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DIEESE/SEPE comprova perdas salariais dos servidores municipais nos últimos quatro anos

Estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) sobre o comportamento dos salários do funcionalismo municipal de 1º de março de 2019 a 31 de março de 2023 apontou uma defasagem no poder de compra dos servidores do município do Rio de Janeiro de 23,22% (pelo INPC-IBGE) e 22,09% (pelo IPCA-IBGE). Os dados comprovam as denúncias do Sepe e das categorias do funcionalismo que integram o MUDSPM (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Municipais), em vários atos de protesto por reajuste na prefeitura, a respeito das perdas salariais dos servidores agravadas pelos altos índices da inflação do período.

O estudo fixou como marco inicial para acompanhar o poder de compra dos salários do funcionalismo que vigorava em 1º de março de 2019, comparando-o com a evolução do INPC e do IPCA medidos pelo IBGE no período até 31 de março de 2023. Estes índices apresentaram variação de respectivamente 29,81% e 28,62%, enquanto os salários nestes últimos 4 anos tiveram um reajuste irrisório em dezembro de 2022 de 5,35% concedido pelo prefeito Eduardo Paes, naquilo que foi considerado um verdadeiro deboche do governo municipal para com os servidores.

Desse modo, de acordo com o DIEESE, em 31 de março deste ano os salários dos servidores teriam apenas 81,15% do poder de compra de 1º de março de 2019 pelo índice do INPC-IBGE. O estudo conclui que, para que os salários em 1º de agosto de 2022 retornasse ao mesmo poder de compra de 1º de março de 2019, o reajuste necessário sobre os vencimentos de março de 2023 seria de 23,22% pelos INPC-IBGE e de 22,09% de acordo com o IPCA-IBGE. O estudo lembra ainda que os cálculos não consideram a perda nominal nos salários decorrentes do aumento do desconto previdenciário de 11% para 14% a partir de julho de 2021.

Veja o teor integral do relatório pelo PDF.

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