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O Sepe se solidariza com os profissionais das escolas estaduais e com a professora Walkiria Olegário Mazeto, presidente da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná e repudia o pedido de prisão contra ela por parte da Procuradoria Geral do Estado do Paraná feito nesta terça-feira (dia 4), incluindo o aumento de multa diária para R$ 10 mil. A PGE-PR cumpriu uma determinação do governador do estado, Ratinho Júnior (PSD-PR), numa tentativa clara de reprimir e acabar com a greve dos professores contra a privatização de escolas da rede estadual do Paraná.

A greve havia sido deflagrada após a aprovação em regime de urgência pela Assembleia Legislativa, no dia 03 de junho, de um projeto de lei que abre as portas para a privatização da educação pública no estado. Apesar da mobilização dos educadores apoiados pelos estudantes, o projeto avançou e foi aprovado pelos deputados, mesmo com o plenário ocupado por manifestantes e com um acampamento montado na frente do parlamento paranaense. A pressão da categoria foi tanta que os deputados tiveram que realizar uma votação remota e, por 39 votos a favor e 13 contrários o projeto de lei foi aprovado.

A postura antidemocrática de Ratinho Júnior não chega a causar estranheza para os profissionais de educação do Rio de Janeiro. Ano passado, o governador Cláudio Castro (PL) também utilizou a Justiça para tentar barrar a forte greve da educação estadual em nosso estado, através de multas individualizadas para os coordenadores-gerais do Sepe com valores altos. Neste ano, a Justiça obrigou o Sepe a pagar uma multa de quase R$ 1milhão, relativa a uma greve da rede estadual no ano de 2016, num novo ataque ao direito de greve da categoria efetuado pela Justiça estadual com clara ligação com a vontade do governo do estado.

Vivemos tempos difíceis, mas a nossa luta em favor de uma Educação pública, gratuita e de qualidade para todos vale a pena. Não vamos aceitar que governos ligados ao conservadorismo e à extrema direita continuem fazendo uso do poder desproporcional do Estado, atacando a escola pública e os trabalhadores da Educação, através dos seus projetos privatistas e atitudes arbitrárias e claramente ilegais. Todo o apoio à greve da rede estadual no Paraná e para a presidenta da APP-Sindicato em sua luta contra os ataques do governador Ratinho Júnior.

SEPE RJ – Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro

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No dia 03/06/2024, foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Paraná, em regime de urgência, o projeto de lei que abre as portas para a privatização da educação pública no Estado. Os trabalhadores da educação em greve, com apoio dos estudantes, fizeram um grande protesto contra tal projeto, ocupando a assembleia e acampando em frente ao parlamento paranaense. Diante da ação, os deputados se acovardaram numa votação remota e por 39 X 13 aprovaram o famigerado projeto de lei.

Assim como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), fazemos coro contra a privatização da gestão escolar, que avança em estados como o Paraná e São Paulo e que tem sido pauta de variados veículos da imprensa nos últimos dias.

A privatização não é solução para os problemas da educação. Ao contrário, é a porta para sua destruição, é a solução fácil vendida por privatistas e bolsonaristas, assim como ja fizeram com a luz, telefonia, água e até as praias desejam privatizar. Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), ambos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro e alinhados ao projeto de extrema-direita derrotado nas eleições de 2022 para a presidência da República, assim como o governador de Minas Romeu Zema (Novo) são políticos que têm a intenção de privatizar a gestão das escolas e das suas redes de ensino.

Para a confederação, esta é a principal ameaça à educação pública dos últimos anos: na impossibilidade de ampliar o mercado das escolas privadas na educação básica, como aconteceu no ensino superior no brasil na década de 1990, os privatistas da educação se voltam, agora, para as redes estaduais e também para as escolas municipais. O interesse nesse projeto se encontra nas verbas hoje destinadas ao setor da educação pública brasileira.


O Sepe RJ se solidariza com os companheiros e as companheiras do Paraná e convoca os profissionais da educação pública do RJ a se mobilizarem para barrar mais um ataque contra a educação pública e os interesses das e dos trabalhadores.
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A crueldade do Prefeito Eduardo Paes com os/as educadores/as municipais indica que, para além do desdém que ele nutre com o conjunto desses/as profissionais, o gestor da segunda maior cidade brasileira é um inimigo declarado da própria educação do povo que o elegeu. Além de não conceder o reajuste devido aos/às profissionais da educação municipal da cidade do Rio de Janeiro em 2023, o prefeito das bravatas sequer indica reposição inflacionária em 2024.

 De forma ainda mais impiedosa, a gestão municipal da cidade anunciou a retirada do auxílio transporte dos/as servidores/as da educação. Sob o argumento de que essa decisão havia sido uma determinação do Tribunal de Contas Municipal, e agora diante do anúncio da mobilização dos/as profissionais da educação para o dia de amanhã (10/01/2024), a Prefeitura recuou anunciando que não haverá mais o desconto relativo ao direito do auxílio. Ora, fica claro que a ação da gestão nunca foi por determinação de órgão de controle algum. Por que a Prefeitura haveria de descumpri-la agora?

 A cidade do Rio de Janeiro está largada e abandonada por seus governantes e responsáveis legais. Com a educação pública da cidade não é diferente. Nesse momento, urge todo apoio aos/às profissionais da educação municipal! Não é possível que a segunda maior cidade em geração de riquezas do país não consiga honrar com as políticas públicas mais primárias. Trata-se mesmo de um projeto de ataque e desmonte da educação pública municipal. A incapacidade do gestor maior da cidade em promover uma boa política e uma gestão pública a ela compatível não é mais tolerável! 

 Os/as educadores/as de todo o país se solidarizam com a luta dos/as profissionais da educação da cidade do Rio de Janeiro e manifestam apoio irrestrito ao Ato Público marcado para o dia de amanhã, em frente à sede da Prefeitura da cidade! O Prefeito Paes tem o imperativo legal e moral de dar conta dessa situação.

Brasília, 09 de janeiro de 2024

Direção Executiva da CNTE

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Nota pública da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)

Conforme a Lei 11.738/2008, o Piso do Magistério em 2024 será de R$ 4.580,57

Foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, de 29/12/2023, a Portaria Interministerial MF/MEC no 7, atualizando as estimativas de custos per capita do FUNDEB para o ano de 2023. De acordo com o parágrafo único do art. 5o da Lei Federal no 11.738/2008, a atualização do piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica é definida pela diferença percentual do Valor Aluno Ano do Ensino Fundamental Urbano – VAAF do FUNDEB, de dois anos anteriores.

Em 2023, as receitas do FUNDEB sofreram forte retração em função da medida eleitoreira do ex-presidente Jair Bolsonaro, que preferiu desonerar o ICMS sobre combustíveis, energia, comunicações, transporte e outras atividades e serviços prestados em âmbito dos estados e municípios, ao invés de alterar a política de preços da Petrobras e de reduzir o apetite do acionistas da empresa. E essa medida irresponsável, que não impediu a derrota do ex- presidente nas urnas, resultou na aprovação da Lei Complementar no 194/2022, que por sua vez reduziu drasticamente o financiamento das políticas públicas de educação, saúde, entre outras áreas sociais. Em âmbito do FUNDEB, as receitas que haviam crescido mais de 33% em 2021, e quase 15% em 2022, despencaram para pouco mais de 3% em 2023, tendo se recuperado um pouco mais no último quadrimestre desse ano. A estimativa do VAAF, em agosto, projetava a atualização do piso em 1,62% para 2024, com crescimento de receitas do FUNDEB em 1,99%. Nesta última estimativa, publicada em 29/12/23, houve uma pequena melhora nos indicadores do FUNDEB e do piso salarial do magistério, conforme seguem abaixo:

VAAF FUNDEB 2022 = R$ 5.129,80

VAAF FUNDEB 2023 = R$ 5.315,56
Diferença percentual para atualização do piso em 2024 = 3,62%

Valor do Piso do Magistério em 2024 = R$ 4.580,57

Embora o critério de atualização do piso esteja sendo alvo de ações judiciais em várias localidades, numa tentativa para não cumprir os reajustes de 2022 e de 2023, vale destacar que a Procuradoria Geral da República ingressou com nova Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI no 7516) no Supremo Tribunal Federal, agora pedindo a plena vigência do critério de atualização do piso e a aplicação dos percentuais de 33,24%, em 2022, e de 14,95%, em 2023, nos termos do § único do art. 5o da Lei no 11.738/2008. A CNTE espera que o STF acate o pedido da PGR e mantenha seu histórico de defesa da lei do piso do magistério, que por duas vezes foi julgada constitucional pela Corte maior brasileira (ADIs 4.167 e 4848).

E sendo que esse novo julgamento é essencial para manter a segurança jurídica do piso, que foi praticado na maior parte do país, em 2023, ao valor de R$ 4.420,55, independentemente da luta por sua vinculação aos planos de carreira da categoria.

Paralelamente a essa disputa jurídica, a CNTE passou a reintegrar o “fórum permanente para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica”, previsto na estratégia 17.1 do atual Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014) e que havia sido desativado durante o governo anterior. Além de pleitear a vinculação da atualização anual do piso do magistério à reposição inflacionária e a um percentual extra de ganho real (inflação + ganho real), com o intuito de evitar situações como as que ocorreram em 2021, em que o piso não teve reajuste, e em 2024, quando a reposição anual ficará abaixo da inflação, a CNTE também luta pela vinculação do piso nacional às carreiras de magistério em todo o país e por sua extensão aos demais profissionais da educação.

Sobre as pautas em discussão no Fórum do Piso, que congrega, além da CNTE, o MEC, o Consed e a Undime, ainda não houve definição de uma proposta que contemple as pautas da CNTE, razão pela qual o MEC se comprometeu em publicar o anúncio do piso para 2024 baseado no atual critério da Lei no 11.738. Quanto ao piso para os demais profissionais da educação, a CNTE tem pressionado pela aprovação do PL no 2.531/2021, que tramita na Câmara dos Deputados.

Tal como aconteceu em 2021, quando o percentual de reajuste do piso foi 0% e a inflação medida pelo INPC ficou em 10,16%, a CNTE orienta suas entidades filiadas e demais sindicatos que representam os/as trabalhadores/as da educação básica pública a requererem junto às administrações públicas a reposição da inflação (em novembro o INPC registrou alta de 3,85%) e de preferência com ganho real. Apesar de a Lei do Piso definir o percentual de 3,62%, para 2024, nada impede que os vencimentos de carreira nos estados, DF e municípios superem a referência mínima nacional, especialmente à luz do art. 2o § 1o da Lei no 11.738, assim disposto:

“O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais.”

A CNTE aguarda o anúncio do MEC sobre a atualização do piso do magistério – válido a partir de 1o de janeiro de 2024 – e, desde já, reitera seu compromisso em defesa do piso, da valorização das carreiras dos profissionais da educação e da qualidade da educação pública para todos/as.

Brasília, 30 de dezembro de 2023

Diretoria da CNTE

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