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SEPE REPUDIA A POLÍTICA DE GLPs DA SEEDUC QUE PRESSIONA PELA VOLTA PRESENCIAL

O Sepe repudia o conteúdo da Circular emitida pela Superintendência de Gestão de Pessoas (SGP) da Secretaria de Estado de Educação que versa sobre liberações de solicitações de Gratificações de Lotação Prioritária (GLPs) para o corrente ano. A CI SEEDUC/SUPGP Nº 5 (de 06 de março) anuncia a disponibilização das GLPs a partir desta segunda-feira (dia 08 de março) com finalidade de suprir as carências reais e temporárias das turmas regulares nas escolas que estão sendo reabertas para aulas presenciais. A Circular apresenta orientações questionáveis, que vinculam a GLP a volta as atividades presenciais nas escolas.

O Sepe comunica aos profissionais de educação que, na audiência com o secretário de educação que se realizará na próxima quinta-feira, dia 11 de março, cobrará a mudança deste critério abusivo. Nenhum profissional pode ser levado pela SEEDUC a colocar sua vida e a vida daqueles com quem tem contato em risco para aumentar sua renda.

Destacamos que os sete anos sem reajuste dos já baixíssimos salários dos profissionais da rede coloca professores numa condição de necessidade de aumentar seus vencimentos, e é da GLP que o governo se aproveita para pressionar pela reabertura das escolas.

Ou seja, em plena pandemia, com o aumento diário do número de casos, a SEEDUC anuncia a liberação de GLPs para atrair os docentes para volta presencial, e o faz num momento grave em que os casos de covid-19 no Brasil e no Rio de Janeiro crescem em progressão geométrica, alarmando sanitaristas e a Organização Mundial de Saúde (OMS), o governo estadual, através da SEEDUC. Pior do que isto, cria um critério que deixa de fora das gratificações os professores que se encontram no grupo de risco, portadores de comorbidades.

O Sepe contesta tais determinações e lembra que os profissionais da rede estadual se encontram em greve pela defesa da vida e contra a volta presencial das aulas. Entendemos que o momento atual da pandemia no país, com o surgimento de uma segunda onda e de novas cepas do vírus da covid, deveria ser um motivo para a implementação de medidas de isolamento social e fechamento total das unidades escolares para impedir o aumento dos casos e óbitos. Ao invés de considerar os argumentos e as deliberações da assembleia dos profissionais que decidiram pela greve em defesa da saúde, a SEEDUC opta por seguir um caminho que pode ocasionar uma explosão de casos de coronavírus nas comunidades escolares, já que sabemos todos da total falta de condições nas escolas para um controle sanitário eficiente.

Leia a CI 5 aqui.