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Bolsonaro despreza a vida da população e a democracia
20 de abril de 2020
O presidente Jair Bolsonaro saiu à rua neste domingo (dia 19 de abril) para apoiar manifestações golpistas pró Forças Armadas e contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Além de ferir os princípios básicos da democracia, o presidente também repete o ato irresponsável de, num momento em que as autoridades sanitárias e cientistas do mundo inteiro pregam medidas de isolamento social e a manutenção da distância entre as pessoas, se misturar em meio ao público, colocando as pessoas sob o risco de contágio do novo coronavírus.
O Sepe/RJ, que sempre atuou no combate às ameaças aos direitos civis e ataques às garantias democráticas, vem a público expressar o seu repúdio às atitudes do presidente da República que, ao nosso ver, com suas atitudes autoritárias e marcadas pela truculência e ignorância não parece ter a mínima condição para exercer as funções do cargo para o qual foi eleito. Ao optar pelo negacionismo e pelo enfrentamento aos ditames da Ciência e ao desprezar os órgãos que integram a base do pilar democrático em nosso país, Bolsonaro, mais uma vez, dá prova cabal de não merecer exercer o mandato para o qual foi eleito.
Não podemos compactuar com as práticas de Bolsonaro. Hoje, um mês após o início das medidas de contenção da pandemia no Brasil, assistimos diariamente panelaços que exigem o fim do governo Bolsonaro e da sua política irresponsável de exposição da população e dos trabalhadores aos perigos representados pela transmissão de um vírus mortal e ainda pouco conhecido. Desde o início da gestão, Bolsonaro mostra pouco apreço pela democracia e pelo diálogo. Sua política se marca pelos privilégios aos interesses econômicos em detrimento dos direitos dos trabalhadores. Cortou verbas de setores fundamentais para o bem estar do povo, como Saúde, Educação e Assistência Social, reformou a Previdência e promove uma agenda reformista para garantir maiores lucros para os empresários e banqueiros, a partir do desmonte do patrimônio nacional.
Agora, num momento em que os governos do mundo inteiro são chamados à responsabilidade para o enfrentamento da pandemia e os seus efeitos para o futuro da humanidade, o presidente brasileiro não pode se comportar como um louco acuado, fazendo daqueles que não seguem as suas ideias inimigos a serem combatidos e exterminados.