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Nota de solidariedade ao deputado Glauber Braga

Deputado Glauber Braga (direita da foto) continua na comissão do conselho de ética em greve de fome, em protesto contra o processo de cassação de seu mandato (foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O Sepe expressa solidariedade ao deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ), que está sofrendo um processo de cassação do seu mandato por uma suposta acusação de quebra de decoro, a partir de uma denúncia movida pelo Partido Novo.

No dia 10 de abril, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou o pedido de perda de mandato do parlamentar e o processo agora seguirá para o plenário, que irá avaliar a sua cassação ou não. Após o resultado da votação no Conselho de Ética, favorável à punição, o deputado anunciou que entraria em greve de fome até o resultado final do processo.

Agora, cabe ao presidente da Câmara de Deputados, Hugo Motta (Republicanos) pautar a matéria para votação no plenário.

O Sepe repudia a forma como o processo contra o deputado foi movido pela Comissão de Ética, de forma parcial e a partir de uma acusação injusta: a de ter agredido e expulsado um notório provocador e militante da extrema direita, durante confusão na Câmara. Não foi a primeira vez que o provocador agiu contra o deputado, com repetidos ataques nas redes sociais ou em eventos presenciais no Rio de Janeiro.

Glauber, por sua atuação na defesa dos direitos dos trabalhadores e da democracia, nunca contou com o apoio institucional da Mesa Diretora da Câmara, a qual sempre ignorou as provocações diárias sofridas por ele, inclusive dentro do plenário do Congresso Nacional. 


No entender do sindicato, a cassação a um parlamentar que sempre marcou sua atuação pela defesa intransigente contra os ataques dos extremistas da direita e as tentativas de ruptura das instituições democráticas será um grande retrocesso. 

Outro ponto que temos que levar em conta é o alerta contra o precedente grave que se descortinará com a cassação de Glauber Braga: a de que qualquer parlamentar que pautar sua atuação contra o arbítrio e o pensamento hegemônico de direita que, hoje, domina a Câmara de Deputados, será punido com processos persecutórios e ameaças de perda do mandato. Prática esta que se espelha nos regimes totalitários que lutadores como Glauber e tantos outros perseguidos, com sua atuação firme em defesa da democracia e dos direitos humanos, ajudaram a jogar no lixo da História.

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