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Sem merenda e sem RioCard: reposição forçada se transforma em caos nas escolas

A decisão autocrática da SEEDUC que além de não negociar, mostrou a sua face mais vil e autoritária – ao tentar impedir o recesso de professores e por tabela dos estudantes – foi por água abaixo pela sua própria desorganização.

A situação encontrada esta manhã nas escolas mostra que a proposta de reposição do SEPE após o recesso e com autonomia das comunidades escolares sempre foi a mais coerente. Isto porque, são os educadores que conhecem a realidade do seu espaço de trabalho e de seus estudantes.

O Sepe está recebendo desde o início da manhã de hoje denúncias de várias escolas estaduais que abriram, a mando da SEEDUC, para atender alunos no recesso, a título de reposição das aulas. Segundo os relatos, o funcionamento nestas unidades é precário e, em várias delas os alunos não conseguiram utilizar o Riocard para o deslocamento até a escola, além de não terem disponibilizada a merenda por falta de profissionais para o preparo da comida.

No Colégio Estadual Souza Aguiar, os alunos reclamam de falta de recarga do RioCard nesta manhã e foram liberados mais cedo e sem merenda. No Instituto de Educação Clélia Nancy, em São Gonçalo, também foram relatados problemas com o cartão do vale transporte e falta de merenda para os alunos. Em Campos dos Goytacazes, alunos do Colégio Estadual Coronel Francisco receberam merenda fria, já que as merendeiras se encontram de recesso. No Colégio Estadual Visconde de Itaboraí (Itaboraí), as aulas dos turnos da manhã e da tarde foram suspensas por que a empresa terceirizada Singular não liberou as merendeiras em recesso e não há como preparar a merenda.

Ao tentar retaliar professores que fizeram greve, a secretária Roberta Barreto acabou se voltando contra os estudantes. A despeito de informações contrárias da Secretaria de que a situação nas escolas é de normalidade, a situação é que o RioCard não está funcionando e os poucos alunos que chegam a escola não tem merenda, pois as firmas mantiveram – corretamente – o recesso das cozinheiras.

Ao mesmo tempo, vários grêmios e entidades estudantis estão convocando greves estudantis, para garantir o direito ao recesso e também em apoio aos profissionais grevistas.

A análise de que esta proposta da SEEDUC se tratava de uma farsa foi confirmada pela realidade, que atropelou a Secretaria de Educação, Roberta Barreto.

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