Recepção: (21) 2195-0450. Agendar atendimento no Jurídico: (21) 2195-0457 / 0458 (11h às 16h).
destaque-home, Todas

Homem observa em um painel de sistema de controle de vídeo, várias telas, com cenas de sala da aulaO Sepe RJ vem a público expressar repúdio e estranhamento a respeito da tramitação na Alerj do Projeto de Lei 3750/2024, de autoria do deputado estadual Carlinhos do BNH (PP), que propõe a instalação de câmeras e dispositivos de áudio nas escolas e universidades públicas estaduais. O projeto também quer que os professores usem câmeras corporais semelhantes ao modelo que já é utilizado por policiais militares. A iniciativa conta com o apoio de parlamentares de diferentes partidos, como o PL, União, Podemos, PP, PMB e Patriotas, como noticiado pelo Jornal O Globo.

Para o sindicato, a proposta não resiste a um exame mais demorado por parte da sociedade, já que ele, de princípio, viola o direito de cátedra dos professores, sua privacidade e a dos alunos e a independência dos docentes a respeito dos conteúdos ministrados em sala de aula. Os motivos apresentados pelo deputado, que dizem respeito ao aumento dos índices de violência nas escolas, como casos de bullying, assédio, agressões e atentados, escondem uma clara e repetida tentativa de políticos de matiz conservadora e de extrema direita de controlar o trabalho dos profissionais e de retomada dos princípios de projetos altamente antidemocráticos como o famigerado “Escola sem Partido”.

Não é à toa que o PL do deputado Carlinhos do BNH tem o apoio de deputados como Alan Lopes (PL), Pedro Ricardo (PP), Filipe Soares (União Brasil), e outros representantes dos partidos ligados ao conservadorismo ou à extrema direita. É sempre bom lembrar que Alan Lopes, atual presidente da Comissão de Educação da Alerj, tem uma atuação marcada pela perseguição política contra profissionais da rede estadual, que redundam em inquéritos administrativos e postagens de cunho extremista nas redes sociais. Com a instalação das câmeras, a SEEDUC também vai poder ampliar o espectro repressivo que já vem adotando nas escolas com mais sindicâncias políticas e perseguição contra a categoria.  

Outro ponto que demonstra o conteúdo arbitrário da iniciativa é o fato de que os profissionais de educação ou as suas entidades representativas não terem sido convocados para discutirem ou participarem da construção do projeto. De acordo com o texto, os dispositivos seriam integrados ao sistema de comunicação central da SEEDUC e todas as gravações arquivadas por um período mínimo de 60 dias, podendo ser prorrogado quando forem registrados atos mais graves de violência. Os recursos para a implantação do projeto seriam oriundos do Fundo Estadual de Investimentos e Ações de Segurança Pública.

Para o Sepe RJ, num momento em que a educação pública estadual passa por uma grave crise, com falta de profissionais nas escolas, péssimas condições de trabalho e ameaças à vida de profissionais e alunos por causa de operações policiais sem qualquer planejamento, seria muito mais importante que os parlamentares e o governo estadual se voltassem para a implementação de políticas públicas que garantissem mais verbas e valorização para melhorar o desempenho dos alunos.

Em um tempo de desempenho pífio do estado do Rio de Janeiro nas avaliações do Ministério da Educação sobre a Educação, o PL 3750/24 é um verdadeiro desperdício de tempo e de dinheiro público, o qual poderia ser muito bem mais utilizado na melhoria das escolas ao invés de ser gasto com vigilância e falta de democracia que não resolveram os sérios problemas de aumento de violência dentro das nossas salas de aula.

 

Leia o relatório do Sepe sobre a violências contra educadores no Rio de Janeiro

0

Nesta sexta-feira, 5 de julho, às 14h, foi lançado na Alerj o relatório do Grupo de Trabalho do Sepe sobre as perseguições políticas que os profissionais de educação estão sofrendo nas escolas públicas estaduais do Rio. A publicação foi feita em conjunto com o Observatório Nacional da Violência Contra os Educadores (ONVE) e teve apoio da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e a Abecs.

O relatório do GT contra as perseguições políticas a profissionais que atuam nas escolas disponível neste post é um instrumento para alertar e orientar a categoria sobre os ataques da SEEDUC e de outras secretarias municipais contra a liberdade de cátedra e o direito à livre expressão da categoria dentro de sala de aula e no espaço escolar.

Durante o evento, vários profissionais que têm sofrido ataques e respondido a sindicâncias sem o devido direito à defesa fizeram depoimentos e denúncias sobre o assédio que vem sofrendo no exercício do seu trabalho.

Baixe aqui o relatório do GT do Sepe

Relatório_GT_Contra_Perseguição Política_05_07_2024

0

Nesta sexta-feira, dia 5 de julho, aconteceu o lançamento,  no Espaço Escola do Legislativo da Alerj o relatório do Grupo de Trabalho que o Sepe criou para investigar e denunciar a repressão e as perseguições políticas que os profissionais de educação estão sofrendo nas escolas públicas estaduais do Rio. Neste mesmo evento, que contou com a participação e presença de entidades do movimento civil ligados ao setor educacional e do movimento estudantil, também foi apresentada a pesquisa do Observatório Nacional da Violência Contra os Educadores (ONVE), que também participou da produção do relatório sobre a perseguição na rede estadual.

O relatório do GT contra as perseguições políticas a profissionais que atuam nas escolas foi disponibilizado no site do Sepe, após o evento, para alertar e orientar a categoria sobre os ataques da SEEDUC, que também ocorrem em secretarias municipais, contra a liberdade de cátedra e o direito à livre expressão da categoria dentro de sala de aula e no espaço escolar. O estudo mostrou que 1320 sindicâncias foram abertas na Seeduc entre o início de 2020 e maio de 2024, quase uma nova sindicância por dia.

Durante o evento, vários profissionais que têm sofrido ataques e respondido a sindicâncias sem o devido direito à defesa fizeram depoimentos e denúncias sobre o assédio que vem sofrendo no exercício do seu trabalho. Os deputados estaduais Chico Alencar, Flávio Serafini e Renata Souza, do PSOL, estiveram presentes ao evento, além da assessoria de vários mandatos.


Baixe aqui o relatório ‘Violências contra educadores(as) no Estado do Rio de Janeiro: Sindicâncias como forma de perseguição política”

Julho de 2024. 39p. 

Produção: Sepe (GT contra a perseguição política), Observatório Nacional da Violência Contra os Educadores (ONVE)

Apoio: Abecs, Campanha Nacional pelo Direito à Educação

0

O Sepe, o Grupo de Trabalho (GT) contra as perseguições políticas, a campanha “Somos Todes Daniela Abreu” e o Observatório Nacional da Violência contra Educadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) convidam os lutadores sociais e defensores de direitos para uma reunião ampliada sobre o caso de 5 educadores perseguidos: Daniela Abreu, José Carlos Madureira, João Cabrera, Laurentino e Gilberto Rodrigues. O encontro será realizado no dia 13 de junho, no auditório do sindicato, a partir das 16h.

O Sepe lembra a fundamental importância da soma de forças a favor da luta destes educadores, que têm sido alvo de perseguições violentas e arbitrárias em um contexto de conservadorismo e impedimento da liberdade de cátedra.

Nesta reunião, além dos informes e encaminhamentos sobre os casos, pretendemos debater a construção de uma campanha contra a perseguição política na educação e pelo fim da militarização da corregedoria da SEEDUC. A educação não pode ter mordaças!

0

O processo de criminalização e perseguição política contra a professora da rede estadual, Daniela Abreu, parece não ter fim e teve mais um desdobramento com o anúncio de abertura de nova sindicância contra ela pela Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC). A profissional, que trabalha há 17 anos lecionando Artes numa escola estadual de Magé, se tornou um alvo da extrema direita por ter exercido o seu direito de livre expressão e de liberdade de cátedra na unidade escolar onde trabalha.

Por conta das acusações contra ela, Daniela Abreu teve um processo de investigação aberto contra ela pela SEEDUC. Agora, o órgão anunciou uma nova sindicância com base num parecer absurdo da sua Corregedoria, que não levou em conta o relatório de um processo de investigação anterior. A professora foi convocada para ser ouvida, mais uma vez,  pelo órgão nesta quarta-feira (dia 20/12) sem que qualquer novidade tenha sido apresentada contra ela.

A professora, que sempre marcou sua trajetória com a luta na defesa da educação pública, gratuita, democrática, autônoma, emancipadora e socialmente referenciada, vive, desde 2022,   grave perseguição política, com características fascistas, vítima de uma rede de ódio na cidade de Magé e que se espalhou nas redes sociais bolsonaristas e de direita, com ameaças, violências, constrangimentos, calúnias e difamações contra ela, que se traduziram na abertura de sindicância pela SEEDUC.

O Sepe, juntamente com outras entidades do movimento social e militantes que lutam pela causa da liberdade de cátedra nas escolas e dos direitos humanos e contra os projetos de cunho ideológico de direita que defendem iniciativas parlamentares como o “Escola sem Partido”, se mantém firme na defesa dos direitos da professora Daniela Abreu. Continuamos firmes na defesa da liberdade de expressão e do direito de cátedra em nossas escolas e não permitiremos que as redes de ódio e os fascistas continuem ameaçando aqueles que não conjugam com seus ideais antidemocráticos e se mantém firmes na defesa da liberdade e da democracia em nossas salas de aula.

Todo o apoio à luta da professora Daniela Abreu e de todos os profissionais e militantes que sofrem com a violência e a falta de civilidade das redes bolsonaristas!

Todo repúdio às iniciativas da SEEDUC de realizar uma sindicância com caráter repressivo e de retaliação contra a profissional!

0

Em evento realizado no dia 11 de dezembro, no auditório Paulo Freire da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (FEUFF), foi lançado o Observatório Nacional da Violência contra Educadoras/es (ONVE). O Observatório irá realizar pesquisas acadêmicas e levantamentos em nível nacional para produzir dados para melhor caracterizar os fenômenos de perseguição e violência contra educadoras/es no país.

Através dos dados coletados, serão desenvolvidos protocolos de acolhimento jurídico e psicológico a profissionais da educação perseguidos, e materiais de divulgação de campanhas sobre a temática. O objetivo é produzir conhecimento sobre tal fenômeno e subsidiar políticas públicas. Trata-se da criação de mais um passo importante na defesa do direito à educação e das liberdades de ensinar e de aprender no Brasil.

 

Além disso, o ONVE  será uma ferramenta para que se possam produzir reuniões e diálogos para a criação de ações conjuntas na defesa de educadores e educadoras que vem sofrendo perseguição sistema.

 

A cerimônia contou com a presença das seguintes autoridades: professor Erasto Fortes Mendonça, coordenador-geral de Políticas Educacionais em Direitos Humanos da Secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), e do advogado João Moura, assessor especial do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC). O evento foi aberto pelo diretor da Faculdade de Educação, professor Fernando Penna e pela coordenadora do Observatório, a professora de Educação, Amanda Mendonça. Os deputados estaduais Professor Josemar e Flávio Serafini (PSOL) também estiveram presentes na inauguração.

 

O Sepe Niterói, além de outras entidades representativas do setor educacional no Rio de Janeiro, se fez presente à cerimônia levando a posição dos profissionais de educação das redes públicas à iniciativa.

 

O professor Fernando Penna, diretor da FEUFF, abriu o evento com uma análise da conjuntura e necessidade da criação do ONVE, com foco na importância de se analisar o comportamento atual da extrema direita de criminalização dos educadores e dos intelectuais. Segundo Penna, estas pessoas são atacadas com violência nas escolas ou no seu ambiente de trabalho, assim como também pelas redes sociais. Neste ponto, o Observatório terá um papel fundamental para reunir estratégias contra a violência e pensar os educadores como defensores dos direitos humanos.

 

A instituição atuará em três frentes principais, a seguir:

– Levantamento de dados em nível nacional: em março será divulgado o questionário on-line em que as instituições em todos os níveis e educadores poderão acessar e informar sobre a violência que porventura tenham sofrido e vivenciado – será fundamental que essa ferramenta seja amplamente divulgada na sociedade;

– Acolhimento aos educadores: desenvolver protocolos nos campos jurídicos e psicológicos para que as instituições em todos os níveis de governo e de atuação possam ajudar educadores que sofram violência;

– Se somar às lutas das instituições contra esse fenômeno novo da violência contra os educadores e, junto com o MDHC, elaborar um protocolo de acolhimento aos educadores, utilizando o disque 100 – resgatando um serviço que foi usado pelo governo anterior como uma ferramenta de perseguição aos educadores.

 

Vídeo: Assista à transmissão ao vivo do lançamento do Observatório

(a partir de 01:20:00)

Lançamento do Observatório Nacional da Violência contra Educadoras / es
0

O Sepe, juntamente com outras entidades do movimento social e militantes que lutam pela causa da liberdade de cátedra nas escolas e dos direitos humanos, convoca a toda categoria e sociedade em geral para participar de uma atividade de compartilhaço nas redes sociais contra a perseguição à professora Daniela Abreu. O compartilhaço, está marcada para esta quinta-feira (7 de dezembro) e terá início às 14h.

É o que aconteceu com a professora da rede estadual Daniela Abreu, que trabalha  há 17 anos professora de artes numa escola estadual de Magé e se tornou um alvo da extrema direita por ter exercido o seu direito de livre expressão e de liberdade de cátedra.

A professora, que sempre marcou sua trajetória com a luta na defesa da educação pública, gratuita, democrática, autônoma, emancipadora e socialmente referenciada, vive hoje uma grave perseguição política, com características fascistas, vítima de uma rede de ódio na cidade de Magé e que se espalhou nas redes sociais bolsonaristas e de direita, com violências, constrangimentos, calúnias e difamações contra ela.

Os materiais (cards) e orientações serão publicados nas redes sociais do Sepe (instagram e facebook) e de páginas que participam da ação. Também serão usadas hashtags, como #escolasemmordaça e #ContraaperseguiçãoaDaniAbreu

As páginas/contas que já confirmaram que farão parte do compartilhaço são as seguintes:

1 – Sepe-RJ

2 – Educartum @coletivoeducartum

3 – Sociologia Ilustrada @sociologiailustrada

4 – Professor Martim @profscontraoesp

5 – Professores contra o Escola Sem Partido @profscontraoesp

0

O Sepe se solidariza com o professor Jonathan Mendonça, que vem sofrendo perseguições por parte da direção do Instituto Municipal de Educação de Rio das Ostras (IMERO) e foi devolvido para a Secretaria Municipal de Educação de Rio das Ostras. O professor Jonathan, que é presidente do Conselho Escolar da unidade sofreu este ataque pouco tempo depois da aprovação de uma carta do Conselho, pedindo uma investigação dos reiterados casos de assédio moral e perseguição que vem ocorrendo no IMERO.

O Sepe Rio das Ostras/Casimiro de Abreu esteve na SEMEDE para cobrar do secretário Maurício Santana uma reunião com o Sepe e a comissão de profissionais da escola para dar seguimento à luta pela reversão do afastamento do professor e pelo fim do assédio moral no IMERO para garantir que esse grave ataque à democracia não se concretize.

Veja o vídeo do professor em nossas redes sociais

0

Esta nota vem tornar pública a denúncia de mais um caso de perseguição política nas escolas estaduais. Trata-se de uma sindicância promovida de forma caluniosa e sem provas contra o professor Sérgio Perdigão a partir de sua unidade escolar, o Colégio Estadual Conselheiro Macedo Soares, em Niterói.

A direção do colégio alega que está sendo atacada pelo professor Sérgio e outros dois servidores. Que o professor estaria publicamente apoiando as atitudes desses dois servidores em seus ataques contra esta direção. Como militante e representante do Sepe-RJ no colégio, a relação do professor Sérgio com esses servidores sempre foi o debate político das ações do governo sobre a categoria e as formas de luta desta, a mesma relação que se dá com diversos outros servidores da escola, e não as diferenças pessoais internas da unidade. Estes dois servidores foram acusados de provocar um clima ruim no colégio em atas de depoimentos de alunos e de uma reunião do Conselho Escolar sobre os dois e suas atitudes.

Sérgio acompanhou como representante sindical o pedido destes servidores de ter acesso a essas atas e das acusações sobre eles. O alegado apoio aos tais ataques dos dois servidores em questão jamais aconteceu. São calúnias feitas não somente ao professor Sérgio individualmente, mas um ataque ao próprio sindicato.

Diante das acusações a servidora acusada fez uma denúncia na polícia contra o que ela entendeu como calúnias contra ela. Nesta denúncia a servidora colocou o professor Sérgio como testemunha, sem informá-lo previamente, e este foi intimado a comparecer na delegacia para depor. Tal denúncia não partiu dele, nem ele tem acordo com o uso da polícia como mediador de um conflito interno da escola. Polícia é uma estrutura de repressão do Estado contra os trabalhadores.

Todo esse conflito poderia ser evitado com uma simples reunião geral convocada pela direção para esclarecer todos estes questionamentos. Tal iniciativa acabaria com o espaço para dúvidas e para calúnias, como as feitas contra o professor Sérgio.

Uma categoria que luta e enfrenta os governos

O Sepe acumula hoje dezenas de denúncias de autoritarismo dentro das escolas e defesas de educadores acusados de forma sumária e caluniosa, na maioria das vezes, como o caso da professora Daniele de Magé. É a reação do governo estadual e de vários municípios a uma das categorias que mais luta, o que se demonstrou pelas mobilizações do “Ele Não”, a “Tsunami da Educação”, a “Greve Pela Vida” e a forte greve de 2023 na rede estadual do Rio de Janeiro que tinha como eixo de reivindicação o pagamento do piso nacional, lei que o governador ignora. O governo Castro ostenta a marca de pior salário do Brasil.

Claudio Castro, o verdadeiro inimigo da escola pública e democrática

Para nós, o inimigo da educação pública e da classe trabalhadora são os governos que impõem sobre as comunidades escolares condições de trabalho e estudo cada vez mais precárias, e não os trabalhadores da própria escola, estejam eles em que função estiverem. Todos nós da escola sofremos com a precariedade e falta de investimentos dos governos. Os atritos e polêmicas em um ambiente escolar são normais, em especial numa realidade como essa, e devem ser resolvidos com diálogo.

Este ataque à democracia nas escolas é uma política consciente dos governos, em especial o de Claudio Castro, que hoje boicota a eleição de diretores ao não regulamentar o processo. Quando o governo de Claudio Castro anuncia a possibilidade de atraso de salários e o uso de verbas específicas da educação para “outros fins” indica mais uma vez que os interesses de banqueiros estão acima das necessidades dos servidores e da população mais pobre, que irá garantir os compromissos do Regime de Recuperação Fiscal e do Arcabouço Fiscal em detrimento da saúde e educação públicas, de qualidade e gratuitas para os trabalhadores. Para estes enfrentamentos é necessário entre nós trabalhadores o diálogo franco e, com isso, unidade para lutar. Calúnias, cerceamento de diálogo e do direito de defesa formam o modo de operar da burguesia e seus governos. O governo Castro nas escolas, como nas favelas, só tem a oferecer repressão e uma realidade cada vez mais precária. Escola é lugar de conflito, crítica e diálogo, não de obediência cega. Liberdade sem voz não é liberdade, é medo.

Por fim, entendemos que o ataque ao professor Sergio Perdigão, representante do Sepe, é um ataque ao próprio sindicato, que tomará todas as devidas medidas para defender o profissional em questão.

0

O Sepe RJ publica o manifesto e convoca os profissionais de educação e a sociedade em geral para participarem de um abaixo-assinado em defesa da liberdade de cátedra, por uma escola sem mordaça e contra as perseguições sofridas pela professora Daniela Abreu.

A profissional, que trabalha há 17 anos na rede estadual, se tornou um alvo da extrema direita por ter exercido o seu direito de livre expressão e de liberdade de cátedra.

Para participar do abaixo-assinado acesse o link: https://bit.ly/AbaixoAssinadoDireitoDeCatedra

Pelo fim da perseguição política à professora Daniela e a todos os outros profissionais.




Veja o texto do Manifesto em apoio à Daniela Abreu
:


Chega de perseguição a quem educa! Manifesto em defesa da liberdade de cátedra, por uma escola sem mordaça e em defesa da professora Daniela Abreu.

 

A educação pública no Brasil se tornou um alvo preferencial de grupos conservadores, de extrema-direita e fascistas que cresceram nos últimos anos em todo país. Sob a bandeira do famigerado projeto “Escola Sem Partido” cresceram também ataques diretos e perseguições à quem educa nas escolas públicas. Se nas casas legislativas e no judiciário tal projeto não avançou e foi considerado inconstitucional pelo STF, no cotidiano das escolas crescem as situações de violência, perseguição, restrições à liberdade de cátedra que querem nos amordaçar. É o que aconteceu em Magé-RJ com Daniela Abreu, há 17 anos professora de artes na rede estadual, lutadora na defesa da educação pública, gratuita, democrática, autônoma, emancipadora e socialmente referenciada.

 

Um ano após ser vítima de armações, Daniela vive hoje uma grave perseguição política, com características fascistas, vítima de uma rede de ódio na cidade de Magé. No dia 23 de setembro de 2022, ela teve sua sala de aula invadida por policiais militares e fiscais do TRE que chegaram de forma intimidatória, constrangendo-a, revistaram a mochila de dois alunos menores e conduziram-na para fora da escola. Em minutos as cenas circulavam nas redes da cidade, em vários vídeos editados e descontextualizados, como funcionam as maquinas de fake News que são utilizadas como método de ataque dos setores bolsonaristas, e que produziram uma série de violências, constrangimentos, calúnias e difamações contra ela.

 

Mesmo com a armação desmascarada pela comunidade escolar e com processos sem materialidade arquivados, a escola foi surpreendida com a visita do deputado estadual Alan Lopes (PL) no dia 10 de abril de 2023, na mesma semana em que as escolas de todo o país viviam uma série de ameaças de violência. O atual presidente da Comissão de Educação da Alerj gravou um vídeo na porta da escola, expôs a professora, requentou vídeos editados e fez novas acusações sobre “doutrinação ideológica”. O vídeo do deputado colocou a professora no alvo de possíveis violências e dentro de um bombardeio de milhares de discursos de ódio, que inclusive sugerem sua morte, assim como atacam a memória da vereadora assassinada há cinco anos, Marielle Franco. Após toda a arbitrariedade e violência política, Daniela foi colocada em sindicância pela Secretaria Estadual de Educação (Seeduc). Ao invés de acolher a professora, buscar reparação e tomar medidas de proteção também a comunidade escolar, a Secretária exige a abertura de uma sindicância. O conjunto destes ataques promoveu uma vulnerabilidade, abalos emocionais e psicológicos, colocando a professora em risco de vida – atualmente é acompanhada pelo Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PEPDDH) que é vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da cidadania – tendo que mudar de escola pela sua integridade física.

 

Mesmo a sindicância tendo realizado uma investigação minuciosa, avaliando que a professora é inocente em todas as acusações, apenas acenando que esta não se absteve de entregar o adesivo que o aluno solicitou, a corregedoria do Seeduc, chefiada por policiais militares, fez um parecer contrariando este resultado e pedindo um inquérito, o que foi referendado pelo setor jurídico da SEEDUC. Portanto, há incoerência dos pareceres e existe um caráter antipedagógico na sindicância, na ida da Corregedoria e na possível abertura de inquérito, e nota-se um o caráter ideológico partidário na ação da corregedoria da SEEDUC que optaram por uma versão parcial ao dar prioridade de escuta aos que xingaram e quase agrediram a professora, e aos que armaram situações e fizeram filmagens  clandestinas e editadas.

Cobramos que não haja abertura de processos administrativos, o fim das perseguições políticas, o arquivamento do caso e que toda a injustiça e violência seja reparada. Todo apoio à professora, à liberdade de cátedra e a democracia nas escolas.

🫂 Para participar do abaixo-assinado acesse o link abaixo: https://bit.ly/AbaixoAssinadoDireitoDeCatedra
🚫 Está sofrendo perseguição em sua escola? Denuncie ao Sepe
https://bit.ly/DenunciaPerseguicaoEscolas


0