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Denúncia da PGR entregue ao STF: Profissionais de educação exigem todo rigor na punição aos golpistas
19 de fevereiro de 2025
Os profissionais de educação das redes públicas do Rio de Janeiro acompanham com interesse a entrega ontem (dia 18/2) ao Supremo Tribunal Federal (STF), pela Procuradoria Geral da República (PGR), da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 32 pessoas pela participação na trama golpista para mantê-lo no poder após a derrota nas eleições de 2022. Bolsonaro e seus cúmplices são acusados de diversos crimes, tais como: organização criminosa armada, golpe de estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, entre outros, como ameaça ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio público.
A denúncia foi encaminhada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e será apreciada pela Primeira Turma do STF, após liberação do relator, ministro Alexandre de Moraes. Segundo Gonet, Bolsonaro e o general Braga Neto, candidato a vice-presidente em 2022, foram os líderes da tentativa de golpe de estado.
Para o sindicato, é necessário que o ex-presidente e seus comparsas sejam julgados pelo STF com o máximo rigor. Para isso, torna-se indispensável a mobilização da sociedade democrática contra as tentativas dos acusados e de políticos ligados à extrema direita no Congresso de levar ao plenário um projeto de anistia para os golpistas agora indiciados pela PGR e para os participantes dos atos do 8 de janeiro que já se encontram presos, com muitos deles condenados pelo STF a penas variadas de prisão.
Não podemos aceitar que aqueles que se utilizaram da estrutura do governo constituído para abolição do estado democrático de direito e instauração de uma ditadura sob a tutela militar e atacaram as instituições da República continuem soltos como se nada tivesse acontecido. Desde o primeiro momento da tentativa de golpe, que culminou com a baderna e destruição de instalações e equipamentos dos três poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo), no dia 8 de janeiro de 2023, os profissionais de educação das redes públicas do Rio de Janeiro se colocaram na defesa do estado de direito e exigiram desde então a punição severa de todos os envolvidos na conspiração.
A trama golpista, hoje sabemos por meio das investigações da Polícia Federal e da denúncia oferecida pelo procurador Paulo Gonet, envolvia Bolsonaro e suas lideranças políticas, empresários, membros das forças armadas das mais variadas patentes, como os generais de quatro estrelas Braga Neto e Augusto Heleno, integrantes de primeira hora da cúpula de governo. Além da ruptura institucional o golpe previa, até mesmo, o assassinato do presidente Lula, de seu vice, Geraldo Alckmin, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Seu objetivo era a instauração de uma ditadura sob o comando de Bolsonaro chancelada pelos militares golpistas e por lideranças políticas de extrema-direita que passaram a atuar livremente no cenário nacional desde o golpe que derrubou a presidente Dilma Roussef em 2016.
O Sepe RJ e os profissionais da educação pública do Rio de Janeiro não aceitarão quaisquer tentativas de anistiar os golpistas, entre eles, Bolsonaro. Sua prisão e a de todos os outros indiciados nos inquéritos e posterior condenação por atentarem contra a democracia é uma punição merecida e exemplar para que tais fatos nunca mais voltem a ocorrer e possamos varrer para o lixo da história ataque contra o Estado consumado no dia 08 de janeiro de 2023.
Todo o rigor da lei para os golpistas!
Não à anistia!