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SEPE COMENTA AS DECLARAÇÕES DO GOVERNO SOBRE A SUSPENSÃO DAS AULAS, VACINAÇÃO E A ‘CARTA ÀS DIREÇÕES’ DA SEEDUC

O Sepe repudia a forma como o governo estadual está retardando a decisão de suspender as aulas presenciais na rede estadual de Educação do Rio de Janeiro, tendo em vista a declaração do governador feita nessa sexta-feira (12). A nosso ver, não há mais tempo a perder, já que estados a nossa volta, como São Paulo, estão suspendendo as aulas por causa do assustador recrudescimento da pandemia da covid.

A demora na decisão só leva os profissionais da educação e a comunidade escolar a ficarem mais ansiosos e preocupados, além de correrem riscos de vida expostos ao perigo de contaminação.

Com isso, orientamos a categoria a manter a mobilização pela Greve pela Vida e a defesa pela vacinação contra a covid de toda a população.

Sobre a vacinação, informamos que a nossa reivindicação de que os profissionais da educação fossem incluídos dentro do grupo prioritário da imunização agora já é um direito, a partir da sanção da lei nº 9.203/21 pelo governador, publicada em Diário Oficial nesta quinta-feira (11) – o governador, no entanto, vetou o artigo 4º da lei que permitia aos professores não vacinados optarem por desempenhar suas atividades de forma remota. Nesse ponto, sensibilizaremos os deputados a derrubarem esse veto.

Informamos, também, que o secretário estadual Comte Bittencourt divulgou uma “Carta à diretoras e diretores de escolas”, nessa sexta-feira (12), anunciando a implementação de diversas reivindicações que o Sepe fez nas audiências com a Seeduc. São elas:

1) Organizar a presença dos professores na escola em carga horaria que seja suficiente e proporcional ao número de alunos que estão no grupo que necessita de atendimento presencial (os alunos mais vulneráveis), mantendo os demais em ensino remoto. A categoria deve denunciar as escolas que estejam com número de professores maior do que o razoável para atender os alunos, lembrando que a rede estadual se encontra em greve pela defesa da vida e contra a volta das aulas presenciais – envie email para [email protected];

2) Considerar a frequência do professor em carga horaria compatível com sua escala e nos seus dias de aula, sem necessariamente ser no mesmo horário – nesse ponto, o professor não precisa ficar logado durante todo o tempo de sua aula na plataforma;

3) Informar que a oferta de GLP apenas para quem não apresentasse comorbidade foi uma medida inicial para garantir a atuação presencial na escola para a mediação com os alunos que não possuem computadores, mas que, a partir da próxima semana, será liberada a oferta para os professores com comorbidade e aqueles que estão fazendo apenas o ensino remoto – nesse ponto, exigimos que as GLPs tivessem critérios transparentes e igualitários.

Lembramos que continuaremos lutando para que todos os professores possam ter autonomia na sua forma de trabalhar, podendo optar pela plataforma que melhor atingir os alunos, tanto em quantidade quanto em qualidade.

A rede estadual de educação RJ realiza assembleia on-line (Zoom) na próxima quinta-feira, dia 18, às 16h. Vamos discutir a Greve pela Vida, deflagrada desde o dia 01/02 – clique aqui para se inscrever e participar.

Leia aqui o informe sobre a audiência dessa quinta-feira (11) em que os pontos acima foram cobrados pelo Sepe.

A carta da SEEDUC aos diretores pode ser lida aqui.