Recepção: (21) 2195-0450. Agendar atendimento no Jurídico: (21) 2195-0457 / 0458 (11h às 16h).

Diversas entidades do movimento sindical e social realizaram um ato público, na tarde desta quinta-feira (04/12), em frente ao Palácio Guanabara, em repúdio ao decreto e resolução do governo do estado do Rio que oficializaram a aprovação automática dos estudantes do ensino médio das escolas estaduais.

O ato foi convocado pelo Sepe, que reivindica a revogação da resolução da SEEDUC, que implementa a aprovação automática, além de liberar o uso de plataformas digitais nas escolas.

A direção do Sepe, acompanhada do presidente do Fórum Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), Waldeck Carneiro, protocolou o manifesto no Palácio, documento assinado por dezenas de entidades.

O Sepe irá discutir com as demais entidades a continuação da luta contra a aprovação automática.

Representantes de entidades sindicais de servidores discursaram destacando a luta contra a reforma administrativa que está tramitando na Câmara dos Deputados, em Brasília, e que também interessa de perto os profissionais de educação.

Sobre outra luta fundamental da categoria, no dia 12/12, o Supremo Tribunal Federal (STF) irá iniciar o julgamento virtual (apenas com a publicação dos votos dos ministros) do piso nacional do magistério. Em breve, o Sepe irá divulgar a orientação sobre a melhor forma de a categoria intervir nesse processo.

0

destaque-home, Estadual, Todas

O Sepe realizou, nesta terça-feira (02/12), uma plenária com movimentos sociais e sindicais, mandatos parlamentares e militância na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), para mobilizar a sociedade e as organizações sociais e sindicais do estado contra a resolução da SEEDUC, de 19 de novembro, que instituiu a aprovação automática nas escolas estaduais, a partir de um decreto do governador Cláudio Castro, de 17 de novembro.

Logo no início do encontro, foi lançado e lido o “Manifesto por novos horizontes nas escolas públicas estaduais do Rio de Janeiro”, documento que se posiciona contra a aprovação automática e repudia a política educacional adotada pelo governo estadual. O manifesto está disponível no site do Sepe, acompanhado do e-mail para adesões e pode ser lido neste link.

A abertura do evento foi feita pela coordenação-geral do sindicato, que ressaltou a importância da mobilização dos movimentos sociais. Lembrou também que todo o governo do estado está voltado para garantir a melhoria artificial dos índices do IDEB, visando, de forma oportunista, as eleições gerais de 2026.

O Sepe informou que denunciará ao Ministério Público e ao Conselho do FUNDEB a gravidade da ofensiva contra a educação estadual contida na resolução da Seeduc e no decreto do governador.

A coordenação frisou ainda a necessidade de unidade em torno do manifesto e reforçou que esta é uma luta de toda a sociedade.

A plenária foi transmitida ao vivo pelas redes sociais do Sepe. A entidade destacou que não conseguirá enfrentar sozinha esse ataque e, por isso, conclama toda a sociedade a se somar à luta – veja o vídeo da plenária em nosso YouTube

Diversos mandatos parlamentares, entidades e movimentos participaram ou enviaram apoio, através da assinatura do Manifesto, entre eles:

* Mandato da deputada estadual Renata Souza (PSOL)

* Mandato do deputado federal Tarcísio Motta (PSOL)

* Vereador William Siri (PSOL – Rio de Janeiro)

* Mandato da deputada estadual Elika Takimoto (PT)

* Deputado estadual Professor Josemar (PSOL)

* Mandato do deputado federal Lindbergh (PT)

* Fórum Estadual de Educação RJ (FEERJ) – Waldeck Carneiro

* Movimento de Educação Popular Esperança Garcia

* Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

* Mandato da vereadora Thais Ferreira  (PSOL – Rio de Janeiro)

* Movimento Organizado Vozes Anticapitalistas (MOVA)

* Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais (Abecs) – professor João Cabrera

Foi prestada solidariedade ao presidente do FEERJ, Waldeck Carneiro, que vem sofrendo ameaças de extremistas de direita por sua atuação.

A plenária repudiou o assassinato de duas funcionárias do CEFET — a diretora Allane de Souza Pedrotti Mattos e a psicóloga Layse Costa Pinheiro — em uma ação de caráter misógino e feminicida.

Após as falas da coordenação do Sepe, manifestaram-se os representantes dos movimentos sociais, entre eles Waldeck Carneiro, do FEERJ. Em sua fala, ele saudou a plenária e afirmou que as entidades estão alinhadas com a pauta contra o desmonte da educação pública no estado. Para ele, a medida do governo é mais uma expressão da luta de classes, voltada a negar direitos da população trabalhadora.

O deputado estadual Professor Josemar reafirmou o compromisso de seu mandato contra a aprovação automática e lembrou outros ataques em curso: o não pagamento do piso, a ausência da segunda e terceira parcelas da reposição salarial do funcionalismo e o avanço da pejotização, entre outros pontos. Ele também criticou a postura do prefeito Eduardo Paes, que, segundo afirmou, “veste a mesma camisa da direita liberal”.

Ao final, a coordenação-geral do Sepe convocou os movimentos sociais para o ato no Palácio Guanabara, na quinta-feira (dia 4), às 14h, ocasião em que o manifesto será entregue ao governo.

As coordenadoras encerraram agradecendo a presença de todas e todos nesta noite de terça-feira, marcada por um forte temporal na cidade, que atrapalhou a presença das pessoas na plenária, mas que, ainda assim, contou com boa participação.


0

Nesta terça-feira, dia 2 de dezembro, será realizada uma plenária dos movimentos sociais, às 18h, no auditório do 7º andar da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), na Rua Araújo Porto Alegre, 71, para discutir a implementação da aprovação automática na rede estadual e a discussão de estratégias conjuntas do movimento social para barrar mais este ataque do governo estadual contra a educação.

Já na quinta-feira, dia 04/12, às 14h, realizaremos um ato público na frente do Palácio Guanabara para marcar a posição da categoria e denunciar para a população fluminense essa tentativa, com a implementação da aprovação automática, do governador Cláudio Castro e da secretária Roberta Barreto de destruição da escola pública no Rio de Janeiro.

ENTENDA O QUE ESTÁ ACONTECENDO

No dia 19 de novembro, a SEEDUC-RJ publicou, no Diário Oficial, a Resolução nº 6.391/2025, que oficializa a aprovação automática nas escolas estaduais da rede. Pela norma, estudantes do 1º e 2º anos reprovados em até seis disciplinas, e alunos do 3º ano reprovados em até três disciplinas, serão automaticamente aprovados. Essa resolução da Secretaria foi criada a partir do Decreto nº 49.994/2025, assinado pelo governador Cláudio Castro, publicado dia 17/11.

A justificativa apresentada pela SEEDUC é a de combater a evasão escolar, mas para o Sepe, por trás das medidas, está o objetivo de maquiar os números do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), no qual o Estado do Rio ocupa hoje a vergonhosa penúltima colocação nacional. Lembrando que 2026 será o ano de eleições gerais em nosso país, e o atual governo quer melhorar, de qualquer maneira, os índices.

O Sepe condenou desde o primeiro momento em que teve informação deste projeto de Cláudio Castro e Roberta Barreto para a rede estadual. Para o sindicato, a resolução da aprovação automática é a cereja do bolo de uma política que já vem se desenhando há meses, com o nome fantasia de “Novas Oportunidades de Aprendizagem” (NOA), que oferece várias provas e avaliações para dar aprovar alunos.

Essa aprovação automática surge em um cenário no qual alunos deixam de ter várias aulas no ano, por causa da carência de professores e ausência de concursos públicos para contratação de docentes; surge em um momento de mudanças na grade curricular, a partir do Novo Ensino Médio. Desta forma, a SEEDUC preocupa-se apenas com a formação de mão-de-obra barata para o mercado, nega o futuro da juventude e amplia o apartheid educacional.

Além disso, a SEEDUC promove uma grande chantagem com a categoria: foi definido um índice de 95% de aprovação para cada escola, com professores ganhando bônus de R$ 3 mil se a unidade atingir esta meta da Secretaria. É a “bolsa aprovação automática”. Essa política é um deboche com a categoria que ganha um dos piores salários do País.

O que queremos é o piso nacional para professores, funcionários administrativos e aposentados!

O Sepe reitera sua posição de defesa da qualidade da educação pública, calcada no respeito aos processos pedagógicos, ao alunado e aos profissionais da educação, sem maquiagem e sem subterfúgios.

Veja no link abaixo o manifesto contra a aprovação automática e as pessoas e entidades que aderiram à campanha:
https://seperj.org.br/sepe-entidades-e-movimentos-sociais-lancam-manifesto-contra-a-aprovacao-automatica-de-claudio-castro/

0

Manifesto por novos horizontes nas escolas públicas estaduais no estado do Rio de Janeiro

O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) historicamente defende o desenvolvimento integral dos estudantes em todas as redes públicas no estado do Rio de Janeiro. Isso requer um aporte pedagógico, financeiro e estrutural nas escolas afim de garantir as condições necessárias ao pleno desenvolvimento de processo pedagógico, que não se restringe ao ensino-aprendizagem. O Sepe também alerta, de forma veemente, sempre, que qualquer atalho ou subterfúgio para alcançar esse objetivo, é ofensivo pois mascara as reais condições do processo pedagógico e agride o direito do aluno à apropriação do conhecimento necessário à sua humanização integral.

No mundo real, precisamos de escolas com condições de funcionamento, limite de alunos nas turmas, quadro completo de professores, funcionários e apoio pedagógico, autonomia pedagógica, gestão democrática, formação continuada para todos os servidores, além de respeito às leis protetivas dos direitos dos profissionais da educação e dos estudantes.

A avaliação do processo pedagógico não pode ser artificial, supérflua e uniforme. Assim, avaliações externas massificadas, índices de progressão e produtividade chocam-se com a autonomia da escola, que inclui a construção de suas ferramentas de avaliação de acordo com a realidade vivida e o currículo constituído.

O resultado é o fracasso de um projeto de educação pautado numa visão empresarial que avalia para medir a produtividade, sendo o produto a aprovação dos educandos. Se o papel histórico da escola é formação de sujeitos através da apropriação da cultura elaborada pela humanidade, o produto da escola deverá ser a formação do sujeito histórico, impossível de ser mensurado por tais ferramentas. 

Não defendemos a reprovação de alunos nem tampouco aprovação automática. Defendemos um processo de ensino-aprendizagem onde os profissionais e os estudantes possam desenvolver conhecimentos através da troca e da potencialização das capacidades de cada um. Isso significa não artificializar o processo de desenvolvimento, empurrando estudantes a outros patamares sem que tenham realmente se apropriado dos conhecimentos de determinada etapa do ensino.

A criação de instrumentos de recuperação de aprendizagem teve, através dos tempos, diversos nomes e formas. A novidade agora é que esses instrumentos somam-se para pretensamente garantir a aprendizagem. Sob o nome fantasia de “Novas Oportunidades de Aprendizagem” (NOA), o governador Cláudio Castro e a SEEDUC, decretam a aprovação automática, ou segundo a secretária Roberta Barreto, em entrevista à rádio CBN, “aprovação semiautomática”.

No entanto, o mesmo processo que não garantiu a aprendizagem em seu tempo, continua, sem modificações, produzindo “não aprendizagem” de forma ininterrupta. Não há previsão de chamada de concursados, limite menor de alunos em turmas, concursos para funcionários administrativos e apoio pedagógico, autonomia e respeito aos projetos políticos/pedagógicos e melhoria na estrutura das escolas.

A rede estadual vem perdendo alunos por fechamento de turmas, turnos e escolas há mais de 20 anos. Com mais de 1 milhão e 500 mil alunos nos anos 2000, tem agora cerca de 700 mil. Um encolhimento vertiginoso. E a cada ano diminui o número de alunos matriculados, causando impacto também no FUNDEB.

A escola vem sendo esvaziada em seu currículo e sentido. Basta ver o currículo imposto pela SEEDUC onde disciplinas como “O que anda por aí”, “Brigadeiro Gourmet”, “Projeto de vida”, entre outras, tiram tempos de disciplinas como Filosofia, Sociologia, Artes, História, etc. Propostas curriculares como “O Novo Ensino Médio”, estão a serviço da privatização da Educação, ao ampliar a desigualdade de acesso ao conhecimento mais elaborado entre os filhos dos ricos e os da classe trabalhadora. Esse modelo pretende formar uma juventude que, diante do desemprego e da escala 6X1, se rende ao empreendedorismo e outras saídas individuais, tornando-se refém de uma formação acrítica e reducionista da realidade. Tais condições impostas pela SEEDUC, somadas a negações de direitos dos jovens, levaram ao alto índice de retenção e de evasão escolar.

No entanto, somente em 2025 a SEEDUC se debruça sobre a situação de modo a resolvê-la com fórmulas mágicas. E, sem mudar nada no cotidiano escolar, pretende, que no anúncio do IDEB em agosto de 2026, a rede estadual saia do 26º lugar para os primeiros lugares. Já vivenciamos tal situação com o Secretário de Educação Wilson Risolia, no governo de Sérgio Cabral, quando saímos do 26º lugar em 2009 para o 3º lugar em 2014. Para tanto, Risolia proibiu a matrícula de maiores de idade no ensino regular, diminuindo em muito a distorção idade/série, o que impacta o IDEB. As ações da atual Secretaria são mais numerosas e sistêmicas.

O Governo de Cláudio Castro paga o pior salário do país aos professores e funcionários de escolas. Não cumpre a Lei do Piso Nacional e paga menos do que o salário mínimo de piso aos funcionários. O salário está congelado há 10 anos e o governador não cumpriu a recomposição salarial aprovada na Alerj e sancionada por ele. Ao mesmo tempo que impõe a recessão para os servidores da Educação, decreta bonificação para as escolas que atingirem a meta de aprovação, acima de 95%. Contando com o desespero de quem depende do salário para sobreviver, impõe, de forma cruel, a adesão à aprovação automática. É o controle em forma de falsa valorização profissional. É a bonificação faroeste adaptada à Educação.

Um governo que aplica dinheiro dos aposentados em operações financeiras em bancos suspeitos, que superfatura materiais escolares, que está sendo investigado pelo escândalo das contratações de fantasmas na UERJ, que tem as chacinas como única política de segurança pública, entre outros tantos escândalos, tenta se salvar do pântano criando cortinas de fumaça para enganar o eleitorado.

A população do estado do Rio de Janeiro não pode se calar diante de mais esse ataque aos direitos de nossa juventude.

Convocamos os movimentos sociais, entidades estudantis, sindicatos, centrais sindicais, universidades, associações, etc., para, junto conosco, não só denunciar mais este ataque do governador Cláudio Castro, mas construir a resistência e um novo horizonte para a escola pública estadual no estado do Rio de Janeiro.

————————————————-

Assinaturas iniciais

ABI
ABECS (Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais)
Afronte! Coletivo de juventude
AMT
ANDES-SN
ANFOPE
ANPAE
As Marias da Baixada Campos dos Goytacazes
Associação dos Agentes de Endemias
Associação Fórum Grita Baixada
Associação Gonçalense dos Estudantes Secundaristas (AGES)
CES AE – Coletivo de Educadores Socialistas
CNTE
Coletivo Convivências (IP/UFRJ)
Coletivo ELA
Coletivo Matilha
Comitê Rio da Campanha Nacional pelo Direito à Educação
Conselho Municipal dos Direitos da Mulher Campos dos Goytacazes (CODIM)
CONTEE
CSP-Conlutas
CTB
CUT
DCE UERJ
Deputada Estadual Elika Takimoto (PT)
Deputada Estadual Marina do MST (PT)
Deputada Estadual Renata Souza (PSOL)
Deputado Estadual Flavio Serafini (PSOL)
Deputado Estadual Professor Josemar (PSOL)
Deputado Estadual Yuri Moura (PSOL)
Deputado federal Lindbergh Farias (PT)
Deputado federal Reimont (PT)
Deputado federal Tarcísio Motta (PSOL)
Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro (FETEERJ)
FORAS – Fórum de Articulação da Sociedade Civil de Caxias e adjacências
Fórum Municipal dos Direitos das Mulheres de Duque de Caxias (FMDM)
Fórum Nacional de Gestão Democrática da Educação Professor Jorge Najjar (FORGEDE)
FOSPERJ
Giuliana Mordente (UFRJ)
Grupo de Extensão Popular Ignacio Martín-Baró, IP/UFRJ
Grupo de pesquisa Políticas Públicas e Educacao de Jovens e Adultos Trabalhadores – PPEJAT/FFP/UERJ
Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Educação (GRUPPE/UFF)
Intersindical
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Jefferson Vinco do coletivo Tudonumacoisa só da Zona Oeste
Juntos! – Coletivo de Juventude
Juventude socialista brasileira – JSB
Laboratório de Direitos Humanos da UFRJ
LEDUB – Laboratório de Estudos das Transformações do Direito Urbanístico Brasileiro/UFRJ
Levante da Juventude
Marginália – Laboratório de Psicanálise e Estudos sobre o Contemporâneo, IP/UFRJ
Movimento de Educação Popular Esperança Garcia
Movimento Organizado Vozes Anticapitalistas (MOVA)
Observatório Fluminense de Políticas Sociais Carlos Walter Porto-Gonçalves (OFPS/UFF)
PCB
PCdoB
PodCassa – o Podcast em defesa da Educação Mídia Independente
PT Campos dos Goytacazes
PT Teresópolis
Redes da Maré
RUA – Juventude Anticapitalista
SINDIPETRO NF
Sindicato dos Bancários
Sindisep-RJ
Sindpsi-RJ
Sinpro Nova Friburgo e Região
Sinpro-Rio
Sintufrj
SINTPROQ-NNF
Trabalhadoras e Trabalhadores na Luta Socialista (TLS)
UNCME/RJ
Unidade Classista
União da Juventude Comunista – UJC
Vereador William Siri (PSOL-Rio de Janeiro)
Vereadora Maira do MST (PT-Rio de Janeiro)
Vereadora Thais Ferreira (PSOL-Rio de Janeiro)
Virgínia Fontes
Waldeck Carneiro

*Atualizado em 03/12, às 13h30


 

Adesões ao manifesto (assinaturas coletivas):

secretaria@seperj.org.br

 

Baixe e reproduza o manifesto (PDF)
Manifesto por novos horizontes nas escolas públicas estaduais no estado do Rio de Janeiro

0

destaque-home, Estadual, Todas

O Sepe convoca os profissionais de educação, os movimentos sociais e a sociedade em geral a participarem da plenária e ato de repúdio à oficialização por parte da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC) da aprovação automática nas escolas estaduais – a plenária será realizada no auditório do 7º andar da sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) – Rua Araújo Porto Alegre, 71 -, na próxima terça-feira, dia 02/12, às 18h.

Já no dia 04/12, às 14h, ocorrerá um ato público em frente ao Palácio Guanabara.

No dia 19 de novembro, a SEEDUC-RJ publicou, no Diário Oficial, a Resolução nº 6.391/2025, que oficializa a aprovação automática nas escolas estaduais da rede. Pela norma, estudantes do 1º e 2º anos reprovados em até seis disciplinas, e alunos do 3º ano reprovados em até três disciplinas, serão automaticamente aprovados. Essa resolução da Secretaria foi criada a partir do Decreto nº 49.994/2025, assinado pelo governador Cláudio Castro, publicado dia 17/11.

A justificativa apresentada pela SEEDUC é a de combater a evasão escolar, mas para o Sepe, por trás das medidas, está o objetivo de maquiar os números do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), no qual o Estado do Rio ocupa hoje a vergonhosa penúltima colocação nacional. Lembrando que 2026 será o ano de eleições gerais em nosso país, e o atual governo quer melhorar, de qualquer maneira, os índices.

O Sepe condenou desde o primeiro momento em que teve informação deste projeto de Cláudio Castro e Roberta Barreto para a rede estadual. Para o sindicato, a resolução da aprovação automática é a cereja do bolo de uma política que já vem se desenhando há meses, com o nome fantasia de “Novas Oportunidades de Aprendizagem” (NOA), que oferece várias provas e avaliações para dar aprovar alunos.

Essa aprovação automática surge em um cenário no qual alunos deixam de ter várias aulas no ano, por causa da carência de professores e ausência de concursos públicos para contratação de docentes; surge em um momento de mudanças na grade curricular, a partir do Novo Ensino Médio. Desta forma, a SEEDUC preocupa-se apenas com a formação de mão-de-obra barata para o mercado, nega o futuro da juventude e amplia o apartheid educacional.

Além disso, a SEEDUC promove uma grande chantagem com a categoria: foi definido um índice de 95% de aprovação para cada escola, com professores ganhando bônus de R$ 3 mil se a unidade atingir esta meta da Secretaria. É a “bolsa aprovação automática”. Essa política é um deboche com a categoria que ganha um dos piores salários do País.

O que queremos é o piso nacional para professores, funcionários administrativos e aposentados!

O Sepe reitera sua posição de defesa da qualidade da educação pública, calcada no respeito aos processos pedagógicos, ao alunado e aos profissionais da educação, sem maquiagem e sem subterfúgios.

0

No dia 19 de novembro, a SEEDUC-RJ promoveu mais um grave ataque ao direito à educação da juventude negra e pobre no estado, com a publicação no Diário Oficial da política de aprovação automática na rede.

Sob a justificativa de combater a evasão escolar, agora estudantes de 1º e 2º anos que ficarem reprovados em seis matérias e de 3º ano que forem reprovados em três matérias farão sua progressão de ano.

É a cereja do bolo de uma política que já vem se desenhando há meses, com o nome fantasia de “Novas Oportunidades de Aprendizagem” (NOA), que oferece infinitas provas e avaliações para aprovar alunos.

Por trás das medidas, há o objetivo de maquiar os números do IDEB, no qual o Estado do Rio ocupa hoje a penúltima colocação nacional e melhorar a imagem do governador Cláudio Castro para a eleição de 2026. Artimanha que já vem sendo aplicada em várias redes, como na Prefeitura do Rio de Janeiro, pelo prefeito Eduardo Paes.

Reafirmamos que a reprovação não é uma punição, mas uma medida pedagógica para estudantes que não adquiriram conhecimentos básicos para passar de ano possam ter seu aprendizado garantido.

Essa aprovação automática surge em cenário no qual alunos deixam de ter várias aulas no ano, pela ausência de concursos e pelas mudanças na grade do Novo Ensino Médio. Desta forma, a SEEDUC preocupa-se apenas com a formação de mão-de-obra barata para o mercado, nega o futuro dos jovens e amplia o apartheid educacional.

Para complementar essa política nefasta, a SEEDUC promove uma grande chantagem com a categoria: foi definido um índice de 95% de aprovação para cada escola, com professores ganhando bônus de R$ 3 mil se a unidade atingir esta meta da Secretaria. É a “bolsa aprovação automática”.

A SEEDUC deixa os funcionários administrativos de fora, negando o seu papel pedagógico; deixa de fora também os aposentados. Essa política é um deboche com a categoria que ganha um dos piores salários do País.

Governador, o que queremos é o piso nacional para professores, funcionários e aposentados!

O Sepe reitera sua posição de defesa da qualidade da educação pública, calcada no respeito aos processos pedagógicos, ao alunado e aos profissionais da educação, sem maquiagem e sem subterfúgios.

Por fim, o Sepe reafirma sua luta pela educação pública, convocando cada profissional em cada escola a se organizar contra mais esses ataques aos direitos dos trabalhadores e da juventude do estado e à autonomia pedagógica de cada unidade.

0