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SEPE VAI DENUNCIAR QUEBRA DE PROTOCOLO SANITÁRIO E DOUTRINAÇÃO DE ALUNOS EM ESCOLA CÍVICO MILITAR CARIOCA NO BAIRRO DO ROCHA

O Sepe RJ está acionando o Ministério Público Estadual (MPE), a Comissão de Educação da Câmara de Vereadores e a Secretaria Municipal de Educação (SME) para que apurem uma denúncia recebida pelo sindicato sobre a quebra dos protocolos sanitários e a doutrinação de alunos durante atividade no pátio  da Escola Cívico Militar Carioca (Rua 24 de Maio 931 – Engenho Novo) realizada hoje (dia 25/5). Em vídeo e fotos enviadas para a direção do sindicato podem ser vistos alunos aglomerados no pátio da unidade escolar durante uma atividade com hasteamento da bandeira, sem o devido respeito ao distanciamento e ouvido um discurso com propaganda partidária e doutrinação política dos estudantes.

 

Na interpelação enviada pelo sindicato para o MPE, para a Comissão de Educação da Câmara Municipal e para a SME o Sepe RJ questiona a quebra dos protocolos de segurança contra a covid-19 e o discurso partidário e doutrinário utilizado pelo orador perante alunos e responsáveis presentes à formatura, que se configura claramente numa atitude contra os princípio educacionais, com utilização de slogans do governo federal (“Brasil acima de Tudo, Deus acima de todos), deixando claro também que os estudantes da escola seriam privilegiados em relação aos alunos da rede regular (“Nós somos nós. E o resto é o resto!).

 

O Sepe alerta para a tentativa de criação de uma rede de ensino à parte da rede municipal de educação com unidades militarizadas que submetem seus alunos à doutrinação, retirando deles a individualidade e a capacidade de autodesenvolvimento. O sindicato entende que este modelo de escola, além de não atender a diversidade, não contribui para a formação de cidadãos com capacidade crítica.

 

Além do acionamento do MPE e dos parlamentares da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores e da interpelação das autoridades municipais, o Sepe também está estudando as medidas jurídicas cabíveis para o caso.

 

Não podemos admitir que o prefeito Eduardo Paes e o secretário Renan Ferreirinha transformem nossas escolas em unidades militarizadas, com objetivo de doutrinação dos estudantes e de disseminação de discursos extremistas utilizados pelo governo federal. Também vamos exigir a manutenção dos protocolos de segurança contra a covid-19, dentre elas a manutenção do isolamento social dentro do espaço escolar.  

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