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Convocação de merendeiras da rede municipal do Rio: não ao teste compulsório
7 de julho de 2020
O Sepe RJ demonstra preocupação com a convocação das merendeiras pela prefeitura do Rio de Janeiro para que compareçam às Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) a fim de fazer a testagem para COVID 19. A prefeitura não deixou claro o intuito dessa convocação e não explicou por que somente esse setor da educação será testado.
O Sepe se coloca terminantemente contra o retorno às aulas presenciais nesse contexto de descontrole da pandemia. Por isso, não vemos sentido na convocação de milhares de profissionais para serem submetidas a testes, sob o risco de contaminação no trajeto.
Ressalte-se que parte significativa desse segmento integra o grupo de risco, por conviverem com doenças crônicas, inclusive adquiridas devido as péssimas condições de trabalho existentes nas cozinhas e refeitórios das escolas.
No entendimento do Sepe a testagem tão longe do retorno das aulas terá pouca eficácia, pois não conseguirá expressar a realidade do contágio, que continuará em evolução. Ou seja, parte significativa das merendeiras e merendeiros poderão testar negativo e, em seguida, poderão contrair a doença.
Não custa lembrar, que a Justiça já decidiu pela não abertura das escolas somente para a distribuição de merenda. O que torna ainda mais inexplicável essa convocação só das merendeiras.
Atento a isso, o sindicato entende que a testagem deve ser um ato espontâneo e vinculado ao desejo do profissional de conhecer sua condição de saúde. Este procedimento não deve estar em hipótese alguma vinculado a um sinal verde de retorno, seja para os que já tiveram contato com o vírus, e em tese, construíram anticorpos, seja para os que testaram negativo.
O Sepe RJ disponibilizou duas declarações em seu site. A primeira, justificando o não comparecimento a convocação e, a segunda, desautorizando qualquer utilização do teste para classificação ou alocação profissional a ser feito pela prefeitura – acesse as declarações aqui.
Por fim, reforçamos que qualquer profissional que se sinta coagido deve procurar o sindicato.
O Sepe somos nós.
Leia a assine o manifesto das merendeiras e merendeiros em defesa da vida.