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Artigo de diretora do Sepe publicado no jornal O Dia hoje (8/3) fala da importância da luta das mulheres nas ruas neste 8M
8 de março de 2024
A diretora da Coordenação da Capital do Sepe, Maria Eduarda (Duda) Quiroga e a jornalista e escritora Maíra Santafé, publicam hoje (dia 08 de março) um artigo no Jornal O Dia em homenagem ao 8M, Dia Internacional da Mulher.
No texto, Quiroga e Santafé falam da importância da luta das mulheres nas ruas para a conquista das diversas pautas importantes para a conquista do reconhecimento histórico da sua luta ao longo dos tempos e para lembrar aquelas que sucumbem ou são silenciadas enfrentando as mais diversas formas de violência. Entre as pautas importantes, são elencadas a defesa da democracia, da igualdade salarial e a da defesa contra a violência sofrida cotidianamente pelas mulheres.
Veja abaixo o texto integral do artigo publicado em O Dia, intitulado “Mulheres, por que ir às ruas hoje?”.
“Mulheres, por que ir às ruas hoje?
Diversas pautas importantes nos levam para as ruas, inclusive a de reverenciar grandes mulheres esquecidas pela história e as que são silenciadas cotidianamente, enfrentando diversas formas de violência.
Março chegou, mês dedicado a nós mulheres, bom momento para reflexões sobre a nossa situação na sociedade. Algumas pautas prioritárias a serem debatidas são: a defesa da democracia, a luta pela igualdade salarial e a (eterna) luta contras as violências sofridas diariamente por todas as mulheres.
Defender a democracia é fundamental, pois somos as primeiras a perder direitos em estados de exceção. Também é imprescindível falarmos sobre igualdade salarial, que agora é lei e precisa de estratégia para garantir fiscalização do cumprimento – em 2023, a média salarial de uma mulher negra correspondia a apenas 48% da média de um homem branco na mesma função. E precisamos, constantemente, lutar contra as várias agressões que sofremos, psicológicas e físicas, em todos os ambientes, desde a nossa vida pessoal à profissional.
Desde os cuidados com a casa e a família, até o sustento do lar, a carga colocada em nossos ombros é pesada e emocionalmente muito desgastante. A banalização das diversas violências contra mulheres e crianças é gritante. Segundo pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em novembro de 2023, foram 722 feminicídios só no primeiro semestre do ano, no Brasil. Já o estudo do Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), divulgado também em novembro, mostra que 30% das mulheres do Brasil já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por homens – cerca de 25,4 milhões de brasileiras.
Precisamos conscientizar toda a sociedade, sobretudo as mulheres, sobre nossos direitos. Precisamos reivindicar que o Estado faça sua parte através das políticas públicas, mas que a sociedade também compreenda a importância de pautas como divisão sexual do trabalho e tarefas de cuidado. A histórica premissa de que cuidar é tarefa feminina faz com que os nossos salários sejam compreendidos como complementares, mesmo que hoje a maioria dos lares sejam sustentados por mulheres.”
Veja publicação no jornal O Dia pelo link abaixo:
https://odia.ig.com.br/opiniao/2024/03/6805882-mulheres-por-que-ir-as-ruas-hoje.html
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