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ENSP/FIOCRUZ RECOMENDAM FECHAMENTO IMEDIATO DAS ESCOLAS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
7 de fevereiro de 2021
Documento divulgado nesta quarta-feira (7/4) pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fiocruz, considera inapropriada, neste momento, a reabertura das escolas no município do Rio de Janeiro. O relatório leva o título: “Considerações sobre o retorno as aulas no Município do Rio de Janeiro”
Segundo o documento, o número elevado de casos e óbitos na cidade, devido à pandemia de Covid-19, além da alta taxa de ocupação de leitos de enfermaria e de UTI, que se encontra acima dos 90%, contrariando, dessa forma, o que se entende como um retorno às aulas presenciais seguro para alunos, pais, professores e profissionais da educação.
Os autores do relatório são o diretor da ENSP/Fiocruz, dr. Hermano Albuquerque de Castro, e o médico epidemiologista e pesquisador titular da mesma instituição, André Reynaldo Santos Perissé.
No documento, os pesquisadores são taxativos em recomendar às autoridades o fechamento imediato das escolas no município do Rio devido ao recrudescimento da pandemia e somente reabrir após a melhora nos indicadores. Nesse caso, o fechamento imediato das escolas e demais seriam ações “necessárias medidas de restrição que possam ‘achatar a curva’, como a redução de casos e mortes para níveis aceitáveis e a garantia de leitos hospitalares para todos, ouseja, manter a transmissão o mais reduzida possível para que os hospitais não sejam sobrecarregados” – afirma o documento.
O relatório lista uma série de indicadores em nossa cidade que colocam em xeque a decisão da prefeitura do Rio em manter a rede municipal de educação e os estabelecimentos privados de ensino abertos.
Nas considerações finais, os pesquisadores afirmam:
“Os indicadores relacionados à pandemia da Covid-19 mostram casos e óbitos em níveis elevados. Diante desse quadro, além de não recomendarmos a abertura das escolas, consequentemente, alertamos para a suspensão das atividades educacionais no Município do Rio de Janeiro, até que haja melhora nos indicadores que garantam um retorno seguro para alunos, pais, professores e trabalhadores da educação”.