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Crivella segue passos do governo estadual e anuncia o corte de auxílios para os servidores municipais

No dia 13 de maio, o Jornal Extra publicou uma reportagem anunciando que o prefeito Marcelo Crivella suspendeu de forma arbitrária a concessão de auxílios (alimentação, vale transporte) e de direitos como o pagamento de horas extras para os servidores que se encontram afastados do trabalho vitimados pela Covid-19 e para aqueles que se encontram em trabalho remoto. A iniciativa do prefeito do Rio segue os moldes do corte de auxílios já efetuado pelo governador Wilson Witzel para servidores estaduais, denunciado pelo Sepe na semana passada.

Entendemos que, num momento de agravamento da Pandemia em todo o estado do Rio de Janeiro mas, principalmente, na capital, iniciativas como estas tomadas pelo prefeito se configuram como um retrocesso. Os servidores, incluídos os profissionais de educação, que sofrem há dois anos sem reajustes salariais e sobrevivem com os baixos salários, agora, veem o prefeito cortar esses auxílios, que já fazem parte dos seus orçamentos domésticos.

No caso dos cortes para aqueles que se encontram doentes, a medida é ainda mais injusta e absurda.

Não por acaso, há anos, o Sepe defende que os auxílios e gratificações sejam incorporados ao salário para que possamos ter a garantia de não serem cortados de acordo com a vontade de governos, e para que possam contar para os cálculos de aposentadoria.

Os auxílios transporte e alimentação não são privilégios. Eles são, muitas vezes, a forma de sobrevivência de uma parcela enorme dos servidores pelas razões acima descritas. Com o isolamento social pudemos observar que as rotinas familiares se modificaram e na maioria dos casos houve aumento significativo dos gastos com a alimentação de filhos que outrora almoçavam nas escolas ou bandejões de universidades, com o aumento do uso de energia elétrica e demais gastos associados à permanência em casa. Por isso, o corte do prefeito acabará trazendo enormes prejuízos para estas famílias.

O Sepe esclarece que a direção do sindicato está atenta e estudando as providências cabíveis para reverter mais um ataque da prefeitura contra os servidores públicos municipais. Num momento em que todos os esforços deveriam estar voltados contra a disseminação do coronavírus, com aumento alarmante do número de casos e óbitos, o serviço público municipal, certamente, não merecia mais um desserviço desse tipo da parte do prefeito Crivella.

A matéria do Extra pode ser lida aqui.

Leia a nota do Sepe sobre o corte dos auxílios na rede estadual de educação.