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Sepe critica comportamento do secretário Renan Ferreirinha durante reunião com professores
30 de junho de 2025
O Sepe RJ repudia o comportamento do secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, que diante do questionamento de uma profissional de educação durante uma reunião, tratou a profissional com ironia e recomendou que a mesma se retirasse da reunião ou até mesmo “do magistério”. A resposta do secretário se deu durante um encontro com profissionais de escolas da rede municipal, quando a professora perguntou a ele o porquê passados 10 meses da conclusão do estágio probatório, os nomes dos professores ainda não haviam sido publicados no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro.
Ferreirinha se mostrou desconfortável com o questionamento e, ao invés de responder à pergunta de forma direta, ironizou dizendo que ele “não tinha noção de como é a escola”. Pior ainda, ele ainda mostrou arrogância, afirmando que os questionamentos “haviam acabado com a alegria do momento”. Em seguida, afirmou que a profissional não era obrigada a estar ali e nem a ser professora.
O Sepe entende que esse tipo de comportamento mostra o quanto a SME RJ mantém uma prática de não admitir críticas, de não promover o diálogo verdadeiro e nem buscar soluções para os questionamentos sobre a real situação da rede municipal ou dos profissionais que nela trabalham. Ao perder o controle por causa de uma simples questão burocrática, ou seja, sobre o fato de que os resultados do estágio probatório para os profissionais que entraram na rede ainda não foram publicados decorridos quase quatro anos da sua admissão, o secretário demonstra bem como o governo municipal tem tratado a categoria durante as gestões do prefeito Eduardo Paes: com uma política que impõe muitas obrigações para os seus profissionais e não privilegia o diálogo com os mesmos, além de não aceitar qualquer tipo de questionamento.
O diálogo que o secretário conhece é o do desconto de salários dos grevistas de 2024, que segue acontecendo, mês a mês.
Apesar da ironia, o secretário, de fato, não conhece a educação. Caso conhecesse, saberia que ela se constrói com valorização dos profissionais e com diálogo, com uma gestão democrática e muita escuta e acolhimento de quem faz a educação acontecer, apesar do governo.