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SEPE EXIGE APURAÇÃO RIGOROSA SOBRE A MORTE DE 25 PESSOAS EM AÇÃO POLICIAL NO JACAREZINHO

O Sepe RJ lamenta a morte de 25 pessoas na operação policial realizada hoje (dia 6/5) na favela do Jacarezinho. Como se já não bastassem as mortes diárias pela covid-19 e a pandemia que apresenta números absurdos de contaminações no Rio de Janeiro, a população carioca ainda é obrigada a sofrer com operações policiais mal planejadas e que resultam na morte de moradores das comunidades carentes. O Supremo Tribunal Federal (STF)havia proibido a realização de operações nas áreas mais pobres da cidade do Rio de Janeiro desde o ano passado justamente por causa do alto número de mortos em ações policiais do tipo da ocorrida hoje, que colocam em risco a vida dos moradores.

Diversas entidades de defesa dos direitos humanos e órgãos como a Defensoria Pública do Estado, OAB RJ, entre outras, além de partidos políticos condenaram a ação da polícia no Jacarezinho que resultou em tantas mortes. O objetivo das manifestações destas entidades é interpelar o STF para que o tribunal apure possível crime de desobediência à decisão de restringir as operações durante a pandemia de covid-19, já que tais ações só podem ser realizadas em caráter excepcional e com precauções para a redução da letalidade.

O Sepe se coloca ao lado das entidades que exigem das autoridades estaduais e federais uma rigorosa apuração de todos os fatos que envolveram a realização desta ação policial, uma das mais letais da história do Rio de Janeiro. Não é possível que as recorrentes mortes de moradores das comunidades carentes em operações policiais continuem a acontecer, sem que haja uma apuração rigorosa para verificação de possíveis abusos e excessos da polícia e punição exemplar para todos os culpados pelo cometimento de arbitrariedades. Os profissionais de educação lembram que este tipo de procedimento da polícia já foi responsável pela morte de diversos dos nossos alunos, atingidos por balas perdidas.

Entendemos que o papel do estado é o de oferecer melhores condições de vida para os moradores das favelas e da periferia, com educação e saúde de qualidade para a população trabalhadora que nelas residem. Não se pode admitir que o estado assuma o papel de carrasco da população pobre e se utilize de dois tipos de medidas para o trabalho das suas polícias que procedem de maneira diferente quando as ações são realizadas no asfalto. Basta de violência policial contra os moradores das comunidades carentes do Rio de Janeiro!

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