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O Sepe vem a público repudiar com veemência os retrocessos ocorridos na votação de ontem, 9/7, na Câmara do Deputados, quanto à Reforma do Ensino Médio.

Implementada no Governo Temer e aprofundada no Governo Bolsonaro, havia uma expectativa de que o Governo Lula correspondesse às expectativas dos trabalhadores em educação e dos estudantes e revogasse o NEM, como aprovado na CONAE de 2023. Em vez disso, porém, enviou um PL ao Congresso que tentava “despiorar” a reforma.

Desde o início dessa movimentação política, o Sepe alertou sobre o perigo da tentativa de realizar uma reforma da reforma. No estado do Rio de Janeiro assim como  em todo o  país o Novo Ensino Médio alimentou um abismo entre a educação pública e a privada.

Mas o que era ruim piorou com a escolha de Mendonça Filho para relatar do PL. O texto aprovado na Câmara, com o aval do MEC, retrocedeu em pontos nos quais o PL do governo apresentava algum avanço. E assim foi encaminhado ao Senado.

Destacamos três pontos graves. Na casa revisora, a formação geral básica saltou do total de 2.100 para 2.400 horas, enquanto os itinerários formativos ocupariam 600 horas a partir de 2025.  Também foi aprovada a obrigatoriedade do ensino de Espanhol.

A respeito da EAD, o Senado alterou a resolução da Câmara e a permitiu apenas em  “casos de excepcionalidade emergencial temporária reconhecida pelas autoridades competentes”.

Ontem, a Câmara, com o apoio do líder do governo, derrubou as alterações feitas no Senado, mostrando que o lobby que fundações privadas exercem sobre os parlamentares e sobre o MEC funciona.

Não foi o Senado quem perdeu. Não foi o governo quem saiu derrotado. A educação brasileira sai fragilizada da Câmara. Resta toda pressão sobre o Governo Lula a fim de que este projeto não seja sancionado.

O Sepe convoca os profissionais de educação à mobilização para que o presidente Lula vete o PL do “Mendoncinha”. O Sepe também apresenta uma solicitação à CNTE para que a entidade se posicione na mesma direção, de forma a conclamar uma mobilização de caráter nacional dos profissionais da educação contra a aprovação do PL aprovado no dia de ontem.

Além disso, mantemos nossa posição histórica pela revogação total do NEM, afinal remendo em tecido puído só piora o resultado final.

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Os senadores aprovaram nesta quarta-feira (19), em votação simbólica, o projeto de Lei 5.230/2023, um texto alternativo para substituir o modelo de Novo Ensino Médio instituído ainda na gestão de Michel Temer. A relatora do texto, senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), fez mudanças na sua proposta original após negociação com o governo federal, voltando a aumentar a carga horária de formação geral para o mínimo de 2.400 horas e o PL agora retornará à Câmara dos Deputados.  

O texto aprovado pelos senadores tem melhorias, em relação ao texto original aprovado pelos deputados, mas o NEM reformado ainda indica a necessidade de futuras reformas. Os profissionais de educação, movimentos sindicais e a sociedade, agora, terão que lutar para que os avanços contidos no PL não sejam modificados, para pior, pela Câmara dos Deputados.

Veja um resumo do que foi aprovado pelo Senado:

1 – Formação geral básica e formação técnica: a soma da carga horária de formação geral básica nos três anos do ensino médio terá, no mínimo, 2.400 horas. Nos cursos técnicos e profissionais, poderemos ter uma carga horária mínima de 2.200 horas até 2028. As 200 horas restantes deverão ser implementadas até o ano de 2029;

2 – Fica definido que o Enem terá como base apenas a formação geral básica;

3 – Restringe a regra de notório saber. Agora ele terá que ter justificativa do sistema de ensino e só acontecerá em caráter excepcional, conforme regulamentação do Conselho Nacional de Educação e respectivo Conselho Estadual de Educação”;

4 – Muda a norma do Ensino à Distância, definindo apenas “casos de excepcionalidade emergencial temporária reconhecida pelas autoridades competente;

5 – A proposta da relatora a ser votada no plenário do Senado Restringe a regra de aproveitamento de atividades extraescolares tirando grêmios, cursos de qualificação profissional e trabalhos voluntários, deixando somente estágio, aprendizagem profissional, iniciação científica e extensão universitária.

Enquanto a proposta no NEM tramita no Congresso, o Sepe e os profissionais da rede estadual continuam sua luta para que o governo do estado volte atrás e revogue o modelo de novo ensino médio, foi implementado nas escolas do estado do Rio de Janeiro, sem discussão com as comunidades escolares.

Este modelo vigente hoje nas escolas estaduais, implementado pela SEEDUC, retira tempos de matérias importantes para a formação pedagógica dos alunos e coloca em seu lugar disciplinas que não têm nada a ver com a realidade que eles vão enfrentar ao ter que encarar os processos seletivos para entrada no ensino superior, concorrendo com alunos das escolas privadas que não tiveram retirada de disciplinas importantes nas suas grades curriculares.

Com informações da Agência Senado

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Faça o download da cartilha do Sepe sobre o Novo Ensino Médio

 

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De 20 a 24 de maio, os profissionais das escolas estaduais promoverão a Semana de Luta contra o Novo Ensino Médio (NEM). A realização das atividades nas unidades escolares pela  revogação do NEM, com debates sobre os impactos do NEM na formação dos estudantes e discussão sobre a desvalorização salarial e profissional dos educadores deve ser o objetivo central da semana de luta.

As atividades deverão ser realizadas dentro de cada turno, para possibilitar a participação do maior número possível de membros da comunidade escolar na discussão a respeito dos prejuízos causados com a retirada ou diminuição do tempo de disciplinas importantes para a inclusão de aulas como “Projeto de Vida”, “O que rola por aí”, “Na atividade”, entre outras que pouco contribuirão para melhorar o desempenho dos docentes nas provas do ENEM ou para sua formação acadêmica.

O Novo Ensino Médio terminou de ser implementado em 2024, debaixo de críticas de profissionais e alunos. As reclamações levaram o governo federal a reabrir o debate sobre o NEM que redundou no projeto de lei 5230/23 que tramita no Congresso com mudanças em pontos da reforma aprovada em 2017 pelo governo Temer.

Atualmente o PL se encontra no Congresso e lideranças ligadas ao governo federal já admitem que a sua aprovação pode atrasar e tem chances de ficar para junho — ou até mesmo para o segundo semestre.

Veja como organizar a sua escola para debater a importância da revogação do NEM:

– Pegue a cartilha em uma das sedes do Sepe. Vale também baixar e compartilhar a versão digital da cartilha.

– Organize o pessoal (profissionais, grêmio, etc.) para distribuir na hora da entrada do Ensino Médio. Vale também entregar para o pessoal do 9º ano.

– Onde for possível, organize uma atividade. Um debate, uma roda de conversa, um filme.

– Tire fotos, grave vídeos e publique marcando as redes do Sepe e do Coletivo Educartum

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A Câmara de Deputados aprovou na quarta-feira, dia 20 de março, o substitutivo do PL 5.230/2023 que estabelece mudanças para o Novo Ensino Médio (NEM). A votação foi simbólica e o texto aprovado depois de um acordo entre o ministro da Educação, Camilo Santana, e o relator da matéria, deputado Mendonça Filho (União PE), que articulou o projeto do NEM quando foi o ministro da Educação do governo Temer, em 2017.

A votação do substitutivo de Mendonça Filho já havia sido adiada em dezembro do na o passado. Em janeiro, a Conferência Nacional de Educação deliberou pela revogação do Novo Ensino Médio, aumentando a pressão para que o relator incorporasse no projeto alguns pontos até então recusados por ele, embora a orientação privatista da educação profissional técnica (EPT) ainda continue forte no substitutivo ao PL 5230 como área prioritária para a expansão do ensino médio nos sistemas estaduais de educação, como aponta uma nota técnica divulgada pela CNTE  nesta quinta-feira. A mobilização social já tinha sido iniciada com a Consulta Pública organizada pelo MEC em meados de 2023, na qual a sociedade exigiu mudanças no NEM.

A votação ocorreu em meio a fortes discussões entre a bancada do governo e da oposição e algumas mudanças foram apresentadas de última hora para a aprovação final da proposta relatada por Mendonça Filho.  A principal causa das discussões foi a questão do estabelecimento das cargas horárias contidas no projeto de Lei 5.230/2023, enviado pelo governo e agora modificado.

Na proposta aprovada, a formação geral básica passa a ser de no mínimo 2,4 mil horas para alunos que optarem pelo currículo regular (das quatro áreas de conhecimento: Matemática, Linguagens, Ciências da Natureza e Ciências Sociais). No modelo que vigora atualmente a carga é de, no máximo, 1,8 mil horas. No ensino técnico, o texto previa de 1,8 mil a 2,1 mil horas, dependendo da carga horária profissionalizante.

No texto final aprovado ontem, as regras previstas para o currículo regular foram mantidas. Mas, houve mudanças em relação ao ensino profissionalizante: a formação geral básica terá 2,1 mil horas. As redes, no entanto, estão liberadas para utilizarem até 300 dessas horas de “forma articulada com o curso técnico” nas carreiras que precisem de mil ou 1,2 mil horas de formação. Assim, a parte do currículo de disciplinas clássicas, a formação geral básica, cai para até 1,8 mil horas.

Uma das emendas incluída no texto determinou que a carga horária do ensino médio, em qualquer parte do currículo, “será ofertada de forma presencial, ressalvadas as exceções previstas em regulamento”. Isso significa que a educação à distância está liberada, mas apenas em casos excepcionais, como no caso de escolas em localização especial, como comunidades ribeirinhas e outras de difícil acesso. Mendonça Filho retirou do texto a contração de professores de notório saber, a não ser para o ensino profissionalizante. A questão da carga horária para o ensino profissionalizante gerou protestos de deputados, como Tarcísio Mota (PSOL RJ) e Alice Portugal (PCdoB BA), que previram prejuízos para os alunos deste segmento em virtude da carga horária diferenciada para menos, o que cria dois tipos de ensino médio n o país.

Veja os pontos destacados pela CNTE que foram aprovados na votação do dia 20/3:

– Elevação da carga horária da formação geral básica – FGB (exceto na EPT) para no mínimo 2.400 horas, alterando a disposição da Lei 13.415 que prevê no máximo 1.800 horas.

– Fim da obrigatoriedade de somente português e matemática nos três anos do ensino médio e reintrodução de todas as áreas de conhecimento na FGB e nos itinerários formativos propedêuticos, que passam de 1.200 horas para 600 horas na nova legislação.

– Reformulação da BNCC até dezembro de 2024 e implementação do novo modelo de ensino médio a partir de janeiro de 2025;

– Regulamentação dos itinerários através de diretrizes curriculares nacionais, impedindo a ausência de unidade curricular no país e a oferta de conteúdos desconexos da formação escolar;

– Revogação dos módulos e sistema de créditos com terminalidades específicas no currículo do ensino médio;

– Oferta presencial do ensino médio, com excepcionalidade de atendimento remoto em áreas de difícil acesso e sob regulamento (revogação do § 11 do art. 36 da Lei 13.415/17);

– Oferta obrigatória de ao menos dois itinerários propedêuticos por escola, sem descartar os demais conteúdos curriculares que devem ser abordados nos itinerários, a fim de manter maior unidade entre a FGB e a parte diversificada do currículo.

Ainda sobre a formação, o substitutivo não garantiu a obrigatoriedade da língua espanhola – podendo ser ofertada opcionalmente a depender das condições estruturais das redes de ensino – e estabeleceu a inclusão de conteúdo específicos dos itinerários, que serão regulamentados por diretrizes nacionais, nos exames de acesso às universidades (Enem e demais certames) a partir de 2027. Sobre esse último assunto, o MEC se posicionou no sentido de conjugar o novo comando da futura Lei a requisitos de equidade entre as redes pública e privada para evitar prejuízos aos estudantes de escolas públicas.

A educação profissional técnica ficou mantida como um dos itinerários formativos do ensino médio e com carga horária mínima de 2.100 horas para a formação geral básica, podendo chegar a 2.400 horas caso haja aproveitamento de até 300 horas de conteúdos da BNCC interligados com as áreas técnicas. Para os cursos técnicos de 1.200 horas a carga horária final (nos três anos) deverá ser de no mínimo 3.300 horas. Esse foi mais um ponto de inflexão no substitutivo do relator.

O texto aprovado prevê a formulação das novas diretrizes nacionais para o aprofundamento das áreas de conhecimento até o fim de 2024 e a aplicação de todas as regras pelas escolas a partir de 2025. Para os estudantes que estiverem cursando o ensino médio na data de publicação da futura lei, haverá uma transição para as novas regras.

A proposta aprovada agora será enviada para o Senado Federal, onde a mobilização dos movimentos sociais pode trazer contribuições para melhorar o texto da Câmara. Apesar de avanços, o texto aprovado está aquém dos interesses dos profissionais de educação e da sociedade brasileira. É fundamental que a categoria e a sociedade em geral, em nível nacional, construa uma forte mobilização para avançarmos mais nos direitos da juventude à escola pública, gratuita, democrática e de qualidade social.

Baixe e compartilhe a cartilha do Sepe sobre o NEM (PDF)

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Profissionais de educação e os núcleos do Sepe dos municípios de Paraíba do Sul, Petrópolis e Três Rios se concentraram nesta quarta-feira (20) em frente ao Colégio Estadual Monsenhor Francisco, em Paraíba do Sul, onde a secretária estadual de Educação, Roberta Barreto, realizava uma visita.

A atividade fez parte do Dia de Luta contra o Novo Ensino Médio, com debates e panfletagens nas escolas de todo o estado. Os educadores conseguiram conversar com a secretária e cobraram o retorno das disciplinas do currículo básico no Ensino Médio e defenderam a revogação do NEM.

Ela disse que aguardava exatamente o resultado da votação no Congresso do projeto que discute o tema e que, enquanto isso, não poderia deixar de aplicar o Novo Ensino Médio na rede. A categoria continuou a pressionar a secretária, argumentando que o governo pode alterar a grade, incluindo mais hora-aulas para as disciplinas do currículo base. O Sepe defende todas as disciplinas do currículo básico em todos os anos do Ensino Médio e o cumprimento do acordo de greve, com o mínimo de dois tempos de cada disciplina.

O projeto que modifica o ensino médio está em discussão na Câmara e pode ser votado a partir desta quarta-feira, com alterações prejudiciais à educação.

Baixe a cartilha do Sepe sobre o Novo Ensino Médio
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Nesta quarta-feira, 20 de março, a rede estadual de educação do Rio de Janeiro fará uma meia paralisação das atividades dentro das escolas para debater o Novo Ensino Médio (NEM) e suas consequências e prejuízos para os milhões de estudantes das escolas públicas do país inteiro e as nossas propostas e lutas pela revogação.

A discussão entre profissionais de educação, alunos e a comunidade escolar em geral é de extrema importância para os rumos deste segmento no país. Principalmente, num momento em que o projeto começa a ser implementado nas escolas e o assunto está prestes a entrar na pauta de votação no Congresso.  Ali, a Câmara de Deputados e o Senado irão referendar ou não o tipo de ensino médio que vai ser oferecido aos estudantes a partir deste ano.

 

A meia paralisação deverá ser feita dentro de cada turno, para possibilitar a realização da discussão ampla a respeito dos prejuízos causados aos estudantes com a retirada ou diminuição dos tempos de disciplinas importantes para a inclusão de aulas como “Projeto de vida”, “O que rola por aí”, “Na atividade”, entre outras que pouco contribuirão para uma formação mais abrangente dos alunos do ensino público a fim de que eles possam disputar as vagas do ensino superior com os alunos oriundos das escolas privadas em condições mais igualitárias.

 

Para instruir o debate nas escolas, o Sepe enviará para todos os núcleos municipais e regionais da capital materiais como uma cartilha sobre o NEM, com textos e gráficos que apresentam a retirada ou diminuição dos tempos das disciplinas tradicionais para substitui-las pelas novas descritas acima. O sindicato também enviará um passo a passo, com ilustrações do Coletivo Educartum, sobre como organizar o debate em cada escola. O objetivo deste dia de luta contra o NEM é proporcionar uma visão ampla e geral a respeito dos malefícios que o projeto do novo ensino médio, gerado ainda no governo Temer e implementado sob o governo Bolsonaro, acarretarão aos alunos das escolas públicas, privados do acesso ao conhecimento e a uma formação mais crítica e abrangente.

Baixe e compartilhe a cartilha do Sepe sobre o NEM (PDF)

 

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O Sepe se reuniu com a Seeduc nesta terça-feira (27) para discutir a atual implementação da matriz e grade curricular na rede estadual do Rio de Janeiro. O sindicato apresentou documento, em que aprofunda sete questões sobre o tema. São elas:

l) Garantir a obrigatoriedade da oferta das 13 disciplinas (Arte, Biologia; Educação, Física; Filosofia; Física; Geografia; História; Língua Espanhola, Língua Inglesa; Língua Portuguesa; Matemática; Química; e Sociologia) em todos os anos do Ensino Médio;

2) Garantir que nenhuma disciplina tenha menos de 2 tempos semanais em todos os anos do Ensino Médio;

3) Garantir a exigência de formação docente especifica e qualificada em nível de licenciatura, para lecionar as 13 disciplinas;

4) Garantir que todas as disciplinas/componentes curriculares tenham orientações teórico- metodológicas e pedagógicas consolidadas em campo científico específico, aspecto não presente em disciplinas como projeto de vida, por exemplo;

5) Que se tiverem eletivas que sejam colocadas em contraturno;

6) Denúncia da péssima qualidade do livro didático;

7) Ensino Religioso seja ofertado no contraturno.

Todos os temas foram aprofundados no documento entregue pelo Sepe, que pode ser lido neste link

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A Secretaria de Assuntos Educacionais do Sepe (SAE) realizou um levantamento sobre as perdas de conhecimento dos estudantes com a redução das cargas horárias devido à aplicação do Novo Ensino Médio na rede estadual de educação do Rio de Janeiro.

Essa perda de conhecimento prejudica, diretamente, os alunos da rede pública na disputa por vagas no ENEM com os estudantes de escolas privadas – consequentemente, aumenta a desigualdade na educação.

Disciplinas como Biologia, Física, Química e Matemática sofreram redução de carga horária de 33%; já Filosofia e Sociologia perderam 67% da carga horária.

Nos quadros, os dados da perda de carga horária:






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A votação do relatório sobre o Novo Ensino Médio, prevista para hoje (dia 13/12), em regime de urgência na Câmara dos Deputados, foi adiada após a Subcomissão Temporária para debater e avaliar o ensino médio no Brasil (CEENSINO) do Senado prorrogar os trabalhos até 31 de setembro de 2024. A Comissão justificou o pedido de prorrogação depois que o governo federal retirou a urgência do PL para ajustar pontos do PL 5230/2023, de autoria do governo Lula, que tramita na Câmara dos Deputados.

 

O adiamento da votação hoje foi considerado uma vitória daqueles que defendem mudanças no projeto de Novo Ensino Médio aprovado ainda no governo Temer e colocado em prática no último ano do governo Bolsonaro, considerado por educadores como um retrocesso por ter sido implementado sem a devida discussão da sociedade.

 

No dia 24 de outubro, o presidente Lula enviou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei que altera a Lei nº 9.394/1996, de diretrizes e bases da educação nacional, estabelecendo novas alterações na política nacional de ensino médio.

 

O projeto trazia algumas mudanças em relação à proposta que foi enviada pelo Ministério da Educação à Casa Civil, em setembro, mas mantém a recomposição da carga horária destinada à Formação Geral Básica (FGB) do ensino médio para 2.400 horas.

 

Posteriormente, os deputados, sob a liderança de Arthur Lira e Mendonça Filho, criaram uma série de emendas ao projeto do governo federal, descaracterizando-o e fazendo com que o Novo Ensino Médio retomasse a face do projeto aprovado no governo Temer e instituído no governo Bolsonaro, fato que configura um verdadeiro retrocesso. Por causa disso, as bancadas progressistas e os educadores em geral se mobilizaram contra a reconfiguração e lutaram para impedir a sua aprovação no Congresso.

 

Com o recuo dos deputados, o tema agora só vai ser debatido em 2024, após o recesso parlamentar.

 

Confira a linha do tempo sobre o NEM

 

 

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