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Direção do Sepe participa de Seminário Internacional da CNTE sobre os desafios e organização das entidades representativas dos profissionais de educação
19 de setembro de 2025

FOTO: CNTE/DIVULGAÇÃO
A direção do Sepe participa do Seminário Internacional “Política Internacional – Desafios e Organização”, em Brasília. O evento é uma promoção da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL) e tem por objetivo reunir entidades representativas dos profissionais de educação para discussão dos desafios e organização do movimento sindical, no Brasil e América Latina.
O Seminário reúne mais de 62 entidades representativas dos profissionais e as discussões estão centradas na busca por desafios em comum para a organização de estratégias da luta pela escola pública, gratuita e de qualidade para todos. Durante os trabalhos, os representantes das entidades relançaram as campanhas por “Mais investimentos para a Educação Pública” e “Não venda a minha escola” na Câmara dos Deputados. A iniciativa visou o fortalecimento da escola pública e a ampliação dos investimentos do poder público no setor.
Participante do evento, a presidenta da IEAL, Sonia Alesso, relembrou o documento aprovado no evento World Summit on Teachers, em agosto, em Santiago, no Chile.“O documento mostra o cenário da educação. Pedagogos, acadêmicos, estudantes pelo mundo participaram do Consenso de Santiago que aponta caminhos de luta, de demandas que precisamos levar adiante. É preciso ter investimentos nos países pobres, na carreira dos docentes e fortalecer que não há plataforma capaz de substituir um professor, que tem um coração. Somos insubstituíveis”, disse Sonia Alesso.
A representante da Unesco, Maria Revia, reforçou a relevância do texto. “Pela primeira vez, o vínculo entre professor e estudante foi valorizado, o Consenso mostra esse desdobramento. E a valorização dos docentes é a base de tudo. Nós precisamos atingir as metas estabelecidas, restaurar o ensino, e enfatizar que a inteligência artificial jamais irá substituir um professor em sala de aula”, concluiu Maria Revia.
Durante os painéis realizados no dia de ontem, foram debatidas questões como o caráter pedagógico do orçamento público, onde foram feitas críticas à baixa prioridade orçamentária para o setor da educação pública e a necessidade de discussão com a sociedade para ampliar a participação popular na elaboração das leis orçamentárias e da tributação dos super-ricos.
Outro painel focou a importância da atuação dos Parlamentos na garantia de políticas e recursos para a educação” e trouxe alertas sobre retrocessos nesta questão. As discussões apontaram o papel estratégico do Congresso na elaboração de propostas orçamentárias garantindo a exclusividade para o setor dos recursos públicos destinados à ele pela Constituição e o perigo dos avanços da privatização por meio das parcerias público-privadas, que inserem agentes privados na gestão da escola pública.

Delegação do Sepe no Seminário Internacional da CNTE em Brasília

FOTO: CNTE/DIVULGAÇÃO
