Recepção: (21) 2195-0450. Agendar atendimento no Depto. Jurídico: (21) 2195-0457 / (21) 2195-0458 (11h às 16h).

Nota do SEPE-RJ sobre a situação da Rede Municipal do Rio e as declarações do prefeito Crivella: defender a vida de toda a comunidade escolar e da população tem que ser a prioridade.

O SEPE-RJ manifesta sua preocupação com a declaração do prefeito Marcelo Crivella feita à mídia no último dia 26 de março, quando disse que espera a retomada das aulas em abril, criando expectativa na comunidade escolar. A direção do SEPE-RJ está empenhada em garantir que os governos cumpram as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), de instituições científicas e médicas como a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Infectologia, que seguem afirmando a importância do isolamento social como principal forma de minimizar as perdas humanas e evitar o colapso do sistema de saúde.

Sobre isto, a Sociedade Brasileira de Pediatria afirmou no dia 25/03/2020 em nota pública: “Para maior segurança dos grupos de risco e seus contactantes, entende-se que a suspensão de atividades em escolas, clubes, academias, cinemas, restaurantes, bares, teatros, cultos religiosos, congressos, eventos e outros pontos de aglomeração é importante para reduzir a circulação do coronavírus no país”.

Não aceitamos em hipótese alguma que a vida de professores, funcionários, alunos e responsáveis seja colocada em risco. Seguimos exigindo que as escolas permaneçam fechadas até que possamos retornar às aulas com segurança para toda a comunidade escolar.

A prefeitura deve garantir a alimentação dos alunos e famílias em situação vulnerável por meio da entrega de cestas básicas, do remanejamento e distribuição dos estoques de merenda aos mais carentes e distribuição da água mineral das escolas aos alunos ou aos hospitais.

Sobre as atividades complementares e cursos de formação na Rede Municipal

Desde o início da suspensão das aulas na rede municipal por conta da pandemia do novo coronavírus, a SME-RJ tem solicitado a realização de cursos de formação e atividades complementares por parte de professoras e professores da rede. A SME-RJ tem afirmado que estas atividades e cursos não são obrigatórios, portanto têm um caráter voluntário. Além disso, os profissionais de educação não podem ser obrigados a utilizar seus telefones pessoais ou aplicativos de conversa como ferramentas de trabalho. Não devemos aceitar qualquer tipo de assédio ou pressão para que atividades e cursos não obrigatórios sejam realizados.

Nossa obrigação é cumprir a quarentena e a obrigação dos governos é preservar as vidas

Nenhum trabalho realizado pelos profissionais da rede pode ser obrigatório neste momento sem precedentes na história recente da humanidade. Repudiamos a solicitação de acompanhamento online de alunos especiais feito pelos AAEE (Agentes de Apoio à Educação Especial) e estagiários. Nossa obrigação é cumprir a quarentena e cuidar de nossas famílias. Qualquer atividade pedagógica online será insuficiente e jamais terá a qualidade do processo de ensino-aprendizagem presencial, além de ser muito desigual, pois a maioria dos alunos não terá acesso a estas atividades.

Qualquer atividade, curso ou trabalho que seja apresentado como obrigatório neste período não está de acordo com aquilo que acreditamos ser o fundamental neste período: resguardar a integridade de cada vida. Os profissionais de educação que estejam sofrendo qualquer tipo de pressão ou assédio devem procurar a Direção do SEPE-RJ para encaminhar a denúncia.

Direção Estadual do SEPE-RJ

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Nessa terça-feira (dia 31/3), o Projeto de Lei 2036/2020 que implanta a EAD na rede estadual de educação RJ foi retirado da pauta de votação da ALERJ nessa terça (31/03). Os profissionais de educação tem que manter a pressão e continuar a enviar mensagens aos deputados, pedindo que eles não aprovem o projeto quando voltar à pauta.

Também nessa terça foi realizada Audiência Pública pela internet, organizada pela Comissão de Educação e Comissão de Ciência e Tecnologia da ALERJ, para tratar da Deliberação 376 do Conselho Estadual de Educação e do PL 2036/2020 sobre EAD. Estiveram presentes os presidentes das duas comissões, deputados Flavio Serafini (PSOL) e Waldeck Carneiro (PT); o Conselho Estadual de Educação (CEE), Defensoria Pública Estadual, MPRJ, AERJ, Presidente da Fundação Cecierj, Rede FAETEC e outros sindicatos e outros deputados. A SEEDUC estava convocada, mas o secretário Pedro Fernandes não participou nem delegou um representante para participar da audiência on line.

A direção do Sepe participou do debate, discordando do modelo autoritário que está sendo implementado pela Secretaria de Educação, defendendo a retirada imediata do PL da pauta de discussão e que a SEEDUC discuta a crise com os profissionais da educação.

Alias, foi consenso durante a audiência a defesa de que o uso de plataformas digitais na educação é importante para manter o contato com os alunos e oferecer incentivos educacionais e materiais pedagógicos complementares, mas todos discordam da forma que a SEEDUC está tentando implementar a medida.

O Ministério Público solicitou à SEEDUC esclarecimentos sobre a proposta sob o argumento de que existe um fundamento legal, mas está tudo obscuro. Segundo o MP, falta da parte da Secretaria uma portaria, decreto ou resolução para tornar legal esta iniciativa. Segundo este ponto de vista a SEEDUC tem que deixar de usar somente meios informais (lives, facebook e whatsapp) e usar meios legítimos para anunciar suas propostas e, assim dar clareza e transparência para os seus objetivos.

Assine a petição eletrônica do Sepe contra a EAD proposta pela SEEDUC na rede estadual.

Veja os problemas apontados durante a audiência:

– O PL original não estabelece a implantação da EAD pela SEEDUC, e sim recomenda o uso de plataforma de conteúdos pedagógicos durante o período da pandemia (temporário).

– A SEEDUC pretende contabilizar os acessos à plataforma como dias letivos – a Comissão de Educação da ALERJ e representações são contrárias pelas seguintes razões: precariedade da rede; falta de igualdade de acesso; não houve treinamento hábil para isso; não há portaria nem resolução regulamentando substituir dias letivos por meios online etc.

– A SEEDUC não discutiu suas ações com associações de diretores, representantes de professores, nem representações estudantis e nem esclareceu às comissões como se daria a aplicação imediata desta plataforma educacional.

– Foi criticada a portaria da SEEDUC que antecipou o recesso. Além disso, um dos motivos apresentados por ela era o de que "isolamento social não são férias!"

– Também foram feitas críticas à SEEDUC, que sinalizou a possibilidade de, em breve, reabrir as escolas (mesmo evitando aglomeração), já que o estado recomendou a quarentena e o fechamento das unidades escolares.

– Ao contrário do que a SEEDUC deseja, vários participantes defenderam a suspensão do atual calendário letivo e se posicionaram a favor da elaboração de um calendário especial posteriormente. O argumento se baseou no entendimento de que não há impedimento que o ano letivo de 2020 termine em 2021.

– Também foi apontado que A SEEDUC precisa conversar com a ALERJ e as diferentes representações e que o parecer do CEE não pode ser ignorado pela Secretaria.

– Também foram defendidos na audiência os pareceres que são favoráveis ao adiamento dos vestibulares (a UERJ já adiou).

– Questionou-se sobre a situação dos alunos especiais, sobre os alunos em medidas socioeducativas e sobre alimentação aos alunos vulneráveis.

– Outro ponto de consenso tirado foi o de que a EAD é coisa séria, não se faz com jeitinho. Para tanto, existe uma autorização do Conselho Nacional de Educação (CNE), do dia 18/03/2020, para utilização da EAD, mas as condições legais, aplicação e democratização do acesso precisam ser regulamentadas. Mas até o presente momento, a SEEDUC não fez nada disso.

– Também foi questionado o motivo da SEEDUC não ter feito parceria com a Fundação CECIERJ, que pertence ao Estado e já tem experiência no assunto? A FAETEC estabeleceu convênio com a CECIERJ e irá oferecer conteúdos a partir de plataformas (mas não de forma obrigatória, por exemplo).

– Os participantes também lembraram das dificuldades de acesso à redes de internet para as populações do interior do Estado e da importância da manutenção das medidas sanitárias recomendadas pelos órgãos responsáveis pelo combate à Pandemia do Covid 19. 

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Os deputados da Assembleia Legislativa votam nessa terça-feira (31), em sessão prevista para se iniciar às 14h50, o Projeto de Lei 2036/2020 que propõe implementar a plataforma de Educação à Distância (EAD) na rede estadual, como forma de substituição das aulas presenciais durante o período de suspensão das atividades no espaço escolar por determinação do governo estadual, devido à pandemia. A sessão será transmitida pela TV Alerj tanto na televisão quanto no Youtube.

A direção do SEPE tem plena consciência do papel da escola junto aos estudantes nesses tempos de distanciamento social. No entanto, deveria ser facultada a cada comunidade escolar a liberdade de organizar a assistência aos alunos neste delicado momento, sempre seguindo as normas ditadas pelas autoridades da Saúde.
Dessa forma, orientamos que a categoria entre em contato, imediatamente, com os deputados por meio das redes sociais, envie mensagens, pedindo que os parlamentares não aprovem o PL. O contato pode ser feito por este aqui.

O profissional também pode pesquisar pelos nomes os endereços dos parlamentares no Face e Instagram – todos eles tem conta nessas redes. 

Por isso, também nessa terça-feira (31), convocamos a categoria a se manifestar na Audiência Pública online sobre o PL 2036 que a ALERJ promoverá, a partir de 10h, com transmissão pela TV Alerj e pelas plataformas digitais dos parlamentares. Ao assistir a audiência no YouTube, envie mensagens pedindo a rejeição do PL 2036.

O momento é agora. Vamos pressionar!
  

Assine a petição eletrônica contra o PL 2036

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FONTE: SEPE MESQUITA

EAD em meio a pandemia é oportunismo!
Reabertura das escolas é morte!
Reais alternativas para rede estadual e rede municipal de Mesquita.

"Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades.
O tempo não para."
Cazuza

Vivemos uma pandemia mundial que já produziu quase 30 mil vítimas fatais. Um vírus resistente, de alto contágio transmitido por saliva, fezes, urina e demais excrementos. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 48% da população não possui coleta de esgoto e 35 milhões de brasileiros não tem acesso a água tratada.

No Rio de Janeiro vivemos o desmonte da Cedae numa lógica de sucatear para privatizar, com uma crise no tratamento de água.

Diante dessa realidade vemos o número de pessoas contaminadas mais que dobrar a cada dia.

O Teto de Gastos, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Reforma da Previdência e tantas outras medidas colocam como prioridade Estatal o superávit primário para pagamento da corrupta, criminosa e injusta Dívida Pública, sacrificando direitos do povo brasileiro.

O Estado brasileiro, mesmo nessa crise prefere se dedicar ao lucro de empresários e banqueiros do que garantia e sobrevivência aos trabalhadores. Ao mesmo tempo, o Ministro da Saúde afirma que em abril o SUS entrará em colapso, não dispomos de testes, leitos e profissionais da saúde suficientes para atender a população. Diante da gravidade deste quadro, hospitais de campanha estão sendo construídos em estádios de futebol, no areoclube de Nova Iguaçu e outras áreas, pois o momento é grave.

De forma oportunista o secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes, e o governo do Estado ressuscitam a implantação do EAD na Educação Básica e tentam aprovar as pressas um projeto de lei na Alerj, com o mesmo oportunismo tentou, derrotado, aprovar a Educação Domiciliar nessa semana.

O Governo estadual de maneira ardilosa tem se aproveitado da pandemia pra fazer avançar um projeto de desmonte da Educação Pública, sequência da política de fechamento de escolas, turmas e turnos, e retirando do Estado o dever de garantir educação digna.

A Educação à Distancia é a precarização do trabalho de educadores e educadoras, é a substituição da relação educador-estudante-comunidade, por um produto padronizado de educação numa lógica bancária.

A educação que defendemos é libertadora, educar não é "depositar" conteúdos prontos e reproduzi-los, sem transformação ou construção.

Consideramos que ao impor a continuidade das aulas através de uma plataforma virtual, o secretário ignora a realidade, adotando uma medida oportunista e irresponsável que está fadada a fracassar e servirá como trampolim para campanhas eleitorais e como forma de culpabilizar professores e estudantes.

A medida apresentada é excludente, porque exige de professores, que estão sem reajuste há 6 anos, e estudantes, que em geral estão em situação de vulnerabilidade social e alimentar, certa estrutura tecnológica para acessar a plataforma e apresenta como alternativa a quem não os possui esses recursos a exposição, indo a escola para ter acesso, o que é contraditório com o estado de quarentena.

Não estamos em férias e nem mesmo em recesso, estamos em quarentena para, conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), evitar a disseminação do Convid-19.

É preciso destacar que a rotina de uma quarentena é desgastante tanto física como mentalmente, exige intenso cuidado pessoal e de familiares, manutenção da casa, higienização de produtos, roupas e calçados, entretenimento das crianças, cuidado dos idosos, construções de redes de solidariedade locais, para além de outras tarefas.

Ao mesmo tempo o secretário interino municipal de educação, Renato Miranda, anuncia a reabertura das escolas no dia 13 de abril, medida totalmente desconectada da realidade, e das recomendações da OMS, alinhada a posição do governo Bolsonaro, que chama a pandemia de gripezinha e diz que algumas mortes não podem parar a economia.

Quem de nós e de nossas famílias podem morrer?

Nesse momento defendemos que antes de buscar soluções oportunistas e insuficientes, os profissionais da educação, querem e precisam manter contato com a comunidade escolar, colegas, responsáveis e estudantes, queremos saber como estão lidando com esse momento, queremos manter o que é mais importante da relação pedagógica: a relação humana!

Defendemos que dentro das nossas possibilidades, podemos construir com nossas escolas redes autônomas de comunicação e solidariedade, propor atividades complementares aos seus estudantes, para manter o hábito de estudo e ajudar jovens e responsáveis a construir uma rotina dentro de casa, mas que de forma alguma substituem o ano letivo.

Jamais devemos pensar nisso como algo obrigatório, tanto a professores quanto a estudantes e muito menos que sejam adotada qualquer forma de punição ou assédio.

Orientamos a todas e todos, sejam da rede estadual ou da rede municipai, fiquem em casa! Cuidem-se!

Aos colegas de rede estadual convocamos para participar da audiência pública que irá debater a PL da EAD do Governo Estadual, na terça-feira, 31, breve divulgaremos o link.

E observarem com atenção a votação na Alerj marcada para quarta-feira, 01 de abril, dia de votação do PL do EAD da Mentira e do Êngodo.

Momentos de crise nos mostram a crueldade, a exploração e opressão do sistema em que vivemos. Por isso resistam! Criem redes de apoio e solidariedade! Preservem a saúde física e mental!
Pois mesmo distantes ninguém solta a mão de ninguém!

Direção Colegiada Núcleo Mesquita 

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O SEPE-RJ está acompanhando atentamente a tramitação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) do projeto de lei nº 2036/2020, que propõe implementar a plataforma de Educação à Distância (EAD) na rede estadual, como forma de substituição das aulas presenciais durante o período de suspensão das atividades no espaço escolar, devido à pandemia. A direção do SEPE tem plena consciência do papel da escola junto aos estudantes nesses tempos de distanciamento social em função da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). A nosso ver, deveria ser facultada a cada comunidade escolar a liberdade de organizar a assistência aos alunos neste delicado momento, sempre seguindo as normas ditadas pelas autoridades da Saúde.

Uma vez que a Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC) não consultou previamente os profissionais da rede a respeito da melhor maneira de conduzir este processo, definindo a plataforma “Google Classroom” de maneira impositiva e não dialógica, consideramos importante alertar a categoria de que não existe, ainda, nenhuma determinação legal oficial emitida pelo Executivo ou pela ALERJ a respeito da obrigatoriedade de acesso à referida plataforma. Dessa forma o Projeto de Lei que prevê a aprovação em âmbito estadual da EAD para a educação básica está previsto para ser votado somente na quarta-feira (01/04).

Assim, orientamos a categoria a, por enquanto, não acessar o “Google Classroom” e acompanhar a tramitação do projeto de lei, na Alerj. Inclusive, o PL em questão já recebeu diversas emendas, que terão que ser discutidas na sessão de 1º de abril. Após a divulgação do texto final aprovado na Assembleia Legislativa, emitiremos uma nova nota com orientações aos profissionais da educação.

Em nota anterior, a direção do SEPE-RJ expressou claramente sua posição: é contra o modelo de Educação à Distância que a SEEDUC está tentando impor aos profissionais de educação como política de substituição do calendário letivo. Nosso departamento jurídico está acompanhando os desdobramentos da implementação da EAD e entrará com medidas judiciais para garantir que os profissionais de educação não sejam obrigados a aderir ao modelo excludente pensado pela SEEDUC.

Ressaltamos que nem os professores, nem os alunos devem se dirigir às unidades para utilizar computadores ou buscar materiais, o que poderia comprometer, contraditoriamente, a política de isolamento social apontada como mecanismo de contenção da contaminação pelo novo coronavírus.

Informamos, também, que o projeto de lei que propunha a educação familiar foi retirado de pauta por ser inconstitucional.

Na terça-feira, 31 de março, convocamos a categoria se manifestar na Audiência Pública online sobre a EAD que a ALERJ promoverá. Em breve, divulgaremos o link. E também, nos manifestarmos online e nas janelas por "ditadura nunca mais" e pelas vidas acima dos lucros. #FiqueEmCasa".

Por fim, o SEPE-RJ reafirma que está lutando para que cada escola tenha autonomia para decidir sobre a melhor forma de trabalhar com seu corpo docente e discente nestes tempos devastadores de pandemia.

DIREÇÃO DO SEPE-RJ

O PL nº 2036/2020 (EAD na Pandemia) pode ser lido aqui.

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Carta Pública dos Conselhos de Professores e Funcionários da Rede Municipal de Educação do
Rio de Janeiro

Os Conselhos de Professores e de Funcionários da rede municipal de educação do Rio de Janeiro receberam com preocupação o anúncio do prefeito Marcelo Crivella de que espera retomar as aulas em abril. Consideramos precipitada qualquer declaração de retorno às aulas neste momento, ainda mais no período em que os especialistas afirmam que ocorrerá o pico de casos de infectados pelo novo coronavírus e quando o sistema de saúde do país poderá
entrar em colapso por superlotação. 

O poder público do país deve passar aos alunos, seus responsáveis, toda a comunidade escolar a mensagem para que fiquem em casa, além de garantir o emprego e a sobrevivência das famílias neste período crítico, buscando que seja realizado o isolamento. 

Não podemos nos esquecer de que uma parcela grande dos profissionais de educação dessa rede, professores e funcionários, já se encontram no grupo de risco para a infecção pelo vírus: hipertensos, diabéticos, asmáticos, cardiopatas e muitos de nossos estudantes moram com pais, avós, bisavós que também apresentam tais enfermidades. Os professores e funcionários também se preocupam com a saúde de toda a comunidade escolar.

Ninguém mais que os professores e funcionários desta rede desejam o retorno às nossas escolas, ao trabalho dedicado cotidiano e à convivência com nossos alunos. Porém, desejamos que todos os esforços continuem sendo feitos pelo poder público em todas as suas esferas a fim de que possamos reencontrar saudáveis todos os nossos alunos e colegas de trabalho. Devemos retornar somente quando os órgãos de saúde e instituições científicas determinarem que será seguro para todos nós.

Aproveitamos para enviar a nossa maior solidariedade e apoio a todos os profissionais de saúde da cidade do Rio de Janeiro e de todo o mundo, que formam a linha de frente do combate a esta pandemia e arriscam suas vidas para salvar as nossas.

Rio de Janeiro, 27 de março de 2020.

Conselho de Professores e Funcionários da Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro

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Para tentar suprir a lacuna deixada pela suspensão das aulas durante a quarentena para combater o Corona vírus, o Secretário Estadual de Educação, Pedro Fernandes, informou através de suas redes sociais e dos meios de comunicação que a Secretaria implementará de imediato o modelo de Educação à Distância para os alunos da educação básica.

A confirmação do formato de EAD proposto pela Secretaria de Educação confirma o que temíamos: a aplicação precipitada de um modelo que não compreende a diversidade da realidade dos estudantes e profissionais da educação do Estado do Rio de Janeiro. Na tentativa de dar respostas imediatas à sociedade e à opinião pública, o que está sendo proposto é um formato sem qualquer debate prévio com os profissionais de educação, com as direções e equipes técnico-pedagógicas das escolas, com os responsáveis e com os próprios alunos, ignorando de maneira intransigente das condições sociais reais de acesso à tecnologia de uma significativa parcela da população do Estado do RJ. Neste sentido, o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (SEPE-RJ) discorda do modelo autoritário que está sendo implementado pela Secretaria de Educação.

A proposta de teleaula por meio do Google classroom esbarra na impossibilidade concreta de se assegurar que todos os alunos e professores da rede estadual tenham equipamento e internet de qualidade para acessar as aulas e os materiais didáticos, ou produzí-los, no caso dos docentes, os quais em tempo algum receberam treinamento da Secretaria para elaboração e adaptação do planejamento de aulas à modalidade não-presencial ora exigido.

Soma-se a isso o fato de que a população Fluminense foi orientada pelo próprio Governo do Estado a ficar em quarentena, em isolamento social, ao lado de seus familiares, muitos deles idosos, pertencentes a grupos de risco e necessitados de mais cuidados da parte destas mesmas famílias. É impossível garantir, nestes tempos de temor em função da pandemia, um ambiente adequado para a elaboração das aulas pelos professores e de estudos online para os estudantes. A maioria das famílias que, porventura, tiver mais de um aluno matriculado, muito provavelmente não terá um equipamento extra para acompanhar as aulas e fazer as atividades propostas pelos professores de todas as disciplinas.

Ainda de acordo com a Secretaria, a solução proposta para o problema da falta de equipamento por parte de professores e estudantes seria a abertura das escolas para o uso de computadores. Esta medida é gravíssima e inaceitável. É a total falta de compreensão do risco a saúde em que nos encontroamos no atual momento e soa contraditória em relação ao próprio decreto emanado pela administração pública. De outro lado, o Secretário garantiu a impressão de materiais didáticos para alunos que não tenham acesso a computadores ou internet e entregar em suas casas. O número de alunos na rede gira em torno de 680 mil e fazer este tipo de levantamento nos parece algo totalmente fora da realidade. Trata-se, inclusive, de um gasto injustificável para o momento.

A prioridade para o Estado deveria ser a distribuição de cestas básicas às famílias dos nossos estudantes, pois muitas estão com a renda prejudicada nesse momento de crise, seja em função do desemprego, seja em razão da instabilidade financeira gerada pelo trabalho informal sem garantia de direitos em tempos de crise.

O SEPE reafirma seu compromisso com os estudantes da classe trabalhadora e com os profissionais da educação da rede estadual. Ressaltamos ainda que a prioridade hoje precisa ser a garantia da saúde e da vida de todos. Entendemos o momento de crise de saúde que estamos atravessando e não nos opomos ao debate sobre como garantir a educação dos filhos da classe trabalhadora em momentos como esse. Assim sendo, partimos de alguns princípios norteadores para pautar a discussão: que se garanta a autonomia dos profissionais da educação; que toda proposta passe por discussões feitas pelo corpo docente reunido; que se garanta o direito à educação a todos os estudantes da rede; que nenhum profissional da educação seja obrigado a aderir ao modelo pensado pela SEEDUC e que cada escola tenha autonomia para decidir sobre a melhor forma de trabalhar com seu corpo docente e discente nestes tempos de pandemia.

DIRETORIA DO SEPE-RJ

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Tendo em vista os desdobramentos da fala em rede nacional do presidente Bolsonaro, veiculada ontem (dia 24/3) à noite, o Sepe vem a público expressar o seu repúdio contra a falta de responsabilidade da autoridade mais alta da República para com o conjunto da população ameaçado pela pandemia do Coronavírus. Em seu discurso, Bolsonaro pregou o fim das medidas de confinamento em curso e, até mesmo, o fim do fechamento das escolas, classificando a pandemia que já matou dezenas de milhares de pessoas no mundo inteiro de “uma simples gripezinha, um resfriadinho”.

Consoante com o pensamento das mais altas autoridades em epidemiologia e saúde pública no país e no mundo e com as orientações da Organização Mundial de Saúde, o Sepe expressa o seu apoio às medidas sanitárias tomadas por estados, municípios e pelo Ministério da Saúde, recomendadas e endossadas pela comunidade científica mundial.

Assim, repudiamos a fala de Bolsonaro em rede nacional e pelas redes sociais, que só causam confusão e só servem para desinformar a população e quebrar a unidade necessária para o combate à mais grave ameaça à saúde pública mundial neste século.

Num momento em que a angústia dos brasileiros é aumentada pela incerteza dos rumos da epidemia, cujo alvo principal são os idosos, mas que ameaça a população de todas as faixas etárias e, também, com o aumento da crise econômica, que ameaça os empregos, seria de bom tom que o presidente da República adotasse um comportamento responsável e condizente com o seu cargo. O Sepe reafirma a sua condenação às atitudes do presidente e se coloca à disposição da população para auxiliar nos enfrentamentos que certamente se farão necessários nestes dias que virão.

SEPE RJ – SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

Leia também a recomendação do sindicato sobre a questão da EAD.

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Em nota, a Associação dos Docentes da UERJ (ASDUERJ) critica a proposta de manutenção das atividades da universidade por meio da Educação À Distância. Em um trecho, ela compartilha essa visão inclusive com a proposta de levar a EAD, de forma indiscriminada, a outros setores: "Somos totalmente contrários à Portaria nº 343, de 17 de março de 2020, publicada pelo Ministério da Educação, que prevê a substituição de aulas presencias pelo ensino à distância por até 30 dias, prorrogáveis. Assim como somos contra qualquer proposta, em nível estadual ou local, que não contribua para superarmos da forma correta esse período tão difícil para todos" – lembrando que o Sepe divulgou nota oficial sobre o mesmo assunto com uma visão semelhantes (leia a nota do Sepe).

A nota da ASDUERJ pode ser lida a seguir:

A diretoria da Asduerj vem manifestar a sua preocupação com as propostas de manutenção das atividades acadêmicas, especialmente as aulas, por meio do ensino à distância.

O momento exige muita prudência e cuidado. A situação que se abate sobre nós gera um clima de total insegurança, pois não é possível mensurar a extensão e o desdobramento da pandemia no nosso estado e no nosso país. O isolamento social deve continuar até quando for necessário e, nesse período, nenhum docente deverá ser obrigado ou constrangido a ministrar as suas aulas em meios digitais.

Somos totalmente contrários à Portaria nº 343, de 17 de março de 2020, publicada pelo Ministério da Educação, que prevê a substituição de aulas presencias pelo ensino à distância por até 30 dias, prorrogáveis. Assim como somos contra qualquer proposta, em nível estadual ou local, que não contribua para superarmos da forma correta esse período tão difícil para todos.

São muitas diferenças pedagógicas entre o ensino presencial e o ensino à distância. Nossos cursos foram pensados para serem presenciais e o ensino à distância exige toda uma preparação específica, recursos efetivos para sua execução, habilidade com as plataformas para esse fim, que os professores e estudantes que não atuam com esta modalidade não possuem. Não parece responsável sugerir uma mudança abrupta das formas de ensino nas universidades na condição a qual estamos submetidos. Isso representaria uma condição de insegurança quanto à qualidade do ensino oferecido e uma precarização maior do trabalho docente.

As medidas unilaterais, que têm sido apresentadas poderão trazer prejuízos insanáveis, desorganizar o início do semestre letivo, expor os docentes e técnicos, além de legitimar a modalidade do ensino à distância em detrimento do ensino presencial como defendem nossos atuais governantes.

Hoje, as universidades públicas não têm a condição necessária para a garantia de que o ensino à distância chegue a todo corpo discente. Oferecendo aulas à distância, em circunstância de isolamento, contribuiremos para uma situação de desigualdade de condições entre os estudantes. A premissa de que todos têm inclusão digital, que possuem computadores e internet em suas casas é extremamente absurda e excludente, pois essa não é a realidade da maioria dos nossos alunos. Acesso à rede é custo. A universidade pública não pode criar custos adicionais aos estudantes com o semestre em curso.

Quando superarmos essa crise, que esperamos seja breve, precisaremos construir, de forma ampla e democrática, um calendário de reposição que contemple o período de suspensão das atividades. O calendário acadêmico precisará ser reajustado, claro, mas isso terá que ser feito com debate coletivo entre a categoria docente, junto aos técnico-administrativos e aos estudantes, com participação dos Conselhos Superiores, como historicamente é feito em nossa universidade. Somente assim poderemos tomar uma posição a respeito dos caminhos que iremos adotar. Uma decisão dessa magnitude necessita ser tomada coletivamente e não por meio de soluções voluntaristas que poderão contribuir ainda mais para aumentar o caos e a pressão sobre nós.

Temos problemas urgentes para resolver, no momento, como cobrar da administração central da universidade e das empresas contratadas que deixem de convocar os trabalhadores terceirizados para atividades laborais que não sejam efetivamente essenciais Esta é uma questão muito preocupante, pois embora as atividades de segurança e limpeza dos campi, no AEDA 013/2020 – de 16/03 – sejam consideradas essenciais, não é necessário que trabalhadores da limpeza – exceto os que trabalham nos complexos de saúde – devam estar presentes na instituição, mesmo em rodízio, uma vez que estão circulando pouquíssimas pessoas, em especial, se a ideia é esvaziar a universidade. Além disso, repudiamos o fato de ainda existirem pessoas trabalhando nos elevadores da Uerj! Defendemos a proteção generalizada para toda a comunidade universitária e, portanto, não podemos concordar em manter atividades presenciais na universidade, principalmente desses trabalhadores que estão vivendo sob condições prejudicadas durante a pandemia e pegando transporte público para se locomover. Esses trabalhadores precisam ser liberados sem o prejuízo da sua remuneração.

Ao mesmo tempo, não é razoável que o AEDA 013/2020 responsabilize os trabalhadores individualmente, sugerindo a “lavagem frequente das mãos como água e sabão ou a higienização com uso de álcool gel 70%”, e que não faça referência para que um kit de prevenção seja disponibilizado pelas empresas. No momento que estamos vivendo faz-se necessário, além de oferecer as condições higiênicas e o material de proteção individual a estas pessoas, reduzir o número de funcionários, os horários e a carga de trabalho. Ninguém deve ser infectado pela necessidade de manter o seu emprego.

Com a pandemia do novo coronavírus a nossa prioridade deve ser a manutenção da vida e o cuidado mútuo. Em termos nacionais, a luta deve ser pela sobrevivência e para isso, defendemos a suspensão do trâmite da Reforma administrativa e do Plano Mais Brasil, que aprofundam o abandono social, e reivindicamos como medida prioritária, a revogação da Emenda Constitucional nº 95/2016, para que haja uma ampliação dos recursos destinados à saúde, à educação e à ciência feita nas universidades públicas. Para a superação desta crise que se coloca, a nossa saúde física e mental devem estar antepostas, com medidas de prevenção fundamentais, pois só assim garantiremos a nossa atuação acadêmica e profissional no futuro.

A nota da ASDUERJ pode ser lida aqui em seu site.

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Carta do Sepe à comunidade escolar – em defesa da qualidade da Escola Pública em tempos de pandemia

Ainda não é possível avaliar a extensão da crise na saúde pública provocada pelo COVID 19. Porém da forma como vem ocorrendo o avanço da doença no mundo e a forma como ela já se propaga no Brasil não deixa dúvidas de que estamos diante de algo sem precedentes.

Por esse motivo a direção do SEPE/RJ não teve dúvidas em orientar a todas as direções de núcleos nos municípios para que pressionassem os governos a seguir a orientação da Organização Mundial de Saúde de evitar aglomeração de pessoas. Esta orientação resultou na suspensão do calendário escolar na rede estadual e em municípios do Rio de Janeiro.

A posição do SEPE/RJ também foi firme com os Governos que insistiam na manutenção das unidades escolares abertas. Por isso denunciamos na imprensa e fomos até o judiciário para exigir o direito à saúde e à vida de professores, funcionários e estudantes.

O SEPE/RJ reitera sua posição de que nenhum trabalhador (a) ou estudante deva ter sua saúde colocada em risco. Agora o momento é de combate firme e responsável à doença e seus efeitos de ordem econômica, profissional, na qualidade de vida das pessoas e pedagógico.

Assim sendo, o SEPE/RJ considera um equívoco a antecipação da discussão sobre o cumprimento dos 200 dias letivos e 800 horas pelas secretarias de educação do estado e dos municípios e a instituição de formas alternativas de garantir o calendário letivo, pois nenhuma autoridade tem a dimensão do período de isolamento necessário para conter a pandemia.

Por tudo isso o SEPE/RJ apresenta alguns parâmetros para debate público sobre o ensino nesse período de epidemia.

1) ORGANIZAÇÃO FAMILIAR COM ESCOLAS FECHADAS:

Sabemos que grande parte das famílias dos alunos precisa das escolas e creches para os pais irem ao trabalho e também prover a alimentação dessas crianças. Por isso é necessário que os governos garantam cestas básicas para essas famílias e que todas as mães e pais sejam liberados dos seus trabalhos sem descontos em seus salários ou risco de demissão

2) DEMOCRATIZAR AS ESCOLHAS DAS SAÍDAS PARA CRISE:

O SEPE/RJ entende que soluções tomadas pelos Governos sem um profundo debate com a Comunidade Escolar vão em direção oposta a necessária convergência de esforços de todas as instituições e sociedade para derrotar a epidemia. Nesse sentido, o SEPE/RJ defende que se estabeleça uma mesa de diálogo com as representações da sociedade civil da educação para buscar saídas para a crise.

3) GARANTIR QUE NENHUM PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO SOFRA COM SANÇÕES FINANCEIRAS DEVIDO À PANDEMIA:

É totalmente inadequado que governos se utilizem da crise para cortar salários, gratificações, horas extras, auxílios como alimentação e transporte ou remunerações de qualquer tipo.

4) PAGAMENTO IMEDIATO DOS SALÁRIOS ATRASADOS DE TODOS OS APOSENTADOS:

As redes municipais, que mantêm os salários de seus aposentados atrasados, devem regularizá-los, pagando-os imediatamente. O SEPE/RJ está providenciando todas as medidas judiciais e políticas possíveis para proteger o segmento mais vulnerável de nossa categoria. O SEPE/RJ está em alerta para o acompanhamento e acolhimento das situações mais urgentes que venham a surgir nesse quadro de calamidade da saúde pública, e chama a atenção, em especial, para o drama dos aposentados das prefeituras de São João e Duque de Caxias que mantêm meses de pagamentos atrasados e fragmentados dos aposentados.

5) COMBATER A INATIVIDADE DOS ESTUDANTES:

A epidemia tende a causar prejuízo à aprendizagem dos estudantes. Na educação infantil e no 1º segmento do ensino fundamental o prejuízo tende a ser maior. Por isso os sistemas de ensino devem criar estratégias para que, em todos os níveis, os responsáveis recebam orientações sobre estímulo e cuidados pedagógicos com as infâncias. No caso dos estudantes maiores, cuja abrangência é sempre limitada, visto que a maioria dos nossos adolescentes não possui celular ou computador com internet e rápida conexão, é importante a sugestão de atividades pedagógicas de revisão e de estímulo à leitura e à pesquisa.

6) DEFENDER A QUALIDADE E A IGUALDADE NO ENSINO:

O SEPE/RJ defende que a qualidade da educação não deva ser sacrificada mesmo num período tão difícil como o que se inicia. Por isso, as saídas protocolares como “aprovação automática”, simples trabalhos orientados como definidor único de avaliação, provas para substituir todas as aulas presenciais perdidas devem ser rechaçadas;

O SEPE externa sua preocupação com as formas de educação on-line que estão sendo levantadas. As redes de ensino contém inúmeras desigualdades dentro delas e entre seus alunos. Um número relevante de estudantes pode não ter celulares com capacidade suficiente para aplicativos e outros sequer acesso fácil a internet possuem. O acesso ao ensino dividido entre os que tem celulares e internet e os que não tem, é antipedagógico e amplia desigualdades.

7) ALERTA CONTRA SAÍDAS PRECIPITADAS PROPOSTAS PELOS GOVERNOS:

As tentativas de oferecer respostas rápidas podem trazer consigo mudanças bruscas nos sistemas de ensino, e por não terem sido elaboradas com objetivos pedagógicos de qualidade – apenas como forma pragmática de resolver um problema – comprometem sua execução.

Dentre estas, está a possibilidade de substituição das aulas presenciais por Educação à Distância. O SEPE/RJ afirma, categoricamente, que nada substitui o ensino presencial com a mediação de um docente. Nesse sentido, as experiências de sucesso em educação à distância, com pouquíssimas exceções, tem caráter complementar à educação em sala de aula, sendo totalmente inapropriada a sua utilização como forma de substituição das aulas suspensas devido à pandemia do COVID -19.

Nesse sentido, qualquer planejamento dos governos, nesse período de escolas fechadas, deve se limitar à elaboração e divulgação de atividades pedagógicas. Por isso, o SEPE/RJ repudia qualquer tentativa de instituir EAD nos ensinos fundamental e médio como política para a substituição das aulas presenciais. Também rejeita a obrigatoriedade dos professores da rede pública produzirem e/ou atenderem por meio de teleaulas. É um equívoco a abertura desse debate num momento em que o estado do Rio ainda vive orientações confusas a respeito do COVID-19.

8) EM DEFESA DA SAÚDE DE PROFESSORES (AS), FUNCIONÁRIOS (AS) E ESTUDANTES:

O SEPE/RJ defende a necessidade urgente dos governos estadual e municipais garantirem um efetivo programa de assistência social para as famílias que se encontram em situação de insegurança alimentar e nutricional.

9) ATENDIMENTO MÉDICO A POPULAÇÃO:

Para suprir a grande demanda na saúde pública que está por vir por conta do alastramento da pandemia no país o governo precisa recuperar a capacidade do orçamento do SUS. Para tanto é necessário, mais ainda agora nessa crise, por fim aos efeitos da EC95, do teto dos gastos.

EM DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE – O SEPE SOMOS NÓS, NOSSA FORÇA E NOSSA VOZ!

Leia e baixe o panfleto com a carta.
  

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