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SEPE REPUDIA DESCONTO ILEGÍTIMO DA PREFEITURA RJ NO SALÁRIO DE PROFISSIONAL DA REDE MUNICIPAL
13 de outubro de 2020
Desde o mês de agosto, a rede municipal do Rio de Janeiro aprovou a greve pela vida contra o retorno das atividades presenciais nas unidades escolares. As atividades online seriam mantidas para a manutenção de vínculos, mas os profissionais convocados entrariam imediatamente em greve, não retornando presencialmente, mas realizariam o trabalho em home office. E assim, a prefeitura convocou as equipes diretivas e pedagógicas e todos os funcionários de apoio para a preparação das escolas para a volta às aulas mesmo em meio à continuidade do registro de casos de Covid-19 na cidade do Rio de Janeiro.
A prefeitura, de forma intransigente, convocou as equipes diretivas, pedagógicas e todos os funcionários de apoio para a preparação das escolas para a volta às aulas mesmo em meio à continuidade do registro de muitos casos de Covid-19 na cidade do Rio de Janeiro.
Apesar de todo discurso do prefeito Marcelo Crivella de que o retorno dos profissionais convocados era facultativo, na semana passada chegou à direção do Sepe RJ a denúncia do primeiro caso de profissional da educação descontado por causa da greve. Uma paralisação que sequer foi julgada pela Justiça e com descontos realizados sem nenhum anúncio do prefeito sobre o corte de ponto.
Infelizmente, a prefeitura trata desta forma a grave situação de servidores que estão sendo obrigados a se declararem em greve para preservarem a sua vida e saúde em pleno curso da pandemia no Rio de Janeiro, que ainda se encontra em patamar elevadíssimo.
A reabertura das escolas privadas no Rio de Janeiro nos mostra de forma clara o perigo de reabertura das unidades públicas com casos de contaminação e falecimento, conforme alertaram as autoridades da área científica e institutos de pesquisa envolvidos na linha de frente do combate ao coronavírus, como as universidades públicas e a Fiocruz.
Na rede pública não é diferente. No estado e no município acumulam-se denúncias de contaminação de trabalhadores que retornaram ao trabalho, colocando as suas vidas em risco e sem iniciativas transparentes da prefeitura e do governo do estado em relação aos protocolos de segurança sanitária.
Assim sendo, repudiamos a postura da prefeitura do Rio de Janeiro de perseguição ao direito de greve. Há uma semana, o Sepe vem solicitando audiência com o prefeito Crivella e com a Secretaria Municipal de Educação (SME), sem nenhuma confirmação.
O sindicato também fará um requerimento à Comissão de Educação da Câmara dos Vereadores, solicitando a interferência dos parlamentares contra esse ataque do prefeito ao legítimo direito de greve dos trabalhadores da educação municipal.
Estamos acompanhando diretamente o profissional da educação que sofreu os descontos ilegítimos, dando o amparo necessário e tomando todas as providências no campo político e jurídico.
SEPE RJ – SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO