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Ataques nas redes contra professor resultaram no indiciamento de ex-PM candidato nas últimas eleições

Um ex-policial militar, candidato a deputado federal nas últimas eleições foi indiciado por causa de ataques na internet ao professor da rede estadual e militante do Sepe RJ, Pedro Mara. O acusado postou, há dois anos, um vídeo nas redes sociais que acusava o profissional de educação por supostamente ensinar alunos da rede municipal de Belford Roxo a enrolar cigarros de maconha. No vídeo o ex-PM ainda responsabilizava o docente pelos problemas da educação naquele município.  

 

O vídeo calunioso contra o profissional, que nunca trabalhou na rede municipal de Belford Roxo, tinha por finalidade atacar o professor Pedro Mara pela passagem do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+. Mara registrou uma queixa na Delegacia de Delitos de Intolerância e Crimes Raciais (DEDCRADI), que acabou resultando no indiciamento do ex-policial e o inquérito aberto se encontra sob a supervisão da 2ª Vara Criminal de Belford Roxo.

 

O acusado concorreu nas últimas eleições, tentando se eleger para o Congresso Nacional apoiando o que existe de mais retrógrado na política nacional. Seu indiciamento por causa deste ataque é uma clara advertência para aqueles que não respeitam os direitos democráticos e se utilizam da internet para difamar os que não conjugam dos seus métodos fascistas contra os direitos das minorias. A abertura do inquérito é também um exemplo para a luta contra o racismo e a homofobia. Vamos levar adiante este processo em todas as instâncias da Justiça e exigir a reparação das mentiras postadas nas redes sociais contra o profissional de educação.

 

Tentativa de intimidação

 

O professor Pedro Mara, que pertence à rede estadual e sempre esteve presente nas lutas da categoria por valorização profissional e em defesa da escola pública, das questões de gênero e igualdade racial, sofreu uma outra tentativa de intimidação nesta semana. Seu carro foi pichado com uma suástica na porta da escola, onde se encontrava estacionado. O profissional lembra que tal fato aconteceu na mesma semana em que foi realizada uma apresentação de trabalho na unidade escolar, no qual houve a defesa do “extermínio da população LGBTQIA+” e questiona tal tipo de tentativa de intimidação, afirmando que a sua luta pelo direito das pessoas LGBTQIA+ vai continuar.  

 

 

 

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