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Chuvas, mais uma vez, causam sofrimento para população fluminense: governador e prefeitos dão as desculpas de sempre e não apontam solução

15 de janeiro de 2024

O Sepe RJ lastima e se solidariza com as vítimas das chuvas de sábado para domingo, que resultaram na morte de uma pessoa na cidade do Rio de Janeiro e mais 10 em diversos municípios da Região Metropolitana. Uma pessoa, cujo carro caiu num rio se encontra desaparecida. Os municípios de Nova Iguaçu, São João de Meriti e Duque de Caxias registraram mortes e desabrigados e decretaram estado de emergência ainda na noite de sábado (dia 13/1), com ruas de vários bairros tomadas pelas águas e pela lama. Nestes municípios, além das casas de moradores destruídas pelas águas e pela lama, postos de saúde e bases policiais também foram inundados.

Mais uma vez, a tragédia se repete e a população sofre com a falta de preparo e o descaso das autoridades para enfrentar as chuvas de verão. O governador do Rio, Cláudio Castro se encontrava de férias nos Estados Unidos e teve que antecipar a sua volta ao trabalho. O prefeito do Rio foi à televisão para afirmar que ele “não foi surpreendido”, mas não explicou a falta de preparo da cidade para o enfrentamento dos problemas causados pela chuva.

Não podemos admitir que os governos estadual e municipal se mostrem “não surpreendidos” pela força dos fenômenos da natureza, como afirmou o prefeito do Rio Eduardo Paes na TV, e apresentem desculpas como o aquecimento global e falta de verbas para a realização de obras de saneamento, desobstrução do curso dos rios e contenção nas encostas. Todos os anos, milhões de reais são destinados para a realização destas obras, melhoria das Defesas Civis municipais e compra de equipamentos meteorológicos para desenvolvimento dos sistemas de alerta e prevenção.

O Sepe lembra que uma das principais características do verão é exatamente a ocorrência de chuvas volumosas por conta do aumento das temperaturas. Não é à toa que ele é conhecido como estação chuvosa. Some-se a isso, o aquecimento global, que tem provocado uma constância maior do surgimento de fenômenos meteorológicos, com tempestades, ciclones, ondas de calor cada vez mais frequentes e fora da estação, acaba criando condições para a ocorrência de inundações, alagamentos e desabamentos com elevados números de vítimas.

Portanto, entendemos ser de vital importância que os governos estadual e municipais assumam sua responsabilidade constitucional e invistam para evitar mais mortes. E que, no caso da Educação Pública, apliquem mais verbas para melhorar as condições nas escolas. O aquecimento global é fato cada vez mais incontestável e profissionais e alunos têm o direito a escolas dotadas de climatização para que eles tenham um ambiente mais favorável para o seu desenvolvimento pedagógico.