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Assembleia da rede municipal aprovou documento em defesa de professora perseguida pela SME Rio

Publicamos abaixo, o documento aprovado pela assembleia geral da rede municipal do Rio, em defesa da professora Flávia Rodrigues,que vem sendo perseguida pela SME e pela CRE por ter manifestado sua insatisfação com as condições de trabalho na rede municipal do Rio.
 
MANIFESTO DE APOIO À PROFESSORA FLÁVIA E DE REPÚDIO À SME – SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – E DE REPÚDIO À PERSEGUIÇÃO POLÍTICA SOFRIDA POR ELA
 
A Professora Flavia Rodrigues vem sendo perseguida pela Secretaria e pela CRE por alegação de ter colocado cartaz na Escola em que trabalhava com as pautas de uma paralisação da categoria do dia 03/10/2017. Também está sendo acusada de incitar os colegas a não cumprirem o preenchimento dos formulários relativos à ação do terceiro ano.
 
A perseguição é feita através de um inquérito administrativo(aberto pelo Secretário de Educação)e de uma sindicância(aberta pela direção da Escola Municipal Tagore) a que a Professora Flavia responde, com a assistência da Diretoria e do Jurídico do SEPE. Recentemente a defesa escrita da sindicância foi entregue pelo jurídico do SEPE. Em relação ao inquérito, encontra-se na fase de ouvir testemunhas. 
 
A professora, além de sofrer forte assédio moral, foi arbitrariamente deslocada de suas duas escolas de origem, perdendo, inclusive as regências a que fazia jus. Inclusive teve perda financeira, já que trabalhava no PEJA noturno com a matrícula de PI-Língua Portuguesa. Está trabalhando em outra unidade escolar.
 
A professora  era representante do SEPE na Escola, tendo, inclusive, participado do Congresso do SEPE como delegada. Nada mais natural do que, nesta condição, divulgue na Escola a pauta tirada para a referida paralisação.
 
Quanto à acusação de indução, é de se frisar que as colegas presentes na sala dos professores onde, em tom informal, a professora levantou o debate(também foi debatido no sindicato) sobre os cadernos de avaliação do terceiro ano, exigidos pela secretaria, todas, entregaram seus formulários preenchidos, o que demonstra que a professora não induziu ninguém. Mantinha bom relacionamento com a equipe e direção da escola, até a data de sua saída da escola(data da retirada do cartaz).
 
A professora vem tendo acompanhamento terapêutico e vem recebendo apoio de amplos setores da sociedade. Entretanto, para sua própria proteção, precisa de que as pessoas em geral tomem conhecimento dos fatos e se mobilizem em campanhas de apoio à professora e de crítica à política arbitrária da Secretaria Municipal de Educação e de Perseguição Política. 
 
Por isso, na qualidade de entidade sindical dos/as profissionais de educação, vimos conclamar todas as categorias da educação, bem como as comunidades escolares, entidades dos movimentos sociais e sociedade em geral a ajudar a divulgar essas arbitrariedades e perseguições, repudiando-as, como também a reunirem manifestações de apoio à luta dessa professora contra as denunciadas perseguições, pois, a luta dela é, na verdade, de todos nós, por uma educação laica e de qualidade e pela defesa dos direitos inalienáveis de livres opinião, manifestação e expressão.
 
Pela extinção dos processos e da perseguição contra a Professora Flavia!
 
Pelo imediato retorno da mesma às Escolas de origem!
 
Pelo ressarcimento de todos os direitos dela suprimidos pela Secretaria!