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Nota do Sepe sobre a falta de vagas nas escolas estaduais
26 de fevereiro de 2019
Embora as denúncias e solicitações feitas ao governo do Estado e à SEEDUC sejam antigas, todo ano a via crucis de pais e responsáveis para conseguir matricular seus filhos nas escolas da rede estadual se repete. A SEEDUC acaba de confirmar que, só em 2019, há uma carência de mais de 20 mil vagas nas unidades estaduais, com alunos do segundo segmento do fundamental 2 e do segundo grau que ainda não encontraram uma escola para estudar. A informação da falta de vagas foi dada pelo próprio secretário de Educação, Pedro Fernandes, mas sabemos que ela pode ser ainda maior do que o anunciado pelo governo.
Há anos, o Sepe já vinha denunciando que a política de reestruturação do governo do estado, com fechamento de escolas, turnos e turmas iria trazer o caos para a rede, já que a Lei determina que os alunos tenham vagas em escolas próximas de suas residências. Os problemas que estão ocorrendo comprovam o estado precário da educação em nosso estado, uma consequência do descaso e da falta de investimento de sucessivos governos, que sempre se preocuparam mais com a corrupção e o favorecimento de empresários e empreiteiras do que com o bom funcionamento dos serviços públicos essenciais para a população, como a Educação e a Saúde.
Como solução para diminuir o problema, o governo do Estado confirmou a intenção de pagar mensalidades em escolas da rede privadas para os estudantes sem vaga no estado. Para o Sepe tal iniciativa de matricular os alunos na rede privada não é viável nem aceitável. A oferta de educação pública, gratuita e de qualidade para todos é dever do estado previsto na Constituição. Há anos, a SEEDUC ao invés de aumentar o número de escolas, vem promovendo o fechamento delas: hoje temos 1.220 unidades em funcionamento na rede, número que vem caindo a cada ano.
Para melhorar a situação o Sepe defende que o governo promova mudanças no sistema de matrículas, garantindo também a chamada “matrícula de balcão”, na qual os responsáveis se dirigem às escolas próximas de suas residências e ali efetuam sua inscrição. Quanto ao problema da falta de professores – além, claro da de funcionários – o sindicato defende a convocação imediata de todos os concursados aprovados em concursos anteriores e a realização de novos concursos para professores e funcionários administrativos para suprir todas as carências.