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PERDAS SALARIAIS DA REDE MUNICIPAL RJ CHEGAM A 30,15% – 2 DE AGOSTO TEM GREVE DE 24H, ASSEMBLEIA E ATO NA PREFEITURA

A rede municipal de educação RJ está em campanha salarial. O último reajuste ocorreu em março de 2019, portanto, há mais de três anos. O Sepe-Dieese atualizou os índices de perdas, tendo em vista todo o período. Assim, para que os salários em 1º de junho de 2022 retornassem ao mesmo poder de compra de 1º de março de 2019, o reajuste necessário sobre os salários de maio de 2022 seria de 30,15% (INPC/IBGE) e de 28,65% (IPCA-IBGE). Os dados serão atualizados com a inflação de junho.

A categoria está em estado de greve pelo reajuste salarial e realiza greve de 24h no dia 2 de agosto, na volta às aulas logo após o recesso, com assembleia às 9h, na quadra da Escola de Samba Estácio de Sá (Rua Salvador de Sá, 206, no Estácio). Logo após a assembleia, passeata até a sede da prefeitura, na Cidade Nova, com ato no local.

O Dieese fixou como marco inicial para o acompanhamento dos salários o poder de compra que vigorava em 1º de março de 2019 e comparou a evolução dos salários com a evolução do INPC-IBGE e do IPCA-IBGE. No 1º quadro que publicamos nesta matéria, logo a seguir, observamos que no período de 1º de março de 2019 a 31 de maio de 2022 (último dado disponível) o INPC-IBGE e o IPCA-IBGE apresentaram uma variação de, respectivamente, 26,25% e 24,79%.

Considerando ainda o aumento do desconto previdenciário de 11% para 14% a partir de julho de 2021, o Dieese considera que houve uma perda nominal de 3% neste mesmo período. Assim, em 31 de maio de 2022, os salários manteriam apenas 76,83% do poder aquisitivo de 1º de março de 2019, segundo o INPC-IBGE (2º quadro).

Além do reajuste salarial de 30,15%, a categoria está em luta por:

– Descongelamento dos Triênios;

– Implementação do 1/3 de planejamento extraclasse, com tratamento isonômico para toda a categoria;

– Reajuste do auxílio alimentação, congelado há 10 anos;

– Direito à migração de 40h;

– Respeito ao direito à origem para os funcionários e professores;

– Valorização dos profissionais da Educação Especial;

– Respeito à nossa carga horária (8 horas e não 9 horas, sem hora de almoço inserido nas 40h).