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Nota de repúdio aos algozes da categoria da rede municipal do Rio, responsáveis pela aprovação do Pacote de Maldades

Os profissionais de educação do município do Rio de Janeiro, reunidos em assembleia no dia 06/12/2024, aprovaram nota de repúdio ao prefeito Eduardo Paes, ao secretário de Educação, Renan Ferreirinha, ao presidente da Câmara Municipal, Carlos Caiado, e a todos os vereadores que votaram a favor do Pacote de Maldades que retira direitos dos servidores, atacam os serviços públicos e, consequentemente, projetam a privatização desses serviços. Nós não esqueceremos os nomes de todos que promoveram esse ataque brutal e faremos questão de estampar a cara de todos os nossos inimigos nas ruas da cidade para que o povo do Rio de Janeiro também não se esqueça.

Eduardo Paes é o principal arquiteto do mal: foi ele que propôs a precarização dos contratos temporários como regra do serviço público, que elaborou o famigerado PLC 186 para retirar direitos, como a licença especial, e colocar os professores para trabalhar mais sem ganhar nada por isso. Covarde como é, prometeu valorizar os servidores na eleição, e logo após o pleito mostrou sua face privatista e odiosa aos profissionais de educação. Ainda debochou da categoria, mentindo que poderemos planejar aulas da praia. Um absurdo sem tamanho, pois nosso trabalho não é simples a ponto de ser feito em qualquer local e de forma improvisada. Além disso, por ocasião de suas portarias, obriga que o 1/3 de planejamento seja feito nas escolas, cuja grande maioria não dispõe de estrutura para isso (falta internet, computadores, livros e, às vezes, até sala de professores).

Renan Ferreirinha se escondeu do cargo de secretário e fugiu do debate com os profissionais de educação e os vereadores. Saiu da função, não foi à Câmara de Vereadores, não recebeu o sindicato, não fez audiências públicas, ou seja, se exilou em Brasília como deputado para não encarar a realidade da revolta e ódio de classe da categoria. Após aprovação do pacote, reaparece com a notícia de que continuará como secretário de educação no próximo ano. Não lhe daremos um dia de paz no cargo.

Já os vereadores tiveram também papel vexatório nesse processo: aceleraram votações, descumpriram ritos de funcionamento da casa, não fizeram audiências públicas, não debateram nas comissões e só se interessaram nos seus acordos, cargos e vantagens por apoiar tamanho retrocesso. Viraram as costas para os servidores e a população que mais depende dos serviços públicos em troca de favores.

Do nosso lado, porém, tivemos uma categoria de prontidão à luta, lotando assembleias, atos, vigílias, ocupando a Câmara, percorrendo escolas para aumentar a adesão grevista e a força do movimento. Fomos incansáveis! Conquistamos apoio de estudantes e responsáveis, de sindicatos, de movimentos sociais, de artistas, da sociedade civil, de parlamentares, pautamos a grande mídia, e mostramos para o mundo que quando o ataque é grave, a única saída é a luta coletiva: a greve.

Como nossa luta é legítima e seguiremos organizados para lutar contra esse ataque brutal, repudiamos com veemência a ação destruidora de todos e todas que se lançaram contra o serviço público e a educação municipal. Seguiremos na luta coletiva, em defesa da categoria e da educação pública.

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