Municipal, Sem categoria, Todas

PREFEITO SUSPENDE AULAS PRESENCIAIS NAS ESCOLAS DO RIO DE JANEIRO

Em coletiva à imprensa realizada nessa sexta (04), em conjunto com o governador Claudio Castro, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (foto), anunciou a suspensão das aulas nas escolas municipais devido ao recrudescimento da pandemia da covid. Com isso, a greve realizada pela categoria mostrou-se acertada, na medida em que mais de 360 escolas precisaram ser fechadas em três semanas de reabertura. Trata-se de um conhecimento dos riscos envolvidos à saúde de toda a sociedade.

O Sepe, tendo em vista a suspensão anunciada hoje, vai reivindicar que não somente as aulas sejam suspensas, mas todas as atividades administrativas, pelo menos enquanto a pandemia não estiver devidamente controlada. A categoria mantem as aulas remotas. Na quarta, dia 9, às 11h, o Sepe convocou assembleia on-line dos profissionais de educação da rede municipal.

Segundo a Fiocruz, a pandemia piorou em nosso estado, a ponto de Rio ter a infeliz liderança em nível nacional da taxa de mortalidade do país. Já a taxa de mortalidade do município do Rio de Janeiro ultrapassou São Paulo capital, apesar de a população da capital paulistana ser o dobro da carioca.

Infelizmente, o governador e o prefeito não anunciaram mais medidas restritivas, o que significa, ainda segundo as autoridades sanitárias e científicas, que o prefeito e o governador apenas podem estar adiando esse tipo de posição, que terá que ser tomada em algum momento devido ao colapso da rede hospitalar – que, diga-se de passagem, está sendo negado pelo governo.

A suspensão de hoje apenas confirma o caráter de desespero eleitoral de Crivella, que para buscar sua reeleição apelou para esta medida irresponsável. A população, entretanto, deu uma resposta nas urnas e na sua prática cotidiana ao não levar seus filhos para a escola.

Por fim, destacamos que o aumento de casos de Covid representa a total ausência das políticas públicas de saúde que recai sobre a população. Esperamos que em 2021 haja maior responsabilidade por parte dos governos tanto na área da saúde, quanto nas políticas públicas de educação em tempos de pandemia, para que os filhos da classe trabalhadora não fiquem mais um ano sem a oferta de estudos de forma condizente com suas realidades.