de entidades sindicais de servidores discursaram destacando a luta contra a reforma administrativa que está tramitando na Câmara dos Deputados, em Brasília, e que também interessa de perto os profissionais de educação.

Sobre outra luta fundamental da categoria, no dia 12/12, o Supremo Tribunal Federal (STF) irá iniciar o julgamento virtual (apenas com a publicação dos votos dos ministros) do piso nacional do magistério. Em breve, o Sepe irá divulgar a orientação sobre a melhor forma de a categoria intervir nesse processo.

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O professor titular da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador do Fórum de Educação do Estado do Rio de Janeiro (FEERJ), Waldeck Carneiro, publicou um artigo no Diário do Rio, condenando a aprovação automática implementada pelo governo estadual através da Resolução 6391/2025 da Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC) e que vem sendo criticada por educadores e entidades representativas do setor educacional e do movimento civil.

No artigo, denominado “Aprovação automática e gratificação faroeste na educação do RJ”, Waldeck Carneiro critica a tentativa do governador Cláudio Castro de querer impor, por decreto, a subida de posição do estado no ranking do IDEB, livrando-se da constrangedora posição de penúltimo lugar entre as unidades da federação.

Waldeck denuncia as manobras de Castro e da secretária Roberta Barreto como uma tentativa superficial e indisfarçavelmente eleitoreira do governo estadual, chegando a comparar a política da aprovação automática com as chacinas nas operações policiais que nada mudam na vida cotidiana da população.

O educador chega a citar a luta do Sepe RJ contra o projeto da aprovação automática em seu artigo lembrando a afirmação do sindicato que ela mata a autonomia docente e a perspectiva de formação integral do estudante.

 

Veja o artigo em PDF pelo link abaixo:
https://seperj.org.br/wp-content/uploads/2025/12/artigo-waldeck.pdf
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Em artigo publicado na Carta Capital, no dia 02 de dezembro, o educador Fernando Cássio, professor da Faculdade de Educação da USP e integrante da Rede Escola Pública e Universidade (REPU) e do Comitê Diretivo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, critica a criação de “regras flexíveis” em três estados (Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul) que implementam a aprovação automática nas suas redes de ensino. Cássio denuncia que a implementação da medida ocorre exatamente na época do início da aplicação das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e se configura claramente como um estratagema dos governos destes estados para melhorar os seus índices no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

Fernando Cássio participou de uma oficina realizada pelo Sepe RJ sobre o controle social das políticas educacionais no Rio de Janeiro, no último dia 03 de dezembro. No evento, ele falou sobre como a Lei de Acesso à Informação pode ser utilizada para mapear o funcionamento das políticas educacionais através de dados.

No texto da Carta Capital, o educador lembra que os estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte ocupam as últimas posições em relação a taxas de aprovação no ensino médio no país, ocupando as duas últimas posições no ranking do último IDEB e descarta as críticas das secretarias de educação destes estados contra os protestos de educadores e sindicatos representativos da categoria, quando elas afirmam que os protestos contra a aprovação automática seriam “reacionários e punitivos contra os alunos”.

Segundo ele, o debate sobre a reprovação escolar é complexo e exige pensar o fracasso escolar como produto da política educacional e nas falhas do estado em garantir o direito à educação de qualidade para todos. Para ele, os secretários de Educação e governadores parecem muito menos inclinados a debater as causas de efeitos da reprovação escolar ou as consequências pedagógicas de suas políticas de aprovação automático. Para Cássio, o propósito primordial das autoridades é outro, a elevação dos indicadores educacionais de seus estados para que possam alcançar melhores posições no “pódio” da educação nacional, se tornando assim “os milagreiros do IDEB”.

O educador alerta que o problema dessa lógica concorrencial é que para que alguns estado subam suas posições outros terão que descer rumo ao abismo, criando-se uma situação de “quase-mercado”, da qual derivam as políticas de bonificação e punição. Ela toma como exemplo disso a política do governador de São Paulo, que falseia as avaliações estaduais, chegando ao cúmulo de estimular o falseamento das avaliações das próprias escolas. Para Cássio, aqueles que confundem indicadores educacionais com qualidade da educação ou com garantia de direitos educacionais ou nunca pisou numa sala de aula, ou almeja extrair vantagens políticas dos resultados nas avaliações no próximo ciclo eleitoral

 

Leia a íntegra do artigo no link do site da Carta Capital abaixo:

https://www.cartacapital.com.br/opiniao/aprovacao-automatica-agita-a-corrida-dos-estados-pelo-ideb/

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A Câmara Municipal aprovou uma emenda proposta pelo Sepe Japeri para a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2026 daquele município. A emenda aprovada pode garantir um avanço fundamental para a valorização dos profissionais da educação da rede municipal de Japeri.

Veja o teor da proposta da emenda e o que mudaria para os profissionais da educação:

Recomposição salarial de janeiro/2022 a dezembro/2025, com aplicação do reajuste a partir de 01/01/2026, conforme a data-base prevista em lei.

Correção das perdas inflacionárias acumuladas, tomando como referência o crescimento do FUNDEB (19,6% entre 2021 e 2024).

Revisão salarial na data-base, prevista no Art. 37, inciso X, da Constituição Federal, incluindo ativos, aposentados e pensionistas, garantindo paridade.

Financiamento assegurado: recursos do FUNDEB e 25% dos recursos próprios vinculados à educação.

A aprovação da emenda representa uma garantia legal importante, mas o processo ainda não terminou. Agora cabe ao Poder Executivo enviar à Câmara o projeto de lei, definindo o índice de recomposição, para que a valorização salarial se concretize.

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