Recepção: (21) 2195-0450. Agendar atendimento no Jurídico: (21) 2195-0457 / 0458 (11h às 16h).

No dia 10 de outubro, o Sepe participou de uma audiência na SEEDUC para tratar da questão da perseguição política. A Secretaria foi representada pelo chefe de gabinete, Alvim Bellis de Souza Neto. Pelo sindicato, estiveram presentes diretores, um advogado e o professor João Paulo Cabrera representando a base e que foi exonerado recentemente, alvo da arbitrariedade e repressão da secretaria. O Sepe fez uso da apresentação dos casos coletivos, envolvendo as denúncias contra o autoritarismo da Corregedoria militarizada da SEEDUC e utilizou os episódios individuais como exemplos negativos a serem corrigidos.

Durante a reunião, o sindicato denunciou o processo de ocupação de cargos estratégicos da Corregedoria Interna por militares desde 2019 e exigimos sua desmilitarização imediata. Argumentamos que esse movimento representa uma opção política da SEEDUC para punir servidores precarizados, ignorando os contextos de adoecimento e as condições de trabalho produzidas pelo próprio Estado. Outra grave denúncia apresentada pelo Sepe na audiência foi a de que os atos da Corregedoria e da Superintendência de Gestão de Pessoas estão ocorrendo sem a devida comunicação aos servidores, gerando impactos emocionais e nas comunidades escolares e, muitas vezes, de forma arbitrária e à revelia dos profissionais acusados.

Também criticamos o rigor seletivo do governo nestes processos: é rápido para punir, mas ausente para garantir condições mínimas de trabalho nas escolas, como previsto na própria normatização da secretaria. Apresentamos a deturpação do papel das sindicâncias: elas deveriam esclarecer fatos e aperfeiçoar o serviço, mas vêm sendo usadas para coagir e perseguir as pessoas.

Expusemos os impactos econômicos, pedagógicos e pessoais a partir da imposição desse modelo autoritário e reafirmamos que, sem investimento em mecanismos democráticos de mediação de conflitos, a gestão da secretária Roberta Barreto ficará marcada pela falta de diálogo, na qual policiais punem professores sem condições mínimas de trabalho assegurados, adoecidos mentalmente e desvalorizados salarialmente, recebendo o pior salário do país.

A direção do Sepe lembrou que sem espaços democráticos e canais de escuta, os problemas acabam resolvidos por meio de denuncismo, perseguições e judicializações que oneram ainda mais os serviços e são ineficientes.

Ao final da reunião reforçamos que as questões tratadas nestas audiências e os avanços nelas alcançados devem ser concretizados na prática, em escolas e Regionais Metropolitanas.

Sobre os casos concretos do Grupo de Trabalho da Perseguição Política criado pelo Sepe, que ilustram as irregularidades da Corregedoria na rede estadual a Secretaria se comprometeu com o seguinte:

– A SEEDUC disse que vai construir uma resolução ainda em 2025 para coibir abusos e normatizar as suspensões preventivas;
– Será criada uma Comunicação Interna, também em 2025, regulamentando as remoções de profissionais durante as sindicâncias, corrigindo as irregularidades apresentadas pelo Sepe; A Secretaria ainda se comprometeu a ser mais cuidadosa nesses casos;
– Criação de um órgão de mediação de conflitos independente da Corregedoria para reduzir a abertura indiscriminada de sindicâncias.
– Utilização de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) antes da abertura de sindicâncias, evitando punições desnecessárias.
– O Sepe solicitou que haja uma instrução expressa nas comunicações de ciências de penalidades aos servidores, orientando sobre a possibilidade de conversão de pena em multa, preservando assim o direito dos estudantes à continuidade das aulas.

Veja o que mais o Sepe solicitou à SEEDUC durante a audiência do dia 10 de outubro:

. Desmilitarização imediata da corregedoria. Apontamos que os cargos do órgão, como em outros órgãos e como orientam as boas práticas, sejam ocupados por profissionais da área de educação e não das forças de segurança;

. Pedimos a reorganização do fluxo de apuração e comunicação da abertura de processos, garantindo a transparência e impedindo interferências informais entre sindicantes, diretores regionais, diretores de escolas e servidores, fatores que comprometem a defesa dos indiciados.

. Que os sindicantes acatem as solicitações de oitiva das testemunhas indicadas pelas defesas dos servidores e não apenas da acusação, como tem acontecido;

. Que o manual do sindicante, embora tenhamos críticas ao mesmo, seja cumprido e respeitado pela gravidade dos casos e que seja instalada uma comissão formada por três sindicantes e não apenas um.

. Que o mesmo sindicante não pegue outras sindicâncias do mesmo servidor.

. Que seja garantido aos servidores e suas defesas o acesso ao inteiro teor das sindicâncias abertas contra eles. A Seeduc garantiu que daria esse acesso e solicitou que os casos em que esta determinação fosse desrespeitada fossem relatados.

 

CLIQUE AQUI PARA ASSINAR A PETIÇÃO ELETRÔNICA CONTRA A DEMISSÃO DO PROFESSOR CABRERA

 

 

0

A prestigiosa revista Carta Capital publicou artigo dos professores Fernando Cássio (USP) e Renata Aquino (Observatório Nacional da Violência contra Educadoras/UFF), com o título: “Secretaria militarizada persegue e demite educadores da rede estadual do RJ”.

O artigo pode ser lido aqui. 

O texto denuncia a perseguição política a que profissionais de educação vêm sendo submetidos na rede estadual de educação do Rio de Janeiro, através de uma verdadeira militarização da Corregedoria: “Desde 2019, o cargo de corregedor interno da SEEDUC-RJ está sob controle de militares. Os dois últimos titulares, incluindo o atual, são policiais. Ou seja: profissionais treinados para impor disciplina hierárquica decidem se professores podem ou não criticar a reforma do Ensino Médio em uma entrevista”.

O artigo também afirma que: “Esse modus operandi ecoa o discurso de ódio da extrema direita contra professores, que há anos alimenta o pânico moral da “doutrinação” e da “ideologia de gênero”.

Os articulistas citam como exemplo o caso do professor João Paulo Cabrera, demitido de forma sumária da rede com a alegação de que ele “teria realizado uma compra de mobiliário sem licitação. No entanto, o processo omite que, no estado do Rio de Janeiro, não são as escolas estaduais que ditam as regras das licitações ou conduzem os processos licitatórios – é a própria SEEDUC”, como está no artigo.

A revista também cita o levantamento do Sepe, em parceria com o Observatório Nacional da Violência contra Educadoras/UFF, que revelou que entre 2020 e 2024, a corregedoria interna abriu 1.320 sindicâncias contra docentes — praticamente uma por dia, sendo que a maior parte, e não por coincidência, foi aberta em 2022, ano eleitoral.

O Sepe abriu uma petição eletrônica de Cabrera, que já atingiu somente na primeira semana mais de duas mil assinaturas – clique aqui para ler e assinar a petição.

0

O Sepe acaba de lançar uma petição eletrônica de apoio individual ao professor João Paulo Cabrera e às professoras Andrea Cassa e Mônica Lemos. O primeiro foi demitido e as demais foram suspensas pela Seeduc, vítimas de sindicâncias e processos administrativos disciplinares abertos de forma questionável pelo Estado.

O Sepe reivindica a anulação da demissão e das suspensões, o fim de todas as perseguições em Processos Administrativos Disciplinares (PAD) na Controladoria Geral do Estado, a saída de militares ou integrantes das forças de segurança da Corregedoria da SEEDUC-RJ e a revogação do Decreto nº 49.217/24, que facilita a demissão de servidores públicos, em um ataque ao direito de estabilidade.

A petição individual pode ser acessada aqui.

Antes, o sindicato disponibilizou um formulário para que instituições apoiem os profissionais – clique aqui para ler. 
0

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE-CUT)

Link: Delito penal grave: governo do RJ demite professor de sua rede de ensino – CNTE-CUT

Data: 12/08/2025

 

Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (SEPE – RJ)

Link: Sepe repudia demissão e punições de profissionais e aumento das perseguições políticas na SEEDUC – Sepe

Data de publicação: 12/08/2025

 

SEPE – Regional 1

Link: https://www.instagram.com/p/DNQuYGMOA3L/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 12/08/2025

 

SEPE – Regional 3

Link: https://www.instagram.com/p/DNTHFZ-OHHk/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 14/08/2025

 

SEPE – Regional 4

Link: https://www.instagram.com/p/DNYbWFMNf6T/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 16/08/2025

 

SEPE – Regional 5

Link: https://www.instagram.com/p/DNfCePDN-2E/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 18/08/2025

 

SEPE – RJ LAGOS

Link: Sepe-RJ repudia demissão, punições e escalada de perseguições pelo governo Cláudio Castro (PL)

Data: 13/08/2025

 

SEPE RJ – NITERÓI

Link: https://www.instagram.com/p/DNRihDbsWZC/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 13/08/2025

 

SEPE RJ – MARICÁ

Link: https://www.instagram.com/p/DNQ10S4R2fj/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 13/08/2025

 

Campanha Nacional pelo Direito à Educação

Link: Campanha apoia professor João Paulo Cabrera, demitido sumariamente pela SEEDUC/RJ | CNDE

Data: 12/08/2025

 

Fórum Estadual de Educação do Rio de Janeiro (FEERJ)

Link: https://www.instagram.com/p/DNRqoMdNHFo/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 13/08/2025

 

Fórum Estadual de EJA do Rio de Janeiro:

Link: https://www.instagram.com/p/DNVMsw2OZmo/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 14/08/2025

 

Observatório Nacional de Violência contra Educadores(as) (ONVE)

Link: Nota de apoio ao professor João Paulo Cabrera

Data: 14/08/2025

 

Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais (ABECS)

Link: https://www.instagram.com/p/DNRb1FpJdci/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 13/08/2025

 

SINDEDUCAÇÃO

Link: https://www.instagram.com/p/DNf3uyetN2n/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 18/08/2025

 

Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Rio de Janeiro (FETEERJ) e SINPROS (Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região)

Link: FETEERJ E SINPROS REPUDIAM A DEMISSÃO E PUNIÇÕES DE PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO – FETEERJ

Data: 12/08/2025

 

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB – RJ)

Link: https://www.instagram.com/p/DNYrJfsONub/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 16/08/2025

 

Associação de Docentes da Universidade do Estado do Rio Janeiro (ASDUERJ)

Link: https://www.instagram.com/p/DNTFHXcO15a/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 14/08/2025

 

Sindicato dos Trabalhadores do Instituto Federal do Rio de Janeiro (SINTIFRJ)

Link: Nota de solidariedade: SINTIFRJ se solidariza com o professor João Paulo Cabrera que está sendo perseguido pela Seeduc- RJ – SINTIFRJ

Data: 14/08/2025 

 

Seção Sindical do Colégio Militar do Rio de Janeiro e Fundação Osório

Link: https://www.instagram.com/p/DNayftWuPFK/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 17/08/2025

 

ProfGeo UERJ

Link: https://www.instagram.com/p/DNWROYFuK1v/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 15/08/2025

 

Faculdade de Educação da UERJ

 

 











Técnicos e docentes do CAP-UFRJ e da Faculdade de Educação da UFRJ:
























Conselho Diretor do CAP – UFRJ

Link: SEI_5740408_Mocao_1_page-0001.jpg (1240×1755)

Data: 13/08/2025

 

Associação dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (AERJ)

Link: https://www.instagram.com/p/DNRsOGlJSSE/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 13/08/2025

 

Movimento Luta de Classes (MLC)

Link: https://www.instagram.com/p/DNQ_MbHJ-jo/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 13/08/2025

 

Setorial de Educação do Partido dos Trabalhadores / RJ

APOIO AO PROFESSOR JOÃO PAULO CABRERA E ÀS PROFESSORAS PUNIDAS PELO GOVERNO CLAUDIO CASTRO

O Setorial de Educação do PT/RJ vem a público maifestar seu apoio ao Professor João Paulo Cabrera, demitido arbitrariamente da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro e às Professoras Andrea Cassa, Stefanini Mendonça e Mônica Lemos, suspensas por até 120 dias das atividades profissionais.

As punições, publicadas dia 11 de agosto no Diário Oficial do Estado do RJ, ocorreram sem que o direito à ampla defesa fosse assegurado, com apontamento de irregularidades processuais, num cenário de aumento de denúncias de perseguições políticas perpetradas pelo Governo Claudio Castro contra os profissionais de educação da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro.  

É inaceitável que o Governo Claudio Castro siga impune  na operação de práticas que expressam nitidamente ataques ao Estado Democrático de Direito e à educação democrática, com objetivo de cercear a liberdade de expressão, a autonomia docente e silenciar as denúncias de violações do direito à educação e ataques aos profissionais de educação da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro.

Professora Fátima Lima

Coordenadora do Setorial de Educação do PT/RJ

 

Coletivo Sindical Trabalhadores e Trabalhadoras na Luta Socialista (TLS)

Link: https://www.instagram.com/p/DNQnioEti0g/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 13/08/2025

 

Sindicato Geral Autônomo

Link: https://www.instagram.com/p/DNYvNvLSy4U/?utm_source=ig_web_copy_link

Data: 16/08/2025

 

Carta alunos PIBID Ciências Sociais PUC RIO

 Carta de repúdio à demissão arbitrária do professor João Paulo Cabrera

Nós, estudantes de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) com atuação da prática pedagógica no Colégio Estadual André Maurois, manifestamos nosso mais profundo repúdio à demissão injusta do professor de Filosofia e Sociologia João Paulo Cabrera.

Entendemos que tal medida não é apenas um ataque direto a um educador comprometido, mas também uma grave violação aos princípios democráticos, à liberdade acadêmica e ao direito de livre expressão. Atitudes dessa natureza ameaçam o ensino público de qualidade, comprometem o ambiente escolar e reforçam a desvalorização do trabalho docente, sobretudo daqueles que contribuem para a formação de pensamento crítico. É evidente que sua demissão não é um ato isolado: trata-se de mais um ataque à liberdade de cátedra, à democracia e ao direito de denunciar injustiças. Ao punir um professor por denunciar práticas abusivas, abre-se precedente perigoso para o silenciamento de vozes críticas, reforçando um cenário de medo e censura no ambiente escolar.

O processo que culminou na demissão do professor foi marcado por flagrantes irregularidades e violações ao direito à ampla defesa. Mesmo diante da atuação de sua defesa jurídica, que buscou apresentar petições e provas, o procedimento foi conduzido de forma a inviabilizar qualquer contestação, ignorando manifestações processuais e publicando o ato de demissão às pressas, sem considerar elementos fundamentais para a verdade dos fatos.

O professor João Paulo Cabrera, ao longo de sua trajetória, sempre exerceu seu ofício de maneira exemplar, indo muito além das obrigações formais, sendo, inclusive, um suporte emocional para muitos alunos que se encontram em vulnerabilidade. Mesmo enfrentando constantes interrupções em suas aulas e dificuldades estruturais, manteve-se firme no compromisso com a educação emancipadora, colaborando para a formação humana, ética e política de inúmeros estudantes.

Sua demissão além de prejudicar a comunidade escolar que dele se beneficiava, também envia um recado perigoso de intimidação a todos que ousam denunciar injustiças e lutar por uma sociedade mais justa. Querem calar vozes críticas. Querem intimidar quem ousa expor a violência institucional contra educadores. Mas nós não vamos nos calar. A demissão do professor João Paulo é um ataque contra todos nós — estudantes, professores e contra a própria ideia de educação pública e de qualidade.

Diante disso, exigimos a imediata reconsideração dessa decisão e reafirmamos nosso compromisso em defender os direitos dos educadores, a autonomia pedagógica, a preservação do espaço escolar como território livre para o debate crítico e plural, a defesa do ensino público, gratuito, de qualidade e socialmente referenciado, bem como com a valorização dos educadores enquanto pilares da formação intelectual e cidadã. Atos como este representam um retrocesso intolerável e não podem ser normalizados.

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2025

Assinam esta carta:

Ana Paula Souza

Ana Paula Vitorio

Anna Laura Alves de Oliveira

Renitta Caetano

Sofia de Souza Minarini

Taismara Patricia da Silva Rocha

Vitor Hugo Portugal

Zeus Aleph Drys

 

Grupo Tortura Nunca Mais

Link: https://www.instagram.com/p/DNimNRjquKo/?igsh=MWcwZXR6bnBheWVmeA==

Data: 19/08/2025

 

 Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR)

Link: https://www.instagram.com/p/DNjDDoQpWbk/?igsh=MXJ6Y2pyZDIwdHBmaA%3D%3D

 Data: 20/08/2025

 

 ANDES NACIONAL

 

 

 

SINTUPERJ – NOTA DE APOIO AO PROFESSOR CABRERA

O Sintuperj declara solidariedade e total apoio ao companheiro e professor da rede estadual João Paulo Cabrera, demitido de forma arbitrária pela Seeduc-RJ e pelo governo Cláudio Castro.

O servidor tem sido alvo constante de perseguição por ser voz ativa e crítica do Novo Ensino Médio e contra a Educação cada vez mais precarizada. Após inúmeras sindicâncias infundadas, o professor teve, por fim e sem direito à defesa, sua demissão decretada pelo D.O. de 11/08 pela Secretaria, através de um processo cheio de vício material e sem qualquer prova concreta. Isso só comprova o caráter autoritário desse governo e escancara o desejo de sucateamento do ensino público.

 

Fica o nosso apoio ao professor João, nossa indignação quanto a esse abuso de poder e a nossa soma à luta para que essa situação possa ser revertida o quanto antes.

 Data: 20/08/2025

 

 

ANPUH RJ

Link: https://www.instagram.com/p/DNTiaIzJ5un/?igsh=MjQ1Z3dsNWRuYTM1

Data: 13/08/2025

0

destaque-home, Estadual, Todas

Em defesa do professor João Paulo Cabrera e das professoras Andrea Cassa e Monica Lemos, os profissionais de educação estaduais, servidores de outros órgãos e representantes de entidades diversas realizaram, nesta quarta-feira (20), à tarde, manifestação no Largo do Machado, Zona Sul do Rio, em convocação do Sepe e do Feperj e que contou com a participação de diversas entidades do movimento civil e do movimento estudantil.

O ato público reivindicou a revogação imediata, pela SEEDUC, da demissão de Cabrera e da suspensão das professoras. A perseguição política foi denunciada nas falas de todas as pessoas presentes na manifestação.

Em sua intervenção, o professor Cabrera disse que estava emocionado com o apoio recebido de dezenas de entidades e pessoas. Ele afirmou que a luta não vai parar e criticou os Processos Administrativos Disciplinares (PADs) e sindicâncias que estão sendo abertos contra os servidores que criticam o governo: “A nossa preocupação e o nosso alerta é o de restabelecer a institucionalidade democrática em nosso Estado” — entre janeiro de 2020 e maio de 2024, foram abertas 1.320 sindicâncias contra profissionais de educação da rede estadual, praticamente uma por dia.

A professora Andrea Cassa também falou e pediu o apoio de toda a sociedade na luta pela revogação da demissão. Além deles, falaram na manifestação:

Waldeck Carneiro, presidente do Fórum de Educação Estadual RJ (FEERJ), e a vereadora Maíra do MST (PT); representantes dos mandatos parlamentares: deputado Flavio Serafini, vereador William Siri e deputados federais Tarcísio Motta, Chico Alencar e Glauber Braga (todos do PSOL).

Falaram também representantes das seguintes instituições: PSTU, PCB, CSWP-Com lutas, União da Juventude Comunista (UJC), Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST-UIT), Sindicato dos Sociólogos, Associação dos Estudantes Secundaristas do RJ (AERJ), Associação Metropolitana dos Estudantes (AMES), Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II, LRP, Trabalhadoras e Trabalhadores na Luta Socialista (TLS), PodCassa, Intersindical, Novo MEPR e o JUNTOS.

Uma das bandeiras levantadas é a de que o movimento social continue nas ruas, protestando contra a perseguição política aos professores e em defesa da democracia.

Leia o manifesto em defesa do professor e professoras

Compartilhe o vídeo do ato no Largo do Machado

 
 
 
 
 
Ver essa foto no Instagram
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por SEPE-RJ (@sepe_rj)

0

O Sindicato dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEPE-RJ) manifesta seu mais veemente repúdio à sindicância aberta pela Secretaria de Estado de Educação-RJ (SEEDUC) contra o professor de Sociologia João Paulo Cabrera em razão de seu posicionamento contra o Novo Ensino Médio e de suas ilustrações presentes na cartilha deste sindicato. Trata-se de um ataque não apenas à liberdade do professor, mas a toda categoria docente; uma tentativa de utilizar o medo e a intimidação para silenciar uma voz crítica e impor uma censura que fere profundamente o direito à educação dos estudantes.

A reforma do Novo Ensino Médio foi amplamente criticada pela sociedade e, neste ano, diante de seus comprovados problemas, passou por mudanças legais, exatamente em resposta ao intenso debate público sobre o tema. Entretanto, em um movimento que demonstra nítido autoritarismo persecutório, a SEEDUC, em vez de acolher a legislação federal, a pluralidade de visões e de promover debates fundamentais à democracia, escolhe criminalizar o debate e os educadores, abrindo, como neste caso, processos administrativos que não possuem materialidade ou admissibilidade de provas e que, ao longo de suas tramitações, se mostram nulos em suas justificativas e fundamentos.

Não por coincidência, a sindicância foi aberta logo após a participação de João Paulo Cabrera em audiência com a SEEDUC sobre as mudanças na matriz curricular para 2025, como representante de base do GT contra o NEM do Sepe. Cabrera integra também o GT do SEPE contra a Perseguição Política, que estuda o fenômeno crescente de sindicâncias contra educadores desde a chegada de integrantes das forças de segurança do Estado na estrutura da Corregedoria da SEEDUC, e explicita outras perseguições políticas na rede – não nos resta dúvidas que este é mais um triste e revoltante episódio de perseguição.

É inaceitável que qualquer professor seja exposto a constrangimentos e abusos, como sua retirada de sala de aula para oitivas, a convocação de seus estudantes para depoimentos cujas condições de realização são desconhecidas e o patrulhamento de conteúdos programáticos em seus diários de classe. Essas ações excedem todos os limites da urbanidade, da razoabilidade, enfim, da democracia. Um tipo de procedimento claramente desproporcional, que visa causar transtornos e calar aqueles que se posicionam em defesa de uma educação de qualidade e dos interesses da comunidade escolar.

O sindicato entende que um dos efeitos pretendidos por essas sindicâncias é, evidentemente, gerar uma atmosfera de autocensura, na qual os próprios educadores deixam de abordar temas fundamentais para os estudantes, em uma tentativa de se protegerem de possíveis retaliações e constrangimentos causados por processos administrativos que, em verdade, não deveriam nem ser iniciados quando carecem de justificativas na própria lei. Por mais que o famigerado projeto “Escola sem Partido” não tenha legalidade segundo a Justiça, a SEEDUC pretende colocá-lo em prática com tais condutas reiteradas de assédios, sindicâncias e perseguições.

Diante disso, o Sepe exige a nulidade imediata do processo administrativo contra o professor João Paulo Cabrera e reafirma sua posição em defesa de uma educação pública e livre, onde o pensamento crítico e a pluralidade de ideias sejam respeitados. Reiteramos que o uso de sindicâncias como ferramenta de intimidação deve ser prontamente denunciado e combatido.

0