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Sepe repudia ataque do INES à Associação de Servidores

Em 27 de maio de 2020, a Associação dos Servidores do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), Seção Sindical do Sinasefe (ASSINES/SSIND), foi surpreendida, em meio à pandemia de Covid-19 que assola o país, por um requerimento da Direção-Geral do Instituto para que, em um prazo de 10 dias, a associação escolhesse pelo pagamento do aluguel espaço reservado à sede da associação ou que deixasse o mesmo, num prazo de 30 dias. A ASSINES encaminhou à direção do instituto o pedido de reconsideração para que tenha a cessão não onerosa do espaço. No momento, aguarda resposta. Com isso, a direção do Sepe se solidariza à ASSINES contra esse ato autoritário, com a seguinte moção, que será devidamente encaminhada aos órgãos interessados:

Moção de repúdio

Rio de Janeiro, 18 de junho de 2020

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação-RJ (Sepe-RJ) vem por meio desta moção manifestar o seu profundo repúdio à postura antidemocrática da Direção Geral do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), representada pelo diretor-geral Paulo André Bulhões. Entendemos que o esforço dessa Direção para expulsar a Associação dos Servidores do Ines (Assines), Seção Sindical do Sinasefe, das dependências do Instituto constitui um gravíssimo ataque aos direitos dos trabalhadores ali atuantes e ao conjunto da classe trabalhadora. Ao dificultar o acesso dos servidores à sua representação sindical – e jogar sobre esta uma pesada responsabilidade financeira –, esse ato se configura como uma clara tentativa de limitar a independência política dos trabalhadores do Instituto e dificultar as suas ações em defesa de seus interesses.

Infelizmente, essa postura se alinha diretamente ao governo federal comandado por Jair Bolsonaro, que faz da perseguição aos trabalhadores e suas entidades um elemento fundamental de seu programa de governo extremamente reacionário e submetido aos interesses do grande capital. Não à toa, essa medida é colocada em prática por uma Direção-Geral que, a despeito de não ter sido vitoriosa na consulta democrática interna do Ines, foi alçada à sua posição por uma intervenção arbitrária desse mesmo governo federal.

Tal fato adquire gravidade ainda maior se considerarmos que a Assines foi convocada a retirar seus pertences do Instituto em meio à pandemia da Covid-19 que, alimentada pela postura negacionista do próprio Bolsonaro, promove um verdadeiro genocídio da população trabalhadora brasileira, com dezenas de milhares de mortes. Sendo assim, trata-se, também, de uma ação absolutamente irresponsável do ponto de vista sanitário, que pode colocar mais vidas em risco.

Por fim, aproveitamos essa oportunidade para expressar nossa total solidariedade à Assines e ao conjunto dos trabalhadores do Ines no enfrentamento a essa medida autoritária, que busca sufocar sua autonomia e sua liberdade de atuação. Todo repúdio aos que atacam os trabalhadores e todo apoio aos que lutam!

Direção do Sepe-RJ

Leia aqui um histórico situação.