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SEEDUC quer gastar milhões com instalação de “botão de pânico”

O secretário de estado de Educação, Pedro Fernandes, anunciou a implementação de um sistema nas escolas que compõem a rede estadual, que incluirá um profissional de segurança "treinado" para acionar um aplicativo, já denominado como "botão do pânico". Este equipamento, segundo ele servirá para que sejam convocadas as forças de segurança para atuarem dentro do ambiente escolar quando da ocorrência de situações denominadas por Fernandes como "de violência ou de risco aos alunos ou profissionais que nelas estudam". A lei foi publicada ontem (dia 25/6) no Diário Oficial do Estado.

Segundo o secretário inicialmente seriam treinados 200 profissionais, que passarão a trabalhar em 200 unidades, já em setembro. A ideia é de que até o final do ano a maioria das escolas já tenha recebido o programa. O critério para escolha das unidades, segundo o secretário, será aleatório, mas pela logística da implantação a Região Metropolitana será privilegiada num segundo momento. A previsão é de se gastar R$ 53 milhões por ano com o programa.

O Sepe, mais uma vez, se coloca contra a implementação de tais medidas que colocam o ambiente escolar no centro de questões que envolvem a violência que assola o estado do Rio de Janeiro. O "botão de pânico" se integra a outras iniciativas, como o PROEIS, que trazem para dentro das escolas a presença policiais militares ou gente ligada à area de segurança que pouco ou nada tem de treinamento ou capacidade para lidar com os estudantes e os profissionais que nelas trabalham ou estudam. Ao invés de contratar mais funcionários, como inspetores de alunos, agentes de portaria e pessoal administrativo para lidar com o dia a dia e o bom funcionamento das unidades e reduzir os riscos de ocorrência de problemas ou fatos violentos, a SEEDUC e o governo Witzel preferem gastar milhões das verbas públicas para militarizar o ambiente escolar, expondo alunos e demais integrantes da comunidade escolar a perigos e riscos já tão conhecidos por aqueles que realmente tem o conhecimento da situação vivida na rede estadual, mas que nunca são chamados para discutir esta questão. Ouça entrevista do secretário à Radio CBN pelo link abaixo:

https://tinyurl.com/y5pvsrs9