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Começou a greve da educação estadual RJ – nesta quinta (18), categoria fará assembleia às 14h e passeata ao palácio

As escolas estaduais do Rio de Janeiro entraram em greve nesta quarta-feira, dia 17 de maio. Os professores e funcionários administrativos (merendeiras, inspetores de alunos etc) reivindicam a implementação do piso nacional do magistério para os docentes e o piso dos funcionários administrativos, tendo como referência o salário mínimo nacional. A greve foi aprovada na assembleia geral da categoria realizada dia 11 de maio.

Neste primeiro dia da greve, o Sepe vem tendo informações que confirmam o fortalecimento do movimento, em todo o estado. Durante esta quarta-feira e também amanhã, os núcleos municipais do Sepe no Interior e na Região Metropolitana e as regionais da capital realizarão reuniões para aferir o índice de greve e preparar a passeata até o Palácio. Com isso, na assembleia geral desta quinta-feira, o sindicato vai anunciar o índice de greve, com o relatório de todas as caravanas do Interior presentes.

ASSEMBLEIA E PASSEATA NA ZONA SUL DA CAPITAL

Nesta quinta-feira, dia 18 de maio, o Sepe realizará assembleia aberta no Largo do Machado (em frente ao Colégio Estadual Amaro Cavalcante), Zona Sul da capital, às 14h. Logo a seguir, os profissionais sairão em passeata até o Palácio Guanabara para exigir negociação com o governador Cláudio Castro.

O não cumprimento da Lei do Piso e a proposta enganosa do governador Cláudio Castro de transformar o piso em teto, sem respeitar nosso plano de carreira, revoltou toda categoria, que decidiu entrar em greve para garantir o piso para todos e defender essa conquista histórica da Educação estadual.

São mais de 60 mil professores e cerca de 6 mil funcionários que trabalham nas 1.231 escolas espalhadas por todo o estado e que são responsáveis pelo atendimento de mais de 700 mil alunos.

O PORQUÊ DA GREVE

Em reunião com a secretária estadual de Educação, Roberta Pontes, e representantes da Casa Civil, no dia 10 de maio, o governo apresentou ao Sepe seu projeto de incorporar o piso nacional do magistério. No entanto, a proposta do governo não incorpora o piso a todas as carreiras; na verdade, o governo quer apenas reajustar os salários que estão abaixo do piso. Com isso, quem ganha acima do piso não receberá nenhum reajuste.

O correto é o piso ser implementado a partir do vencimento inicial da carreira e ser adequado proporcionalmente aos demais níveis, cumprindo o que manda o atual Plano de Carreira da categoria – exatamente o que o governo anunciou que não irá fazer.

Pelo seu projeto, o governo também não reajusta os salários dos funcionários administrativos das escolas, que em sua maioria recebem menos do que um salário mínimo de piso.

Hoje, o Rio de Janeiro paga o pior salário do Brasil para os educadores da rede estadual: Enquanto o piso nacional é de R$ 4.420, o professor de uma escola estadual tem um piso de R$ 1.588 como vencimento base (18 horas semanais). Os funcionários administrativos (serventes, merendeiras, porteiros, inspetores de alunos etc), em sua maioria, recebem um piso menor do que o salário mínimo (R$ 802,00).

Além das reivindicações econômicas, a categoria também defende a revogação do Novo Ensino Médio (NEM) e a convocação de concursados para o magistério dos concursos de 2013 e 2014 e de inspetores de alunos do concurso de 2013, além da abertura de novos concursos para suprir a carência de profissionais nas escolas e para as funções de assistente social e psicólogos, como resposta ao aumento da violência no interior do espaço escolar.

Confira todos os materiais para a greve da rede estadual

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