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Polícia entra na Maré novamente e confrontos estão levando pânico a profissionais da educação e estudantes

O Sepe vem a público exigir do governador do estado, Cláudio Castro, a imediata suspensão das operações policiais que, por três dias seguidos, têm levado o pânico para os moradores e para os trabalhadores que atuam nas escolas e unidades básicas de saúde dentro do Complexo da Maré. O sindicato também convoca o prefeito Eduardo Paes e a SME a se pronunciarem sobre a abertura das unidades escolares na área neste momento, com as constantes investidas da Polícia Militar, que resultam em tiroteios e explosões que ameaçam a segurança de todos.

Nesta quinta-feira (13), o Sepe está recebendo relatos de novas operações policiais na Maré, com confrontos entre policiais e traficantes, que levaram o medo ao interior das escolas que funcionam dentro do complexo. Muitos profissionais tiveram que tirar os alunos de sala de aula para que os mesmos se abrigassem nos corredores das escolas para fugir do perigo das balas perdidas e explosivos utilizados na verdadeira guerra travada entre policiais e traficantes.

A direção da Regional 4, sede do Sepe na região, irá à 4ª Coordenadoria Regional de Ensino (CRE) da prefeitura, que abrange a área da Maré, para exigir o fechamento das escolas enquanto permanecer as operações e tiroteios, e que também solicita adiamento de avaliações.

O Sepe lembra que tais ocorrências, infelizmente, se tornaram uma parte do cotidiano de violência vivido por aqueles que moram em áreas periféricas, por décadas colocadas à margem da sociedade. Ali, a única política pública que é oferecida é a repressão violenta, desmedida, sem planejamento ou controle das autoridades, que leva a morte diária de jovens e adultos, na sua maioria pretos e pobres. No caso da Maré, somente nos três últimos dias, cinco pessoas já foram mortas, entre eles um policial do Bope.

Entendemos que tais ações, que muitas vezes causam a morte de inocentes, são uma prova contundente da falência das políticas do Estado do Rio de Janeiro na área de segurança. Por conta da sua incompetência tanto política quanto moral, Cláudio Castro quer resolver à bala e ao custo de um alto número de mortes de pessoas o grave problema social vivido pela população trabalhadora e pobre do Rio de Janeiro.

Basta de operações nas favelas! Basta de mortes e de violência contra a população trabalhadora.

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