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Nota de repúdio contra os atos racistas sofridos pelo jogador Vinícius Júnior no dia 21/05

foto: facebook/Real Madri

A Secretaria de Combate à Discriminação Racial do Sepe-RJ vem repudiar e prestar toda solidariedade ao jogador Vinícius Júnior, do Real Madrid, pelos vários atos de racismo que o atleta vem sofrendo na Espanha. Registrados, já são 10 casos de racismo, entre os quais, um dos mais grotescos – que relembram os piores momentos da segregação racial norte-americana, onde linchavam e enforcavam negros – foi quando torcedores do time rival Atlético de Madrid penduraram um boneco enforcado, representando o jogador, sem qualquer punição aos culpados.

 

Vinícius Junior nasceu e viveu sua infância pobre no bairro do Mutuá, em São Gonçalo; estudou na Escola Municipal Paulo Freire e fundou o Instituto Vini Júnior em junho de 2021, que já modernizou cinco escolas da rede pública, tendo projetos antirracistas no currículo. Uma destas escolas é quilombola, localizada na cidade de Búzios.

 

No último domingo, dia 21, depois que grande parcela da torcida da equipe do Valencia o chamou de “mono”, macaco, de forma repetida, desferindo também outras palavras de ódio, o jogador de forma bizarra foi expulso de campo por um safanão dado em um jogador que estava lhe aplicando um mata-leão. A equipe de árbitros responsável pelo Var chamou o juiz e só mostrou a parte do safanão dado pelo Vinícius, não mostrando o mata-leão que ele sofreu.

 

Esse e outros fatos absurdos e grotescos aconteceram nesse jogo e após, com declarações deploráveis do presidente da La-Liga e de outros envolvidos. Em uma parte do jogo, quando os insultos estavam sendo cometidos, focam no Vinícius Júnior e vemos uma lágrima descendo no seu rosto. No mínimo, Repugnante!!!

 

Tudo isso comprova a leniência e permissividade contra atos de racismo das autoridades esportivas espanholas, dos atores envolvidos no futebol, da imprensa local, inclusive de seu clube, o Real Madrid. Medidas sérias e efetivas deverão ser tomadas, com a participação do governo brasileiro e pelo Ministério da Igualdade Racial, que estão se manifestando. E que nós brasileiros, além de ser contra o racismo, tenhamos práticas antirracistas não permitindo que fatos como esse sejam parte do cotidiano e se perpetuem.

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