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Centenas de servidores estaduais realizaram, a partir das 15h, um ato público em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), em protesto contra o Projeto de Lei nº 6.035/2025, de autoria do governo do estado. A proposta autoriza o Executivo a retirar quase R$ 5 bilhões da receita proveniente dos royalties do petróleo, atualmente destinados ao Rioprevidência — autarquia responsável pela previdência social dos servidores aposentados e pensionistas.

O Sepe convoca os profissionais da educação a ficarem atentos às próximas mobilizações, às visitas aos gabinetes parlamentares e ao dia da votação do PL, quando será realizada uma vigília dos servidores na Alerj em defesa da previdência pública estadual. Com isso, a categoria deve ficar em estado permanente de alerta para a data da votação do PL.

MUITOS SERVIDORES EM FRENTE À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

O protesto em frente à ALERJ contou com forte participação dos profissionais da educação, convocados pelo Sepe-RJ, além de servidores de outros setores, como Segurança Pública, Saúde e UERJ.

Comissões formadas por diretores e militantes do Sepe visitaram os gabinetes dos parlamentares e acompanharam os debates no plenário. Segundo alguns deputados, caso o projeto seja aprovado, deverá ser alvo de ações judiciais por inconstitucionalidade, com o apoio do Sepe e de outras entidades representativas do funcionalismo.

Durante a sessão, a Presidência da Alerj anunciou que mais de 100 emendas parlamentares foram apresentadas ao PL. As propostas serão analisadas pelas comissões da Casa antes de seguirem para votação em plenário. Ainda não há data definida para a votação final, mas o Sepe orienta a categoria e os demais servidores a manterem a mobilização e participarem das visitas que o sindicato fará aos deputados, pressionando pelo arquivamento do projeto, que ameaça as aposentadorias e pensões do funcionalismo estadual.

O Rioprevidência foi criado para garantir o pagamento de aposentados e pensionistas, e não para servir de “salva-vidas” das finanças dos governos que levaram o Tesouro estadual à falência e agora tentam raspar os cofres da previdência.

Os royalties do petróleo são hoje uma fonte essencial para o equilíbrio financeiro do sistema previdenciário estadual: o Rioprevidência arrecada apenas um terço do necessário para manter seus compromissos anuais, e depende desses recursos para assegurar o pagamento em dia de aposentados e pensionistas.

Vamos manter a pressão e ficar atentos à convocação do Sepe para as nossas próximas ações.

 

 

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Na audiência pública realizada no dia 02 de outubro pela Comissão de Servidores da Assembleia Legislativa (ALERJ) para discutir os graves problemas do RioPrevidência (RP), os deputados estaduais Flávio Serafini (PSOL) e Luiz Paulo (PSD), presidente e vice, da comissão, informaram que o projeto de lei 6035/2025 foi aprovado em todas as comissões da ALERJ e poderá entrar em pauta de votação a partir da próxima semana – o projeto autoriza o governo do Estado a utilizar recursos de royalties e participações especiais, atualmente destinados exclusivamente ao Fundo Único de Previdência Social (Rioprevidência), para pagamento da dívida com a União.

O Sepe convoca os profissionais da educação estadual a se mobilizarem contra a aprovação deste PL. O sindicato, em conjunto com as demais entidades de servidores, irá preparar a resistência a esse grave ataque à previdência estadual. O RioPrevidência é uma autarquia criada para pagar os aposentados e pensionistas e não para servir de “salva vidas” das finanças dos sucessivos governos que provocaram a falência do Tesouro estadual e agora querem raspar o cofre do órgão responsável pelas nossas aposentadorias.

Os repasses provenientes dos royalties do petróleo são, atualmente, uma garantia do pagamento em dia de aposentados e pensionistas do estado – a previdência estadual depende desses recursos: o RP arrecada apenas um terço do que precisa, anualmente, para manter o equilíbrio financeiro. Por isso, a receita dos royalties é fundamental.

Os deputados alertaram que, se o PL 6035/2025 for aprovado, isso poderá significar uma ameaça ao pagamento das aposentadorias e pensões e até mesmo o aumento do desconto previdenciário dos aposentados e servidores da ativa, em uma tentativa de tapar o “buraco financeiro” que será criado. Ou seja, estamos diante da possibilidade de ocorrência de mais uma reforma da previdência imposta aos servidores públicos estaduais. Mas não podemos permitir que os servidores tenham que pagar a conta pelos desatinos administrativos do governo de Claudio Castro e dos governos que o antecederam. Por isso, o alerta do Sepe para que os profissionais de educação se preparem para acompanhar a tramitação desse PL e pressionar os deputados a votarem contra sua aprovação.

Nesse momento, é importante que a categoria envie mensagens para os deputados, para que não mexam no RioPrevidência e arquivem o PL 6035/2025 – clique para acessar os contatos dos parlamentares.

Não vamos aceitar que os aposentados, aposentadas e pensionistas tenham que receber cestas básicas para sobreviverem, como nos malfadados governos Cabral e Pezão.

GESTÃO TEMERÁRIA

A audiência pública foi realizada em um auditório lotado de servidores da Assembleia e teve as presenças de representantes da Secretaria de Fazenda, Planejamento, do RioPrevidência e do TCE na mesa do debate. Uma delegação do Coletivo de Aposentadas e Aposentados do Sepe esteve presente na plenária e a diretora do Sepe Central, Beatriz Lugão, representou o sindicato na mesa.

Os deputados Serafini e Luiz Paulo abriram a reunião, denunciando a gestão temerária do RP. Eles lembraram que, em 2024, o Executivo retirou do Rioprevidência, por meio de decreto, quase R$ 5 bilhões. Esse ato autoritário e temerário interrompeu uma “poupança” que, segundo os parlamentares, pela primeira vez na história a autarquia vinha fazendo para garantir a estabilidade nas suas próprias contas.

Outro exemplo de gestão temerária foi lembrado na audiência: o escândalo do Banco Master, uma instituição financeira de baixo porte que recebeu, nos últimos anos, mais de R$ 1 bi do RP para uma suposta aplicação em investimentos diversos. O Master foi investigado em uma CPI da ALERJ que concluiu que o banco vivia e vive uma crise profunda e seria um investimento de risco colocar o dinheiro dos aposentados nele; mas o relatório final foi arquivado em 2023.

A mesa também discutiu a proposta de orçamento do governo do Estado para 2026, que chegou à ALERJ prevendo um déficit de R$ 19 bilhões – segundo os parlamentares, um rombo maior que aquele previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que era de R$ 15,6 bilhões.

Já o auditor do TCE, Ari de Paiva Fortes, disse que a situação é “preocupante”. Ele afirmou que a previdência tem que ser enfrentada como uma política pública de estado e não como apenas um pagamento salarial, um plano de carreira. Sobre o Banco Master, ele informou que já há uma representação sendo analisada por uma conselheira do TCE, denunciando a grave situação da previdência.

Por sua vez, os representantes do RP, Planejamento e da Fazenda informaram que 27% da folha do estado são referentes ao pagamento dos vencimentos dos aposentados; o total da folha é de R$ 27,6 bi por ano, sendo que 70% da arrecadação vem dos royalties.

Falaram também os representantes sindicais, com foco na resistência contra o PL 6035/2025: Vinicius Zanata (Fosperj), Amanda Moreira (UERJ/Andes) e a diretora do Sepe, Beatriz Lugão. A diretora do Sepe denunciou a política de terceirização do governo que vem sendo aplicada em larga escala, em detrimento de concurso público. Essa política retira recursos da previdência, já que os terceirizados não descontam para o órgão. Ao final, ela denunciou o genocídio do povo palestino e a prisão de ativistas da Flotilha Global pela Liberdade pelas forças armadas do Estado de Israel. A flotilha é formada por mais de 40 barcos, que levavam comida e remédios para Gaza. Beatriz informou ao plenário que um dos ativistas presos é o ex-diretor do Sepe, Nico Calabrese.

Ao final, o debate foi aberto às intervenções do plenário, momento em que a também diretora do Sepe Central, Maria da Penha, afirmou que a categoria irá se mobilizar contra o PL 6035/2025; falou também o aposentado estadual da educação e ativista em São João de Meriti, Luis Carlos.

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Estadual, Todas

Na audiência pública realizada nesta quinta-feira (02/10) pela Comissão de Servidores da Assembleia Legislativa (ALERJ), os deputados estaduais Flávio Serafini e Luiz Paulo informaram que o projeto de lei 6035/2025 – que autoriza o governo do Estado retirar do RioPrevidência (RP) as receitas dos royalties do petróleo – foi aprovado em todas as comissões da ALERJ e poderá entrar em pauta de votação a partir da próxima semana.

O Sepe convoca os profissionais de educação estaduais a se mobilizarem contra a aprovação deste PL. O sindicato, em conjunto com as demais entidades sindicais dos servidores, irá preparar a resistência a esse grave ataque à previdência estadual.

A receita dos royalties do petróleo é vinculada, por lei, à manutenção do RP e permitir que o governo possa mexer nesse dinheiro é um risco que não podemos correr.

Vamos defender a previdência estadual!

O Sepe, assim que tiver mais informações, fará uma convocação a todos os profissionais de educação.

Saiba mais sobre o PL 6035/2025.

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O governo do Estado do Rio de Janeiro nunca cumpriu a Lei Federal 12.858/2013 que dispõe sobre a destinação para
as áreas de educação e saúde de parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural. A lei tem a finalidade de cumprir a meta prevista no inciso VI do caput do art. 214 e no art. 196 da Constituição Federal.

Com isso, ao longo dos últimos anos, de 2021 a 2024 (quadro a seguir), o governo do Estado deixou de aplicar na educação estadual R$10,9 bilhões. Isso mostra o porquê de o estado não cumpre o Piso Salário Nacional do Magistério na estrutura da carreira.


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