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GOVERNO DO ESTADO DESCARTOU MEDIDAS PARA CONTER AUMENTO DA COVID-19 NO RIO DE JANEIRO
3 de dezembro de 2020
O governador em exercício, Cláudio Castro, voltou a descartar a reintrodução de medidas de isolamento social como forma de contenção da Covid-19 no estado. Nesta manhã, Castro se reuniu com o prefeito Marcelo Crivella depois que o Comitê Científico da prefeitura sugeriu ontem (dia 02/12) um recuo da flexibilização na capital que previa o fechamento de escolas e proibição de banhistas nas praias. Mais uma vez, o governo estadual e a prefeitura do Rio se omitem e não tomam medidas capazes de conter a disseminação da pandemia. Somente nesta quinta-feira (dia 03/12), o Rio de Janeiro registou mais de 3 mil novos casos de Covid-19 pelo terceiro dia consecutivo.
Justamente na semana em que diversas entidades científicas e especialistas alertam para a explosão do número de casos no Rio de Janeiro e o perigo da falência do atendimento nas unidades de saúde públicas e privadas, o anúncio da reunião do governador com o prefeito do Rio de Janeiro criou a perspectiva de que as autoridades públicas, desta vez, ouviriam os alertas da ciência e adotassem medidas para a contenção da chamada segunda onda do coronavírus, entre estas o fechamento das escolas na capital. Segundo a imprensa, Cláudio Castro e Crivella convocaram uma entrevista coletiva para amanhã, quando anunciarão seus planos. Mas, Castro já anunciou para toda a imprensa hoje que não implementará medidas de isolamento ou lockdown (fechamento do comércio escolas e restrição da circulação) e, que “não existem filas nos hospitais públicos”, ao contrário do que tem sido amplamente veiculado em todos os veículos de imprensa.
Os profissionais de educação das redes estadual e municipal do Rio, que se encontram em greve pela defesa da vida e contra a reabertura das escolas para aulas presenciais, lamentam a atitude negacionista dos governos estadual e municipal, que tentam esconder da população a verdadeira realidade de uma pandemia que já matou mais de 170 mil pessoas no Brasil; sendo que o estado do Rio de Janeiro, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), lidera a taxa de mortalidade por covid no país: 131 óbitos por 100 mil habitantes, bem à frente de São Paulo (91,7 mortes por 100 mil).