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Edson Santos e Tainá de Paula: traidores das(os) trabalhadores

Os profissionais de educação, reunidos em assembleia no dia 06/12/2024, aprovaram uma nota específica de repúdio aos vereadores Edson Santos e Tainá de Paula do Partido dos Trabalhadores (PT), pelos seus votos favoráveis ao Pacote de Maldades do Prefeito Eduardo Paes. É triste termos, ainda, que reafirmar o óbvio, isto é, que parlamentares do campo progressista deveriam votar a favor dos trabalhadores e do funcionalismo público, que deveriam ser linha de frente contra retrocessos, retirada de direitos e políticas antipovo, não o contrário. Contudo, Tainá de Paula e Edson Santos optaram pelo caminho fácil, ou seja, o caminho de não comprometer seu papel de base de sustentação do governo Paes, colocando à frente da luta dos trabalhadores seus próprios interesses e cargos. Vergonha!

Tainá de Paula ainda foi além: em seu discurso para justificar uma posição injustificável, atacou o Sepe-RJ, dizendo que fomos ouvidos quando em nenhum momento fomos procurados pelo seu gabinete. Tainá de Paula espalhou mentiras sobre supostas contrapropostas do secretário de educação ao Sepe – que sequer recebeu a categoria – deslegitimou e criminalizou os lutadores em greve, se referindo a um hipotético “pequeno grupo” de insatisfeitos, afirmou “que bombas e tumulto de nada adiantam” e buscou responsabilizar o sindicato pela derrota da minutagem. Cumpriu o papel nefasto de reforçar o argumento de Paes e da criminalização da greve. Prestou um desserviço à luta dos trabalhadores em nossa cidade com uma postura antissindical.

As emendas apresentadas pela vereadora foram dúbias, uma verdadeira enrolação para tentar justificar o voto favorável ao projeto. No caso do direito à licença especial, o trabalhador perderá parte do valor da pecúnia e ainda terá que trabalhar mais cinco anos. Como recompensa, já foi anunciada em uma das secretarias do governo Paes.

Já Edson Santos, buscou na política de coalizão do Governo Lula o abrigo para seu voto favorável ao pacote de maldades. Mas não nos surpreenderá se sua recompensa também for mesmo um cargo no governo de Eduardo Paes. Pior ainda foi uma das suas emendas aprovadas, permitindo que até 50% dos cargos sejam ocupados por contratos temporários, ou seja, um percentual ainda maior que o mínimo de 70% de servidores públicos do magistério, aprovado pelo governador de extrema direita, Cláudio Castro, e a ALERJ. Querem nos convencer de que a saída é a acomodação, a passividade, a redução de danos, ao invés da luta pelos nossos direitos. A emenda sai pior do que o soneto.

Este é um debate sobre classe, sobre redução das jornadas, melhor remuneração e condições de trabalho, sobre dignidade para quem sustenta a cidade e seus serviços públicos. Não podemos tergiversar sobre o debate de representatividade vazia, ou da instrumentalização do debate racial. Pois o racismo estrutural nos ensina que atacar os serviços públicos é uma forma racista de atacar a população negra, pobre e periférica que destes serviços mais necessita.


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