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NOTA DE APOIO À LUTA DOS/AS TRABALHADORES/AS E DA JUVENTUDE NA COLÔMBIA

O governo de Iván Duque apresentou uma proposta de reforma tributária ao parlamento colombiano que pretende arrecadar 26 bilhões de pesos, aumentando o imposto sobre alimentos básicos, o imposto sobre os salários dos trabalhadores, entre outras medidas que visam que os pobres do país paguem pela crise econômica, em plena situação grave da pandemia, enquanto o governo aumenta o desemprego, as taxas de miséria e o assassinato de lutadores em meio a um aumento flagrante da corrupção.

Diante dessas medidas, as centrais operárias convocaram um dia nacional de protesto denominado Greve Nacional do dia 28 de abril, que demonstrou, com suas grandes mobilizações, a indignação contra o governo, e por isso vem se espalhando para os principais centros urbanos do país. Em Cali, onde o protesto foi mais forte, o governo e o prefeito deram ordem para reprimir o protesto.

Como resultado, cerca de 35 pessoas foram assassinadas e cerca de 400 pessoas presas, além de mais de 150 pessoas feridas pelos órgãos de segurança e 6 jovens que perderam um dos olhos, copiando o que fizeram os policiais do Chile nas mobilizações. Mais de 1.000 lutadores sociais foram assassinados nos três anos desde que o governo Duque assumiu. São defensores dos direitos humanos, guerrilheiros desmobilizados das FARC, lutadores do direito à terra e dirigentes sindicais.

O SEPE-RJ repudia a repressão brutal na Colômbia e os ataques do governo de Iván Duque e do parlamento com a sua proposta de reforma fiscal. Manifestamos nossa solidariedade aos lutadores sociais, jovens e trabalhadores que estão nas ruas defendendo seus direitos.

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