A prestigiosa revista Carta Capital publicou artigo dos professores Fernando Cássio (USP) e Renata Aquino (Observatório Nacional da Violência contra Educadoras/UFF), com o título: “Secretaria militarizada persegue e demite educadores da rede estadual do RJ”.
O artigo pode ser lido aqui.
O texto denuncia a perseguição política a que profissionais de educação vêm sendo submetidos na rede estadual de educação do Rio de Janeiro, através de uma verdadeira militarização da Corregedoria: “Desde 2019, o cargo de corregedor interno da SEEDUC-RJ está sob controle de militares. Os dois últimos titulares, incluindo o atual, são policiais. Ou seja: profissionais treinados para impor disciplina hierárquica decidem se professores podem ou não criticar a reforma do Ensino Médio em uma entrevista”.
O artigo também afirma que: “Esse modus operandi ecoa o discurso de ódio da extrema direita contra professores, que há anos alimenta o pânico moral da “doutrinação” e da “ideologia de gênero”.
Os articulistas citam como exemplo o caso do professor João Paulo Cabrera, demitido de forma sumária da rede com a alegação de que ele “teria realizado uma compra de mobiliário sem licitação. No entanto, o processo omite que, no estado do Rio de Janeiro, não são as escolas estaduais que ditam as regras das licitações ou conduzem os processos licitatórios – é a própria SEEDUC”, como está no artigo.
A revista também cita o levantamento do Sepe, em parceria com o Observatório Nacional da Violência contra Educadoras/UFF, que revelou que entre 2020 e 2024, a corregedoria interna abriu 1.320 sindicâncias contra docentes — praticamente uma por dia, sendo que a maior parte, e não por coincidência, foi aberta em 2022, ano eleitoral.
O Sepe abriu uma petição eletrônica de Cabrera, que já atingiu somente na primeira semana mais de duas mil assinaturas – clique aqui para ler e assinar a petição.

O Sepe RJ vem a público expressar repúdio e estranhamento a respeito da tramitação na Alerj do Projeto de Lei 3750/2024, de autoria do deputado estadual Carlinhos do BNH (PP), que propõe a instalação de câmeras e dispositivos de áudio nas escolas e universidades públicas estaduais. O projeto também quer que os professores usem câmeras corporais semelhantes ao modelo que já é utilizado por policiais militares. A iniciativa conta com o apoio de parlamentares de diferentes partidos, como o PL, União, Podemos, PP, PMB e Patriotas, como noticiado pelo Jornal O Globo.
Nesta sexta-feira, 5 de julho, às 14h, foi lançado na Alerj o relatório do Grupo de Trabalho do Sepe sobre as perseguições políticas que os profissionais de educação estão sofrendo nas escolas públicas estaduais do Rio. A publicação foi feita em conjunto com o Observatório Nacional da Violência Contra os Educadores (ONVE) e teve apoio da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e a Abecs.
Nesta sexta-feira, dia 5 de julho, aconteceu o lançamento, no Espaço Escola do Legislativo da Alerj o relatório do Grupo de Trabalho que o Sepe criou para investigar e denunciar a repressão e as perseguições políticas que os profissionais de educação estão sofrendo nas escolas públicas estaduais do Rio. Neste mesmo evento, que contou com a participação e presença de entidades do movimento civil ligados ao setor educacional e do movimento estudantil, também foi apresentada a pesquisa do Observatório Nacional da Violência Contra os Educadores (ONVE), que também participou da produção do relatório sobre a perseguição na rede estadual.
O Sepe, o Grupo de Trabalho (GT) contra as perseguições políticas, a campanha “Somos Todes Daniela Abreu” e o Observatório Nacional da Violência contra Educadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) convidam os lutadores sociais e defensores de direitos para uma reunião ampliada sobre o caso de 5 educadores perseguidos: Daniela Abreu, José Carlos Madureira, João Cabrera, Laurentino e Gilberto Rodrigues. O encontro será realizado no dia 13 de junho, no auditório do sindicato, a partir das 16h.
O processo de criminalização e perseguição política contra a professora da rede estadual, Daniela Abreu, parece não ter fim e teve mais um desdobramento com o anúncio de abertura de nova sindicância contra ela pela Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC). A profissional, que trabalha há 17 anos lecionando Artes numa escola estadual de Magé, se tornou um alvo da extrema direita por ter exercido o seu direito de livre expressão e de liberdade de cátedra na unidade escolar onde trabalha.
Em evento realizado no dia 11 de dezembro, no auditório Paulo Freire da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (FEUFF), foi lançado o Observatório Nacional da Violência contra Educadoras/es (ONVE). O Observatório irá realizar pesquisas acadêmicas e levantamentos em nível nacional para produzir dados para melhor caracterizar os fenômenos de perseguição e violência contra educadoras/es no país.
ntamente com outras entidades do movimento social e militantes que lutam pela causa da liberdade de cátedra nas escolas e dos direitos humanos, convoca a toda categoria e sociedade em geral para participar de uma atividade de compartilhaço nas redes sociais contra a perseguição à professora Daniela Abreu. O compartilhaço, está marcada para esta quinta-feira (7 de dezembro) e terá início às 14h.
Esta nota vem tornar pública a denúncia de mais um caso de perseguição política nas escolas estaduais. Trata-se de uma sindicância promovida de forma caluniosa e sem provas contra o professor Sérgio Perdigão a partir de sua unidade escolar, o Colégio Estadual Conselheiro Macedo Soares, em Niterói.