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SME-RJ determina que escola municipal na Zona Norte do Rio funcione mesmo sem água e luz

Em carta enviada ao Sepe, profissionais da Escola Municipal Hélio Smidt pedem socorro – veja o texto:

A Escola Municipal Hélio Smidt, no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio de Janeiro, está sem luz em diversas salas e pátios desde quarta-feira (25/10), e sem água desde sexta (27). Isso com a absurda orientação da 3ª CRE de continuar funcionando até às 12h, até a semana passada, apesar das condições desumanas, seguindo a dinâmica privada que trata a educação como negócio, não como direito; característica da SME administrada pelo secretário Ferreirinha, que tem histórico de grande proximidade com o empresário Lemann e aplica exemplarmente a cartilha das entidades privadas, como o “todos pela educação”.

Os mais de 300 estudantes de fundamental I, do 4º ao 6º ano, em conjunto com os trabalhadores da educação da EM Hélio Smidt, se esforçam para continuar os dias letivos. Mas a realidade é que não há condições dignas de trabalho, comprometendo a segurança e as questões sanitárias, já que, devido à ausência de bomba com a falta de luz, a cisterna foi afetada e a escola está com total falta de água.

A escola, que tem muitas escadas, corredores escuros e pouca acessibilidade, recebe estudantes com deficiência que já têm seus direitos atacados devido à falta de mediadores; agora, precisa lidar também com a ausência de luz e água, deixando os professores ainda mais em pânico com a situação, com o aumento de riscos.

A escola tem realizado todos os esforços para sanar esta e diversas outras situações que vêm acontecendo, como: falta de professor em turma após implementação do Ginásio Educacional Tecnológico (GET) e outras precariedades típicas da escola pública atacada pelo grande empresariado. Porém, a ação arbitrária e irresponsável da CRE coloca toda a comunidade escolar em risco e estresse extremos. Esta orientação de manutenção das aulas se repetiu hoje (30/10), alterando a dinâmica de funcionamento para 09h30 às 14:30h, mesmo com total falta d’água (impossibilitando hidratação, lavar as mãos, cozinhar etc) e parcial falta de luz. As aulas só foram suspensas, já prestes ao horário indicado de início, devido à denúncia e ligação do mandato da vereadora Luciana Boiteux para a CRE, pedindo esclarecimento sobre a situação.

Os professores enviaram trabalhos e atividades para realização de forma remota.

Esperamos retornar com dignidade nossas atividades, sem assédios e arbitrariedades da coordenadoria.

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