A falta de políticas do governo estadual e das prefeituras para garantir a climatização nas escolas não é tolerável! Com mais uma onda extrema de calor, estamos todos(as) — profissionais e alunos(as) — passando mal nas unidades de ensino.
A sua escola está climatizada? Preencha abaixo o formulário do Sepe para que possamos denunciar e cobrar dos governos soluções de climatização que garantam a saúde e o bem estar coletivo.
Levantamento feito pelo Sepe mostra que os problemas da climatização nas escolas municipais do Rio são bem maiores que os anunciados pelo prefeito Eduardo Paes e o secretário de Educação Renan Ferreirinha. Em suas redes sociais, os dois afirmaram que apenas 1% das escolas municipais da cidade do Rio de Janeiro ainda teriam problemas com a climatização. Paes, em uma mensagem intitulada “a quem interessar possa”, postada em suas redes em pleno auge da onda de calor que assolou a Região Sudeste, disse que só 15 das escolas municipais das mais de 1.500 unidades, não tem ar condicionado, perfazendo 1% do total. O prefeito afirmou ainda que, nestas 15 escolas, o governo teria instalado climatizadores e ventiladores.
Em suas contas, o secretário parece não considerar escolas com parte dos aparelhos sem funcionar. Segundo as denúncias recebidas pelo levantamento do Sepe, 70 escolas da rede municipal contariam com poucas salas de aula climatizadas; e em outras 26 escolas, apenas metade das salas estaria climatizada.
O levantamento feito pelo Sepe já atingiu cerca de 700 denúncias enviadas pelas comunidades escolares e 150 das escolas citadas com problemas de climatização são da rede municipal do Rio, um número 10 vezes superior ao que foi divulgado pelo prefeito em suas redes sociais. Pelo levantamento, o Bairro de Campo Grande é o “campeão” de denúncias, com 16 escolas citadas.
As denúncias foram enviadas entre os dias 17 e 21 de fevereiro. A enquete para verificação dos problemas de climatização ainda continua em nosso site, recebendo denúncias sobre o problema.
O sindicato já solicitou uma audiência com a SME para discutir o problema da climatização nas unidades do município, mas não obteve resposta até́ o presente momento.
A diretoria do Sepe reuniu-se na tarde desta quarta-feira (19) com representantes da SEEDUC (Secretaria de Estado de Educação RJ) para discutir a crise nas escolas estaduais, agravada pela falta de climatização adequada para enfrentar as ondas de calor extremo que atingem o Estado do Rio.
O sindicato foi recebido pelo superintendente de Administração da SEEDUC, David Marinho. Durante o encontro, o Sepe apresentou os primeiros números coletados por meio de um formulário eletrônico disponibilizado em seu site desde terça-feira (17), com o objetivo de receber denúncias da comunidade escolar.
Em aproximadamente 48 horas, o levantamento já havia registrado 650 denúncias, abrangendo escolas de todas as redes públicas. Desse total, o Sepe compilou e levou à Secretaria um recorte inicial, destacando 120 escolas da rede estadual onde profissionais da educação, pais e responsáveis relataram problemas com a climatização. Além disso, em 59 dessas escolas, nenhuma sala de aula possui ar-condicionado em funcionamento. O caso mais grave é o do Colégio Estadual Alemy Tavares da Silva, em Jardim Canaan, Duque de Caxias, que recebeu 17 denúncias.
As queixas recebidas pelo sindicato também apontam problemas de climatização em dois grandes colégios da Zona Sul da capital: o CE Amaro Cavalcanti (Largo do Machado), que não possui nenhum aparelho de ar-condicionado em suas salas de aula, e o CE André Maurois (Leblon), que conta com condicionadores de ar em poucas salas e enfrenta problemas na rede elétrica. Juntos, os dois colégios atendem milhares de alunos, funcionando em três turnos.
Marinho informou que, das 1.234 escolas da rede, 102 não possuem nenhum tipo de climatização, enquanto 78 estão parcialmente sem climatização. Ele afirmou que o governo priorizará a melhoria da situação nessas 180 escolas em um prazo de 90 dias.
O superintendente também destacou que um relatório será entregue ao Sepe até sexta-feira (21).
Por sua vez, a direção do Sepe alertou para a situação das 60 escolas compartilhadas com as redes municipais, que também enfrentam problemas de climatização.
O sindicato destacou ainda a situação precária das merendeiras, com a falta de climatização nas cozinhas, e ressaltou a importância de garantir condições adequadas nesses espaços. Além disso, foram mencionados problemas como a falta de bebedouros e, em alguns casos, até de água.
A SEEDUC afirmou que pretende climatizar todas as escolas, e não apenas as salas de aula.
O Sepe mantém-se atento e continuará fiscalizando a situação. Assim que o levantamento feito pelo sindicato for finalizado, o sindicato levará os dados às autoridades competentes, como o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Comissão de Educação da ALERJ, como mais uma forma de pressionar por soluções. O sindicato vai pedir que em uma próxima audiência a secretária de Educação Roberta Barreto esteja presente e que a pauta seja mais abrangente.
O sindicato também requisitou uma audiência urgente à Secretaria Municipal de Educação RJ (SME-RJ), que ainda não respondeu. Informamos que já há centenas de denúncias no levantamento do Sepe, em relação à rede de ensino carioca, e que essas serão disponibilizadas em breve.
Sob pressão, devido à onda de calor que está afligindo todo o Estado do Rio de Janeiro, causando recordes de temperaturas e de sensação térmica, a SEEDUC, em aviso interno (foto ao lado), concedeu autonomia às unidades escolares que estiverem “com inoperância total ou parcial de seus sistemas de climatização (para) reduzir a carga horária presencial em até 50% no mês de fevereiro/2025, e/ou prover rodízio de turmas nas salas de aula refrigeradas”.
A falta de condições de muitos colégios estaduais de enfrentar o calor extremo (assumida nesse aviso interno) explodiu nessa segunda-feira, dia 17, com os telejornais mostrando protestos da comunidade escolar em diversas regiões da capital e Região Metropolitana.
O sindicato terá uma audiência emergencial nessa quarta-feira, dia 19, com a SEEDUC, para tratar dessa questão, quando mostraremos exemplos de colégios sem condições de trabalho e recomendaremos uma séria de ações.
O Sepe vem recebendo denúncias e abriu em nosso site um formulário para que os profissionais de educação, pais e responsáveis e estudantes possam nos enviar informações sobre a situação das unidades (estaduais e municipais) – clique aqui para acessar o formulário.
Não é de hoje que o sindicato e a categoria vem denunciando a falta de políticas do governo estadual e das prefeituras para garantir a climatização nas escolas, tendo em vista o aumento das temperaturas e as fortes ondas de calor que, agora, não ocorrem apenas nos meses de verão e são uma consequência do avanço em nível planetário da crise climática e do aquecimento global.
Os profissionais de educação entendem que dotar as escolas com equipamentos de climatização e oferecer a infraestrutura necessária para que eles possam funcionar é, antes de tudo, uma obrigação dos governos. Não podemos expor a categoria e nossos alunos aos riscos representados pelas verdadeiras “saunas de aula” do seu cotidiano nas escolas.
As temperaturas extremas registradas neste verão e a falta de políticas do governo estadual e das prefeituras para garantir a climatização das escolas públicas no estado do Rio de Janeiro têm gerado uma série de denúncias de profissionais, alunos e responsáveis nos mais diversos municípios. Desde o ano passado, o Sepe RJ tem atuado junto às secretarias de estado e municipais de Educação, denunciando o ambiente insalubre provocado pelo calor nas salas que, muitas vezes, traz riscos à saúde e torna impossível trabalhar ou assistir aulas em muitas escolas.
Hoje (14), a Rádio CBN veiculou uma reportagem com queixas de pais de alunos de escolas municipais e estaduais sobre a falta de climatização que torna insuportável a permanência em salas de muitas escolas durante o verão. Segundo as denúncias, a falta de ar condicionado e com ventilação precária, os estudantes estão relatando dificuldade de concentração, tonturas e até mal-estar.
Um dos responsáveis denunciou à rádio que, na EM Monteiro Lobato, Nova Iguaçu, as alas retornaram nesta semana e já há crianças vomitando por causa do forte calor. Na capital, um responsável que tem um filho estudando no CE Maria Terezinha de Carvalho Machado, Zona Oeste, afirmou que a unidade reduziu o horário por causa das altas temperaturas. Uma mãe de Irajá afirmou que na EM Olímpia do Couto não tem ar condicionado e as janelas não abrem o que torna insuportável a permanência em sala de aula.
Em São Gonçalo, o problema é o mesmo e o núcleo municipal do sindicato teve audiência com a Secretaria Municipal de Educação no dia 11/2 e, entre outros assuntos, denunciou a falta climatização na rede.
Em 2024, com o avanço das ondas de calor provocadas pela crise climática, o Sepe procurou os governos estadual e municipais, através das secretarias de Educação, para denunciar o problema da falta de climatização em centenas de escolas públicas espalhadas pelo estado e os riscos para a saúde de alunos, professores e funcionários, obrigados a enfrentar as altas temperaturas registradas ao longo do ano sem ter acesso a uma infraestrutura de climatização que garanta temperaturas mais amenas para estudar ou trabalhar nas escolas.
Um levantamento online realizado pelo site do Sepe e que contou com a participação de profissionais de educação e estudantes mostrou que centenas de unidades públicas das mais diferentes redes de ensino sofrem com a falta de climatização. Por meio de campanhas reivindicando a climatização e denúncias no Ministério Público e na imprensa, o Sepe vem tentando garantir que as escolas possam funcionar com condições adequadas para manter o bem-estar da categoria e dos alunos.
Veja matéria veiculada pela CBN Rio no link abaixo:
Com mais uma onda de calor que vem provocando o aumento absurdo das temperaturas no Rio de Janeiro há pelo menos cinco dias, um velho problema volta a atrapalhar o funcionamento das escolas públicas e vira pauta da imprensa: como lecionar ou estudar nas escolas públicas, que na sua maioria, não contam com climatização? Nesta segunda-feira o RJ TV, da TV Globo, foi até o Colégio Estadual Olga Benário Prestes, em Bonsucesso, e ouviu as queixas de profissionais de educação e estudantes da unidade a respeito do suplício do calor nas salas de aula sem condicionadores de ar.
O colégio, que foi reformado em 2014, até tinha climatização, mas a mesma foi roubada durante o recesso da pandemia em 2020 e, até hoje, os aparelhos não foram repostos pela SEEDUC. Por causa disto, mostrou a reportagem, uma professora da unidade cansada de esperar pelo governo do estado tem levado o seu ventilador para sala de aula. Outro docente da mesma escola, carrega consigo um termômetro eletrônico, que registrava mais de 32 graus nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira.
A TV Globo apresentou um relatório do deputado Flávio Serafini (PSOL) para comprovar o problema da falta de climatização na rede estadual. Segundo o levantamento, realizado em 110 escolas estaduais (10% do total das escolas), só 28% delas são totalmente climatizadas, enquanto 43% não contam com qualquer tipo de climatização. Outras 15% só tem a menor parte das suas instalações com condicionadores.
Há anos, o Sepe RJ vem denunciando este problema que só se agrava com as mudanças provocadas pela crise climática em nível mundial. Desde a primavera do ano passado, com o El Nino, o Rio de Janeiro já enfrentou várias ondas de calor com temperaturas muito acima da média, mas tanto o governo do estado quanto as prefeituras não parecem preocupados com o problema e deixam estudantes e profissionais sofrerem com as verdadeiras saunas em que as escolas se transformam por causa do calor. Já na famosa greve da rede municipal do Rio de Janeiro de 2013, uma das reivindicações da categoria era a questão da climatização.
Veja matéria do RJ TV sobre a falta de climatização pelo link abaixo: https://bit.ly/48UuKJi
Sepe teve audiência com a SME-RJ no dia 24, com a presença do assessor do Gabinete do secretário, Willman Costa, para discutir a climatização nas escolas. A direção do Sepe entregou o relatório com as denúncias feitas pela comunidade escolar, em levantamento feito pelo sindicato, e que cita 168 escolas. A direção sindical pede providências imediatas, por causa da onda de calor extremo que atingiu o Estado recentemente e deverá ocorrer novamente. Além dos problemas nas salas de aulas, foi relatada a falta de climatização em outros locais, como as cozinhas e refeitórios das escolas.
No ofício entregue à SME, o sindicato relata que “os depoimentos mostram a falta de planejamento da prefeitura para o tratamento da questão, já que em muitas escolas existem equipamentos, mas os mesmos não são ligados, pois a rede elétrica não suporta a carga” – leia o ofício aqui, com a relação das escolas.
Na reunião, foi informado também que, diferentemente do que foi dito antes, os servidores que têm perícia médica agendada no período das férias de janeiro terão que ir na data marcada. Na semana passada, ao ser questionada a respeito pelo Sepe, a Secretaria tinha informado que o servidor que estivesse nesta situação deveria requisitar à chefia e à CRE a remarcação da data para fevereiro. O Sepe vai analisar qual providência tomará a respeito.