A Presidência da Câmara Municipal Rio colocou na ordem do dia desta terça-feira (05/11), a partir do pedido de urgência do prefeito Eduardo Paes, o PL 2584/2023, que propõe a prorrogação por até cinco vezes dos contratos temporários de pessoal pela prefeitura – se esse PL for aprovado, será mais um ataque direto à instituição do concurso público no município. Com isso, a duração de um contrato pode alcançar seis anos.
O PL estava parado na Câmara e, agora, entra no pacote de maldade do prefeito, que também enviou aos vereadores o PLC 186/2024, que muda a fórmula das horas-aula, aumentando o tempo de trabalho das professoras e professores e diminuindo o tempo extraclasse, e extingue a Licença Especial para todos os servidores municipais.
Daqui a pouco, às 18h, o Sepe realiza assembleia híbrida no Club Municipal – inscreva-se: https://rio.seperj.info/
Leia o pedido do prefeito para a urgência da votação do PL: Projeto de Lei
O governador do Estado Claudio Castro publicou decreto nesta quinta-feira (11) autorizando a Seeduc contratar 4.293 professores temporários para a rede estadual.
A contratação desses professores veio a partir da aprovação pela Alerj da famigerada lei 10.363/2024, que permite à SEEDUC contratar até 15 mil professores por contrato temporário, o que corresponde a 30% dos efetivos que trabalham nas escolas estaduais atualmente.
Essa lei é um ataque ao serviço público, ajuda a sucatear ainda mais as escolas e atinge em cheio a instituição do concurso público. Para o Sepe, cuja luta histórica em defesa do concurso público para contratação de profissionais data da fundação da entidade, o concurso é necessário não só pela estabilidade necessária à categoria, como pelos vínculos criados com a comunidade escolar ao longo do tempo de trabalho dos profissionais. Lembramos, também, que a contratação ameaça o próprio sistema de previdência dos servidores públicos estaduais.
Chamamos, ainda, a atenção para a existência de um banco de concursados aprovados, que aguardam há anos a convocação da SEEDUC para trabalhar nas escolas e são postos de lado com essa contratação temporária massiva.
O sistema de contratações temporárias não garante a permanência do profissional na rede e os baixos salários e as precárias condições de trabalho acabam facilitando a saída para outras redes ou mesmo para o exercício de outras atividades mais atrativas no mercado de trabalho.
Assim, no nosso entendimento, as contratações não resolvem o crônico problema da carência de profissionais nas escolas estaduais e, realizadas em ano eleitoral, apresentam um perigo das indicações de cunho político-eleitoreiro para a admissão de profissionais para trabalhar nas unidades escolares.
O Sepe já ajuizou ação direta de inconstitucionalidade contra a Lei 10.363.
No dia 10 de maio, o Departamento Jurídico do Sepe ajuizou ação direta de inconstitucionalidade contra a Lei Estadual 10.363 (permite a contratação temporária de até 30% do total dos professores da rede estadual). A ação será apreciada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça nos próximos dias.
A lei estadual dispõe sobre a contratação temporária no âmbito da educação, elencando hipóteses em que ela seria possível, e estabelece que dentro do quadro de profissionais efetivos, até 30% poderiam ser de contratados.
O Jurídico do Sepe defendeu na sua argumentação, entre outras teses, que a lei viola o princípio administrativo do concurso público, porque este tipo de contratação exige excepcionalidade e temporariedade, em hipóteses anormais e incomuns, que exijam atendimento urgente, o que não se vislumbra no rol da lei.
Foi apontado, ainda, que houve vício formal no processo legislativo que impediu a discussão, o debate e a participação dos profissionais e entidades durante a tramitação do projeto de lei.
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Nessa quinta-feira, dia 2 de maio, às 14h, o Sepe convoca os profissionais da educação estadual para um protesto em frente à Assembleia Legislativa (ALERJ) em repúdio à aprovação do projeto de lei 3290/2024 do governador que permite a contratação de até 15 mil professores temporários, terceirizados, para trabalhar nas escolas estaduais (o PL permite a contratação de até 30% do total de docentes da rede).
No protesto, vamos exigir:
– A convocação de todos os aprovados nos concursos de 2013/2014 que ainda não foram chamados;
– A ampliação do número de vagas para os professores(as) que quiserem migrar para 30h (atualmente restrito a 5 mil vagas);
– Novos concursos para o magistério e funcionários administrativos.
Nessa quinta-feira, dia 2 de maio, às 14h, o Sepe convoca toda a educação estadual para o ato em frente à Assembleia Legislativa (ALERJ) em repúdio à aprovação do projeto de lei do governador que permite a contratação de até 15 mil professores temporários, terceirizados, para trabalhar nas escolas estaduais (o PL permite a contratação de até 30% do total de docentes da rede).
No protesto, vamos exigir:
– A convocação de todos os aprovados nos concursos de 2013/2014 que ainda não foram chamados;
– A ampliação do número de vagas para os professores(as) que quiserem migrar para 30h (atualmente restrito a 5 mil vagas);
– Novos concursos para o magistério e funcionários administrativos.
O Sepe publica a lista completa da votação do PL 3290, aprovado ontem (dia 24) no plenário Alerj, autorizando a contratação temporária para professores na rede estadual, até o índice de 30% do total de docentes. Ao todo, foram 50 votos favoráveis ao projeto e 15 contrários. Cinco deputados não votaram.
VOTOS PELO SIM AO PL 3290:
Alan Lopes (PL)
Anderson Moraes (PL)
André Corrêa (PROG)
Átila Nunes (PSD)
Brazão (UNIÃO)
Carlinhos BNH (PROG)
Carlos Macedo (REPUBLICANOS)
Célia Jordão (PL)
Chico Machado (SOLIDA)
Claudio Caiado (PSD)
Danniel Librelon (REPUBLI)
Delegado Carlos Augusto (PL)
Dionísio Lins (PROG)
Dr. Deodalto (PL)
Dr. Pedro Ricardo (PROG)
Dr. Serginho (PL)
Elton Cristo (PROG)
Fábio Silva (União)
Felipinho Ravis (SOLIDA)
Filipe Soares (UNIÃO)
Filippe Poubel (PL)
Franciane Motta (PODE)
Fred Pacheco (PMN)
Giovani Ratinho (SOLIDA)
Gisele Monteiro (PL)
Guilherme Delaroli (PL)
India Armelau (PL)
Jair Bittencourt (PL)
Jorge Felippe Neto (AVANTE)
Júlio Rocha (AGIR)
Léo Vieira (REPUBLICANOS)
Lucinha (PSD)
Luiz Claudio Ribeiro (REPUBLICANOS)
Marcelo Dino (UNIÃO)
Márcio Canella (UNIÃO)
Márcio Gualberto (PL)
Munir Neto (PSD)
Rafael Nobre (UNIÃO)
Renato Miranda (PL)
Rodrigo Amorim (UNIÃO)
Rodrigo Bacellar (UNIÃO)
Rosenverg Reis (MDB)
Samuel Malafaia (PL)
Tande Vieira (PROG)
Thiago Rangel (PRTB)
Tia Ju (REPUBLICANOS)
Val Ceasa (PRD)
Valdecy da Saúde (PL)
Vinicius Cozzolino (UNIÃO)
Wellington José (PODE)
VOTARAM NÃO AO PL 3.290,
Andrezinho Ceciliano (PT)
Carlos Minc (PSB)
Dani Balbi (PCdoB)
Dani Monteiro (PSOL)
Elika Takimoto (PT)
Flavio Serafini (PSOL)
Luiz Paulo (PSD)
Marina do MST (PT)
Martha Rocha (PDT)
Prof. Josemar (PSOL)
Renata Souza (PSOL)
Renato Machado (PT)
Verônica Lima (PT)
Vitor Júnior (PDT)
Yuri (PSOL)
NÃO VOTARAM
Carla Machado (PT)
Jair Oliveira (PSB)
Otoni de Paula Pai (MDB)
Thiago Gagliasso (PL)
Zeidan (PT)
O Sepe repudia a aprovação na ALERJ nesta quarta-feira (dia 24/04) do Projeto de Lei 3.290/2024 do governo que libera a contratação pela Seeduc de até 30% em relação do total de professores nas escolas estaduais, alcançando cerca de 15 mil professores temporários, em uma profunda precarização da rede estadual.
A direção do Sepe acompanhou a votação e denuncia que seguranças da Alerj tentaram intimidar diretoras do Sepe, que haviam protestado durante a sessão. O sindicato irá discutir quais os próximos passos para barrar a implementação do PL.
A instituição do concurso público é necessária por causa da estabilidade que oferece à categoria, como também por causa dos vínculos mais profundos criados com a comunidade escolar – e há dez anos não há concursos públicos na rede! Por isso, a importância da realização, urgente, de novos concursos públicos. Por outro lado, as contratações temporárias não garantem a permanência do profissional e não resolvem o crônico problema da carência de profissionais.
O Sepe também chama a atenção para a existência de um banco de concursados aprovados, que aguardam há anos a convocação da SEEDUC, e a possibilidade de ampla migração dos professores efetivos de 18h para a carga horária de 30h. Além disso, a terceirização do magistério ameaça o próprio sistema de previdência dos servidores públicos estaduais.
Leia a íntegra do projeto
SAIBA MAIS
Veja a lista de deputados(as) que votaram a favor do PL 3290, que abre as portas para contratações temporárias na rede estadual
O Sepe torna público o repúdio dos profissionais de educação das redes públicas do Rio de Janeiro contra o anúncio da entrada na pauta de votação desta quarta-feira (dia 24/4), na Alerj, do Projeto de Lei 3.290/2024 do governador Cláudio Castro que pode abrir as porteiras para a SEEDUC contratar até 15 mil professores por contrato temporário. Segundo a Secretaria, o número corresponde a 30% dos efetivos que trabalham nas escolas estaduais atualmente. Segundo o texto do PL não haverá limite de contratações em caso de abertura de novas escolas e se as vagas ofertadas em concurso público não tenham sido completamente preenchidas.
Para o Sepe, cuja luta histórica em defesa do concurso público para contratação de profissionais data da fundação da entidade, o concurso é necessário não só pela estabilidade necessária à categoria, como pelos vínculos criados com a comunidade escolar ao longo do tempo de trabalho dos profissionais. Lembramos também que a contratação ameaça o próprio sistema de previdência dos servidores públicos estaduais.
O Sepe chama atenção ainda para a existência de um banco de concursados aprovados, que aguardam há anos a convocação da SEEDUC para trabalhar nas escolas. O sistema de contratações temporárias não garante a permanência do profissional na rede e os baixos salários e as precárias condições de trabalho acabam facilitando a saída para outras redes ou mesmo para o exercício de outras atividades mais atrativas no mercado de trabalho. No nosso entendimento, as contratações não resolvem o crônico problema da carência de profissionais nas escolas estaduais e, realizadas em ano eleitoral, apresentam um perigo das indicações de cunho político-eleitoreiro para a admissão de profissionais para trabalhar nas unidades escolares.
O PL ainda prevê outras contratações por contrato, como a de mediadores para alunos com deficiência e funções de apoio para assegurar o ano letivo das comunidades indígenas, além de professores substitutos, estrangeiros e visitantes para as universidades estaduais.
O projeto foi enviado pelo governador em regime de urgência e deve ser levado à votação na tarde desta quarta-feira (dia 24) no plenário da Alerj. O Sepe repudia mais este ataque do governo do Estado e da SEEDUC contra a educação estadual.
ATUALIZAÇÃO
Veja a lista de deputados(as) que votaram a favor do PL 3290, que abre as portas para contratações temporárias na rede estadual