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PELA REVOGAÇÃO DO NOVO ENSINO MÉDIO – NESTA QUARTA-FEIRA (24), VAMOS DEBATER NAS ESCOLAS ESTADUAIS OS GRAVES PROBLEMAS DO NEM

O Sepe convoca os profissionais de educação e o conjunto das comunidades escolares e sociedade civil a entrarem na luta pela revogação da lei 13.415/2017, que criou o Novo Ensino Médio (NEM).

Nessa quarta-feira, dia 24 de agosto, faremos o Dia D Contra o NEM, com debates nas escolas da rede estadual RJ para explicar à comunidade escolar os graves problemas que a implementação desse programa já está causando na rede. No dia 27 de agosto, às 10h, o Sepe realiza assembleia híbrida da rede estadual (local a confirmar) para discutir a resistência ao NEM e outros importantes temas.

Clique aqui para se inscrever on-line para a assembleia do dia 27/08;

Clique aqui para ler o boletim do Sepe Rede Estadual – especial NEM. Compartilhe em suas redes sociais.

Clique aqui para ler as propostas aprovadas na última assembleia da rede estadual – realizada dia 06/08. 

clique  no link abaixo para participar da petição eletrônica contra o novo ensino médio: https://secure.avaaz.org/community_petitions/po/seeducrj_pela_suspensao_da_implementacao_da_reforma_do_ensino_medio_pela_seeducrj/


Não podemos aceitar o aumento da precarização do trabalho docente e a exclusão completa no processo de formação dos estudantes que o NEM vai proporcionar, se implantado em sua totalidade. Principalmente, quando o processo de implementação não passou por um debate amplo e democrático com as comunidades escolares e o conjunto da sociedade.

A Reforma do Ensino Médio foi uma medida autoritária que interrompeu, em 2016, o debate que estava ocorrendo em torno da reformulação do Ensino Médio e da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação. O NEM é um ataque articulado do grande capital contra a educação pública de qualidade, visando reduzir o investimento no ensino público e privatizar enormes segmentos da educação, favorecendo grupos econômicos. Lembrando que o mesmo ocorreu em relação às leis trabalhistas com a reforma trabalhista de 2017, que destruiu a CLT; e com a reforma da previdência social – todos ataques feitos no governo golpista de Temer e aprofundados pelo governo Bolsonaro.

Aqui no estado do Rio de Janeiro, a SEEDUC começou a implementar o NEM em 2022 e, desde o início do processo de discussão sobre a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que culminou na proposta do novo ensino médio, vem se recusando a promover o debate amplo com a comunidade escolar – afinal, esse debate mostraria as mazelas que esse projeto causará para a formação dos alunos.

Lembramos que o Sepe participou do Grupo de Trabalho com a SEEDUC, visando discutir exatamente esses problemas e, durante o processo, reivindicamos a discussão profunda com os pais, estudantes e sociedade. Tais questionamentos desaguaram na aprovação pela Assembleia Legislativa (ALERJ) de um projeto de lei que suspenderia a implantação do NEM até 2023. Mas o governador Cláudio Castro, submisso aos interesses do governo federal, vetou a totalidade do PL.

O QUE QUESTIONAMOS DO NEM NA REDE ESTADUAL RJ

– Falta de debate com a comunidade escolar;
– Calendário apertado da SEEDUC;
– Unificação de disciplinas com a consequente redução da carga horária e empobrecimento do ensino;
– Exclusão social e educacional dos estudantes das escolas públicas;
– Redução da parte comum do currículo, com as redes de ensino passando a oferecer no máximo 1.800 horas, ao invés das 2.400 horas que eram oferecidas antes;
– Falta de transparência sobre os “itinerários formativos” e distribuição da carga horária;
– Falta de exigência de formação pedagógica para o exercício do magistério;
– O NEM vai causar desemprego e aprofundar ainda mais a precarização da profissão;
– As unidades escolares não têm estrutura para realizar todos os itinerários formativos;
– Tais itinerários vão significar o fim de disciplinas fundamentais para a formação de estudantes participativos e entendedores do seu papel na sociedade;
– Torna não obrigatório o oferecimento no ensino médio das disciplinas que compõem atualmente a matriz do Ensino Médio Regular, com exceção de Língua Portuguesa e Matemática;
– A carga horária das disciplinas, cujo oferecimento deixou de ser obrigatório, está sendo reduzida, o que provoca desemprego para a categoria e a piora do ensino;
– Vão deixar de ser ofertadas nos três anos do ensino médio: Biologia, Química, Física, História, Geografia, Filosofia, Arte, Educação Física, Língua Estrangeira 1, Língua Estrangeira 2 e Sociologia;
– A não obrigatoriedade dessas disciplinas fará com que professoras “sobrem”, sendo forçados a lecionar outras matérias;
– O NEM permite a transferência de recursos da educação pública para empresas privadas e organizações sociais, em um desvirtuamento total do sistema de educação;
– O NEM permite convênios com instituições de educação à distância: 80% das aulas da EJA, 30% das aulas do noturno e 20% das aulas do diurno poderão ser oferecidas via remota – mais um item que causa desemprego e piora na qualidade de ensino.

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